O presidente Lula, em discurso direto do plenário do Centro de Convenções Bella Center, onde ocorre a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP15), em Copenhague (Dinamarca), enfatizou que os países não devem ficar a espera de decisões de outros parceiros sob risco de “descobrir que é tarde demais”. Segundo o presidente brasileiro, “a mudança do clima é dos problemas mais graves que enfrenta a humanidade”.
“O combate à mudança do clima não pode fundamentar-se na perpetuação da pobreza. A mitigação é essencial. Mas a adaptação é um desafio prioritário para países em desenvolvimento, sobretudo para as pequenas ilhas e países sujeitos à desertificação, especialmente na África. É inaceitável que os países menos responsáveis pela mudança do clima sejam suas primeiras e principais vítimas. A Convenção estabeleceu a obrigação dos países desenvolvidos de oferecer apoio financeiro e tecnológico para os países em desenvolvimento. Será muito difícil aprofundar as iniciativas de mitigação ou reforçar a capacidade de adaptação, sobretudo dos mais pobres e vulneráveis, sem que os fluxos financeiros tenham forte componente de financiamento público. Mecanismos de mercado podem ser úteis, mas nunca terão a magnitude ou a previsibilidade necessárias para a transformação que queremos”, disse.
Lula disse que os mecanismos de mercado para obtenção de recursos para a mitigação “podem ser úteis, mas nunca terão a magnitude ou a probabilidade ou a previsibilidade necessárias para a transformação que queremos”. Para o presidente, “será muito difícil aprofundar as iniciativas de mitigação ou reforçar a capacidade de adaptação, sobretudo dos mais pobres e vulneráveis, sem que os fluxos financeiros tenham forte componente de financiamento público”.
No pronunciamento oficial, o presidente lembrou que o Brasil precisará de US$ 160 bilhões até 2020 para alcançar as metas de redução dos gases do efeito estufa. Além disso, Lula destacou que o país dispõe de uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com 85% da energia gerada proveniente de recursos hídricos. Ressaltou também o compromisso na redução, até 2020, do desmatamento na Amazônia em 80%.
“O Congresso Brasileiro aprovou meu Projeto de Lei que contém um conjunto de ações envolvendo combate ao desmatamento, agricultura, energia e siderurgia. Essas medidas deverão reduzir o crescimento das emissões brasileiras de gases de efeito estufa entre 36,1% e 38,9%, até 2020. Esse esforço nos custará 160 bilhões de dólares”, destacou.
“O Brasil participa desta Conferência com a determinação de obter resultados ambiciosos. Mas essa ambição tem de ser compartilhada por todos. As fragilidades de uns não podem servir de pretexto para recuos ou vacilações de outros. Não é politicamente racional, nem moralmente justificável, colocar interesses corporativos e setoriais acima do bem comum da humanidade. A hora de agir é esta. O veredito da história não poupará os que faltarem a suas responsabilidades neste momento.”
Leia aqui a íntegra do discurso do presidente Lula.
Blog do Planalto
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Lula na COP-15:Mudança do clima é um dos problemas mais graves da humanidade
Pesquisa do Ipea aponta pobreza marcante em Palmeira dos Índios
Palmeira dos Índios, com 9.800 famílias pobres para uma população de 72 mil habitantes é o município alagoano com maior numero de pessoas na pobreza, segundo um estudo feito e divulgado recentemente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. O cálculo de 4 pessoas por cada família – usual em modelos desse gênero de pesquisa – mostra que aproximadamente 40 mil palmeirenses, isto é, mais da metade da população está mergulhada nesta condição. A cima disso estão os municípios de Arapiraca, que tem 27.800 famílias pobres para 208 mil habitantes e que, proporcionalmente, tem menos pobres que Palmeira; e Maceió que tem 95 mil famílias pobres para uma população de 924 mil habitantes, tendo menos pobres, proporcionalmente, que Palmeira ou Arapiraca.
O estudo inédito do Ipea destina-se a fazer um “raio x” da presença do Estado em toda a União, estados e municípios. Pretende responder aonde é que o Estado está presente ou não. As áreas estudadas são previdência social, assistência social, saúde, educação, trabalho, bancos públicos, infra-estrutura, segurança pública e cultura. As conclusões permitem o conhecimento das deficiências e características de cada local e do conjunto. Por exemplo: quase 3 mil municípios não possuem agências de bancos públicos federais. Cerca de 80 municípios não possuem escola municipais. O SUS – Sistema Único de Saúde, por meio de estabelecimentos ambulatoriais, está presente em todo o território nacional, com exceção de apenas dois municípios. O Ipea pesquisou cada um dos 5.564 municípios.
No livro a ser lançado pelo Ipea com essas informações, intitulado: Presença do Estado no Brasil: Federação, Suas Unidades e Municipalidades, todos os 1.792 municípios nordestinos são mapeados. Segunda região mais populosa do Brasil, segundo o estudo, é possível encontrar aí informações sobre a quantidade de funcionários em cada município, alunos matriculados, atendimentos feitos pelo SUS, população, área territorial... Trata-se de um vasto e detalhado banco de dados.
Em Alagoas, os 102 municípios mapeados, apresentaram uma população de 3 milhões, 128 mil habitantes com 408 mil famílias pobres. Mantido o cálculo de 4 pessoas por família, os pobres de Alagoas somam pouco mais que 1 milhão e 600 mil pessoas, a metade dos habitantes de Alagoas. Uma das características reveladas é uma certa constância da proporção entre a pobreza e o outro lado da sociedade. Atalaia, por exemplo, com 52 mil habitantes tem 6.400 famílias pobres. Campo Alegre, com 46.700 habitantes tem 6.300 famílias pobres. Coruripe, com 53 mil habitantes tem 6.700 famílias pobres. A tendência, entretanto, é sempre que a metade ou mais da população seja pobre. Girau do Ponciano, por exemplo, para 36 mil habitantes tem 5.300 famílias pobres o que dá em torno de 60% de pobres. Limoeiro de Anadia para 26 mil habitantes tem 4300 famílias pobres também em torno de 60%.
No caso de Palmeira dos Índios a situação não é muito diferente do que ocorre noutro Estado. A particularidade está em que é uma progressiva deterioração do sistema econômico que responde pela crescente marginação dos palmeirenses. No ano passado, por exemplo, o valor total dos benefícios pagos pelo sistema previdenciário aos palmeirenses chegou aos 104 milhões de reais durante todo o ano. Isto equivale a quase duas vezes ao Orçamento do Município em que a Prefeitura tem que gerir para o mesmo ano de 2008. E é igual ao orçamento para 2010. A conclusão é que aposentados, pensionistas e sub-assalariados (já que a prática do salário inferior ao mínimo está altamente disseminada), respondem pelo fluxo econômico principal de Palmeira. As poucas indústrias, sem uma política econômica voltada para promovê-las e a omissão da prefeitura no encaminhamento das questões pertinentes ao desenvolvimento econômico, ajudam a manter o marasmo que envolve o município. A situação encontra um símbolo perfeito para representá-la na constituição da nova Ong anunciada pela Diocese para o município: trata de uma instituição para cuidar apenas da pobreza, dos que ficaram à margem de tudo. Noutros termos: há pobres demais. E eles enchem hospitais e postos de saúde, e as filas do Bolsa Família e os recintos da igreja, e as esquinas das ruas, claro, terminando nas Ongs e no desespero público.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Colégio Cenecista Santana promoverá a III Semana do Meio Ambiente
SUSTENTABILIDADE. Com este solgan, a Semana de Meio Ambiente do Colégio Cenecista Santana pretende discutir com a população e os discentes um dos maiores problemas ambientais do planeta: a geração de resíduos sólidos. A proposta é apresentar experiências e ações para transformar os resíduos em energia e renda, e mostrar seus benefícios econômicos, ambientais e sociais.
Mais afinal, o que é sustentabilidade?
Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana.
Propõe-se a ser um meio de configurar a civilização e atividade humanas, de tal forma que a sociedade, os seus membros e as suas economias possam preencher as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente, e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir pró-eficiência na manutenção indefinida desses ideais.
A sustentabilidade abrange vários níveis de organização, desde a vizinhança local até o planeta inteiro.
Para comemorar a data, diversas instituições e organizações promoverão palestras, cursos e encontros para debater a importância da preservação do meio ambiente. Veja aqui algumas delas a partir de Janeiro e programe-se!
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Começa hoje a 15ª Conferência das Partes das Mudanças Climáticas
Criar um fundo de no mínimo US$ 300 bilhões para que os países em desenvolvimento consigam se adaptar aos desafios impostos pelas consequências do aquecimento global; reduzir drasticamente o desmatamento de florestas; estabelecer um conjunto de ações nacionais de mitigação para os estragos já existentes e compartilhar tecnologias de ponta com quem não as detém. Esses são alguns dos principais desafios que começam a ser discutidos hoje em Copenhague, na Dinamarca, durante a 15ª Conferência das Partes da Convenção das Mudanças Climáticas. O desafio da Organização das Nações Unidas (ONU), que preparou o encontro entre os chefes de Estado, vai além de criar um fórum adequado para o debate sobre um tema de vital importância. A maior expectativa é de que dali saiam instrumentos e um cronograma para a implementação de planos com a meta de garantir a própria sobrevivência da humanidade.
Está em jogo o comprometimento de cada país com o futuro - seja do ponto de vista ambiental, para assegurar condições mínimas de segurança alimentar aos mais de 6 bilhões de famintos ou para evitar que avancem as possibilidades de escassez de água potável. É preciso também se debruçar sobre a saúde pública, no que tange ao ressurgimento de doenças até então erradicadas em alguns locais, mas que com as mudanças climáticas voltam a assolar comunidades inteiras. Além disso, há a difícil tarefa de lidar com a pobreza extrema e as desigualdades sociais gritantes, em países que ainda estão se desenvolvendo economicamente como o Brasil, a Índia, a Indonésia, tendo que falar ao mesmo tempo em manter as árvores de pé. O desafio é dantesco. Muitos interesses políticos e econômicos estão envolvidos.
Otimismo
Para o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, nem tudo será decidido em Copenhague. "Mas estou bem mais otimista do que estava há dois meses. Acho que o Brasil teve um papel importante nas duas últimas semanas, quando anunciou suas metas, pois na sequência vieram os Estados Unidos e a China (que respondem juntos por 40% das emissões mundiais de gases causadores do efeito estufa, principalmente o dióxido de carbono), que estavam dando o abraço dos afogados, anunciando o naufrágio do encontro antes da hora e acabaram recuando; depois vieram as metas da Índia, da Indonésia e da Coreia. Fomos uma peça essencial, como no jogo de xadrez, provocando uma reação em cadeia. Agora, acho que ninguém vai tirar seus números, mas promover um avanço nessa discussão", diz.
Segundo a diretora de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Branca Americano, vai estar tudo na mesa, principalmente a visão compartilhada que deve haver entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento, de mitigar os danos, adaptar às mudanças e à meta de redução, financiar nações mais pobres e compartilhar tecnologias de desenvolvimento limpo com quem precisa. "É preciso que a conferência crie uma sinalização mundial de mudança", comenta.
Os líderes europeus têm sido dos poucos a falar em dinheiro para financiar as adaptações necessárias às mudanças no clima. Recentemente, eles concordaram em defender uma "contribuição pública internacional" de até US$ 75 bilhões anuais até 2020, para financiar o combate ao aquecimento global nos países em desenvolvimento.
De acordo com o secretário-executivo do Fórum Mineiro de Mudanças Climáticas, Milton Nogueira, as convulsões no planeta podem ser irreversíveis se não forem adotadas metas agregadas de no mínimo 40% em termos de reduções de emissão de gases e medidas que evitem o aumento da temperatura na terra em mais 2ºC. "Como de 1990 para cá as emissões aumentaram muito, a redução real deve ser entre 60% e 70%. A nova regulação em relação ao Protocolo de Kyoto precisa sair dessa conferência", argumenta. As cartas estão na mesa. As organizações não governamentais vão pressionar, e muito, os chefes de Estado que estarão em Copenhague. Resta aos que decidem pensar globalmente, e não de forma imediatista, mas para as futuras gerações.
Entenda quais os principais pontos em discussão durante a COP-15
Redução de emissões
» O maior desafio é conseguir compromissos de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa até 2020, um passo importante no objetivo fixado para 2050 de reduzir em 50% a emissão anual de dióxido de carbono (CO2). Reduzir essas emissões implica um custo econômico em termos de eficiência energética e de mudança para tecnologias menos poluentes, medida que a crise econômica mundial tornou ainda mais polêmica. Os países industrializados são responsáveis pela atual situação, mas também deve ser levado em conta o futuro papel das economias emergentes, como Brasil, China e Índia, que hoje são fonte de metade das emissões de CO2.
Financiamento
» A meta é angariar fundos para ajudar os países em desenvolvimento a migrarem para uma economia com menos emissões de carbono, além de medidas de adaptação às inevitáveis consequências das mudanças climáticas. Os países pobres querem que os industrializados prometam 1% de seus Produtos Internos Brutos (PIB) por ano. A União Europeia (UE) considera que serão necessários US$ 150 bilhões anuais. Em Copenhague, os países participantes tentarão encontrar uma solução provisória, com um princípio de financiamento de bilhões de dólares no início de 2010. Outro tema espinhoso é definir quais instituições serão encarregadas da gestão desses recursos. Os países pobres já expressaram suas críticas contra o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.
Status legal
» Apesar dos vários encontros preparatórios, ainda não se chegou a nenhuma conclusão sobre o problema do status legal do futuro acordo. Os países em desenvolvimento querem que o Protocolo de Kyoto de 1997 seja estendido além de seu vencimento, em 2012. Entretanto, os Estados Unidos abandonaram esse protocolo, porque ele só é juridicamente vinculante para os países desenvolvidos, deixando de fora os emergentes e em desenvolvimento. Diante desse quadro, são duas as possibilidades: ampliar Kyoto, estabelecendo relações com os Estados Unidos, ou abandonar o Protocolo e adotar um novo acordo que inclua o país presidido por Barack Obama.
Desmatamento
» Os países com vastas florestas tropicais pressionam por um acordo que os ajude financeiramente a preservar os "pulmões" do planeta contra as emissões de CO2. No entanto, essa proposta enfrenta problemas técnicos, como, por exemplo, maneiras eficazes de medir a preservação e prevenir a corrupção e o desvio de dinheiro, garantindo que os recursos sejam de fato empregados para ajudar os países em desenvolvimento.
Fonte: Correio Braziliense - 07/12/2009
Cristiana Andrade
Na China da era Deng não importa a cor do gato
Jayme Martins*
"Quando se traça um ideal, pode-se vislumbrar o que se pretende, mas é preciso evitar o impossível".(Aristóteles)
"Nenhuma formação social desaparece antes que se desenvolvam todas as forças produtivas que nela caibam, nem jamais aparecem novas e mais altas relações de produção antes que as condições materiais para sua existência tenham amadurecido no seio da sociedade anterior. Por isto, a humanidade se propõe sempre unicamente os objetivos que pode alcançar, pois, bem vistas as coisas, sempre observamos que estes objetivos só vingam quando já se dão ou, pelo menos, estão em gestação as condições materiais para sua realização". (Marx, no Prólogo de "Contribuição à Crítica da Economia Política")
A partir de 1978, isto é, depois da morte de Mao Zedong (1976), do fim da "revolução cultural" (1966-76), da derrubada do "Bando de 4" (1977), da liderança meteórica de Hua Guofeng (1977) e da reabilitação de Deng Xiaoping (1977), a economia chinesa, que seguia uma orientação de planejamento burocrático altamente centralizado, tornou-se, passo a passo, uma economia de mercado socialista descentralizada e desburocratizada, através do processo de Reforma e Abertura para o Exterior.
Tendo em vista antigo sonho nacional, alimentado desde os tempos imperiais, tanto por confucianos como por budistas e taoístas, de conquista do reino da harmonia em múltiplos aspectos, ocorreu na China uma alteração ideológica, correspondente à que prevalecia no PCCh antes da proclamação da República Popular (1949) e mesmo depois, até 1957/58, quando, na passagem do 1.o para o 2.o Plano Qüinqüenal, a direção chinesa, comandada por Mao, sofreu tremenda desmunhecada de "esquerda", com a precipitada criação das comunas populares rurais e com o aventuroso e mal sucedido "grande salto adiante".
Com a adoção do sistema de Reforma e Abertura, em vez de movimento de agitação política, tendo por centro a luta de classes (como aconteceu sobretudo durante a "revolução cultural"), esta deixou de ser considerada a contradição principal e passou-se a concentrar esforços na edificação econômica.
Prevaleceu, assim, a compreensão de que a contradição principal nesta etapa inicial de uma sociedade socializante (etapa que pode durar um século) reside na discrepância entre as crescentes necessidades materiais e culturais do povo e o atraso da produção social, ou seja, o atraso em educação, ciência, tecnologia e capital.
MODERNIZAÇÃO
Especificamente quanto às contradições de classes, Deng Xiaoping afirmou, em março de 1979, que "A luta de classes na sociedade socialista é algo que existe objetivamente, e não devemos subestimá-la nem exagerá-la". Com esta compreensão, a direção chinesa deu outro passo adiante, rejeitando a tese trotskista de "revolução permanente sob a ditadura do proletariado", que foi a diretriz básica da "revolução cultural".
Passou a prevalecer, então, a orientação pela qual tais contradições devem ser resolvidas de acordo com método definido, havia muito, pelo PCCh sobre os dois tipos de contradições sociais – as antagônicas e as não-antagônicas --, assegurando-se, assim, uma situação de estabilidade, unidade e harmonia, indispensável ao processo de modernização do País.
FUNÇÃO DO MERCADO
A economia planificada super-centralizada (operada exclusivamente por diretrizes administrativas) foi descartada, passando o mercado a desempenhar papel cada vez maior na vida econômica. O ponto de partida para a manifestação pública desta compreensão pela direção chinesa data de 1978, quando decidiu que a economia planificada fosse tomada como o principal, tendo como auxiliar a função reguladora do mercado. Já era um salto adiante em relação ao velho sistema imperante, que admitia apenas a economia planificada centralizada. Esta decisão data da Sessão Plenária do Comitê Central do PCCh, realizada em dezembro de 1978
Esta e outras decisões tratavam de eliminar, no essencial, perniciosas posições "esquerdistas" consistentes em fazer a revolução apenas pela revolução, passando por alto a importância do desenvolvimento das forças produtivas e provocando nestas, assim como na superestrutura, desastrosas alterações.
Em novembro de 1979, ao receber Massayoshi Ohira, então primeiro-ministro do Japão, Deng Xiaoping referiu-se, pela primeira vez, à economia de mercado como "uma conquista da civilização humana" e que ela "já florescia dentro mesmo da sociedade feudal" (a economia mercantil). Logo depois, apareciam na imprensa chinesa declarações suas, no sentido de que, como mecanismo de gestão, como conjunto de meios e métodos de distribuição dos recursos naturais, "a economia de mercado é fruto do desenvolvimento econômico do mundo moderno".
Em 1984, a economia chinesa seria oficialmente caracterizada como economia mercantil planificada, distanciando-se ainda mais da concepção que contrapunha a economia mercantil à economia planificada.
ECONOMIA DE MERCADO SOCIALISTA
Ainda por alguns anos, a concepção segundo a qual a economia de mercado seria própria, exclusiva, do capitalismo, continuou dificultando novos passos teóricos e práticos nesse sentido, devido à resistência "esquerdista" dentro da direção chinesa. Contudo, o desenvolvimento econômico e a necessidade de aprofundar as reformas ajudaram a aclarar a questão, com o que alguns dirigentes passaram a falar em economia de mercado socialista.
Em viagem de inspeção pelo Sul do País, em princípios de 1992, Deng Xiaoping botava os pingos nos is, ao afirmar textualmente que "economia planificada não é sinônimo de socialismo, pois no capitalismo também existe plano, e economia de mercado não é sinônimo de capitalismo, já que no socialismo também existe mercado".
Por fim, em outubro de 1993, o Congresso Nacional do PCCh homologou o termo economia de mercado socialista, logo referendado pela Assembléia Popular Nacional, através de emenda constitucional, conferindo-lhe força de lei.
Segundo Deng Xiaoping, a diferença essencial entre economia socialista e economia capitalista não consiste em um pouco mais de plano ou um pouco mais de mercado. Ela está em qual sistema de propriedade – pública ou privada – exerce o papel dirigente da economia. Segundo ele, em nossos dias, nenhum país adota de forma pura nem a economia de mercado, nem a economia planificada, pois, desta ou daquela forma, plano e mercado estão sempre combinados em qualquer país – uns acentuando o plano, outros enfatizando o mercado competitivo.
A China adota oficialmente uma economia sujeita à regulamentação macroeconômica do Estado, mas atribui cada vez mais ao mercado o papel fundamental na distribuição dos recursos.
CARACTERÍSTICAS CHINESAS
A direção chinesa sempre faz questão de acentuar que a economia de mercado socialista adotada tem características chinesas, ou seja, corresponde obrigatoriamente ao atual nível de desenvolvimento de suas forças produtivas, estando livre de qualquer voluntarismo ou outras atitudes que não correspondam à capacitação do País em termos de educação, ciência, tecnologia e capital (venha este de onde vier).Trata-se de uma posição que a liderança chinesa já assumira antes mesmo da proclamação da República Popular (1949).
CORRESPONDÊNCIA OBRIGATÓRIA
Lembrando que o socialismo não pode advir da noite para o dia, nem ser implantado por decreto ou voluntariosamente na marra (como se pretendeu desastradamente em alguns países), com o conseqüente abandono de leis econômicas fundamentais enunciadas pelos clássicos do marxismo para a sociedade socialista, o economista Xue Muqiao, diretor do Instituto Nacional de Economia, em seu livro "Problemas da economia socialista chinesa", condena o desprezo com que era vista na China, até 1978, a "Lei objetiva da correspondência obrigatória entre as relações de produção e o nível de desenvolvimento das forças produtivas", assim formulada por Marx, no prólogo de sua obra "Contribuição à crítica da economia política":
"Nenhuma formação social desaparece antes que se desenvolvam todas as forças produtivas que nela caibam, nem jamais aparecem novas e mais altas relações de produção, antes que as condições materiais para sua existência tenham amadurecido no seio da sociedade anterior. Por isto, a humanidade se propõe sempre unicamente os objetivos que pode alcançar, pois, bem vistas as coisas, sempre observamos que estes objetivos só vingam quando já se dão ou, pelo menos, estão em gestação as condições materiais para sua realização".
TODAS AS INICIATIVAS
É exatamente sob tal orientação que hoje são permitidas na China, além da estatal, todas as formas de empreendedorismo: a privada, a coletiva, a mista (da estatal com a privada nacional, da estatal com a privada estrangeira, da privada nacional com a privada estrangeira, da estatal chinesa com estatal estrangeira) e até a da iniciativa privada 100% estrangeira, desde que dedicada à importação de tecnologia e à exportação de sua produção, a fim de render divisas para o País. Mais de 60% do PIB chinês já é proveniente da iniciativa privada.
Antes mesmo disso tudo, já em 1962, Deng Xiaoping já se saia com a polêmica metáfora: Pouco importa que o gato seja preto ou amarelo, o que interessa é que ele cace os ratos".
REMOVENDO O "ESQUERDISMO"
Na mesma ocasião, num balanço das quase quatro décadas anteriores, ele dizia:
"A verdade é que, nestes 38 anos desde 1949, cometemos uma montanha de erros. Nossa meta fundamental – construir o socialismo – é correta, mas ainda estamos tentando compreender o que seja socialismo e de que forma construí-lo. A principal tarefa do socialismo é desenvolver as forças produtivas. (...) Contudo, nós atuamos muito mal no desenvolvimento das forças produtivas. E isso principalmente porque tivemos pressa demais, adotamos políticas de "esquerda", e o resultado foi que, em vez de acelerar o desenvolvimento das forças produtivas, nós o atrapalhamos. Começamos pelos nossos erros "esquerdistas" no campo da política, em 1957; no campo econômico, esses erros conduziram ao 'grande salto adiante' de 1958, o qual redundou em penúria para o povo e estragos imensos na produção. De 1959 a 1961, passamos por tremendas dificuldades – a população não tinha o que comer, para não mencionar outras coisas. Em 1962, as coisas começaram a melhorar, e a produção
Voltou gradualmente ao nível anterior. Mas o pensamento de "esquerda" persistia. Então, em 1966, veio a 'revolução cultural', que durou uma década inteira, um verdadeiro desastre para a China. (...)Diziam-nos que devíamos estar satisfeitos com a pobreza e o atraso, e que era melhor ser pobre em um regime socialista e comunista do que ser rico em um regime capitalista. Foi este o tipo de asneira propagada pela 'bando de 4'. A tese absurda do 'bando de 4' sobre socialismo e comunismo só gerou pobreza e estagnação.
"Nos dois primeiro anos, depois que esmagamos o 'bando de 4', nem todos os erros de 'esquerda' foram corrigidos. Os anos de 1877 e 1978 foram um período de hesitação na China. Só em dezembro de 1978, quando o 11.o Comitê central realizou sua 3.a Sessão Plenária, foi que passamos a fazer uma análise séria de nossas experiências ao longo dos 30 anos desde a fundação da Nova China. Formulamos então uma série de novas políticas, notadamente a política de reforma e a política de abertura, tanto interna como externa. Definimos uma nova linha mestra que mudaria o foco de nosso trabalho para a construção econômica, derrubando todos os obstáculos e devotando todas as nossas energias ao avanço da modernização socialista. Para alcançar a modernização, implementar a reforma e fazer a abertura política, precisamos, internamente, de estabilidade política e unidade e, externamente, de um ambiente internacional pacífico. Com isto em mente, firmamos uma política externa que,em essência, cifra-se na oposição ao hegemonismo e na preservação da paz mundial".
REMOVENDO AS DIFERENÇAS
Para que se efetive a meta de estabilidade, unidade e harmonia, a liderança chinesa tem hoje como prioridades reduzir os principais desequilíbrios existentes, como as diferenças de renda entre ricos e pobres; a diferença entre os níveis de desenvolvimento dos centros urbanos e do meio rural; tratam também de promover no Centro e no Oeste do País o nível de desenvolvimento conseguido nas províncias litorâneas do Leste.
Outras prioridades: impor um paradeiro à corrupção burocrática, responsável pelo desvio anual de bilhões de yuans; conter a devastação ecológica ocasionada por uma industrialização descontrolada, a qual afetou profundamente o solo, a água e o ar, por toda parte.
* Jayme Martins, jornalista, é diretor da Overchina Editora.,Diretor de Comunicação da Câmara de Comércio & Indústria Brasil-China; viveu na China por 20 anos (1962-79 e 1987-89), como correspondente de vários órgãos da mídia brasileira (O Globo, Estadão, JT, SBT, Rádio Guayba, Rádio Eldorado), foi copidesque do Serviço de Português da Rádio China Internacional e professor de Português na Universidade de Línguas Estrangeiras; jayme.overchina@gmail.com ).
domingo, 22 de novembro de 2009
Iriny Lopes: PT precisa mudar profundamente
Por Edson Sardinha
Candidata da tendência Esquerda Socialista à presidência do PT, a deputada Iriny Lopes (ES) diz que o partido precisa mudar profundamente para inaugurar um novo modelo socioeconômico. Segundo Iriny, o PT tem de combinar força institucional, capacidade de mobilização de massa e criatividade ideológica.
“Trata-se de reafirmar o norte ideológico, recuperar o pensamento estratégico, ter capacidade de direção política, renovar nossos laços organizados com as bases sociais que são nossa razão de existir”, afirma a deputada. “Isto exige mudanças na relação do PT com a sociedade, prioridade estratégica para os movimentos sociais e partidos de esquerda, autonomia na relação com os governos”, acrescenta.
Iriny diz que, caso seja eleita,terá três desafios imediatos para superar: enfrentar a crise, defender o governo Lula e vencer as eleições 2010. “Este desempenho eleitoral é parte das condições institucionais necessárias para, em aliança com os movimentos e partidos do campo democrático-popular, sustentar um governo que se apóie nas realizações de oito anos de Governo Lula, mas vá além”, ressalta.
Em seu segundo mandato consecutivo na Câmara, Iriny tem 53 anos e atuação legislativa voltada para a defesa dos direitos humanos. De acordo com a candidata, 2010 será um ano consagrador para o PT. “Vamos eleger Dilma presidente, vencer as eleições majoritárias nos estados, ampliar nossas forças no Congresso Nacional e nas Assembléias Legislativas”, prevê. A candidatura da capixaba tem apoio do secretário de Relações Internacionais do PT, Valter Pomar.
Veja a íntegra da carta de apresentação de Iriny
“Iriny, presidente do PT
Em 2010, elegeremos uma mulher de esquerda para presidente da República. Em 2009, elegeremos uma mulher de esquerda para a presidência do PT.
A nova direção nacional do PT, encabeçada por Iriny Lopes, terá como tarefas imediatas enfrentar a crise, defender o governo Lula e vencer as eleições 2010.
Vamos eleger Dilma presidente, vencer as eleições majoritárias nos estados, ampliar nossas forças no Congresso Nacional e nas Assembléias Legislativas.
Este desempenho eleitoral é parte das condições institucionais necessárias para, em aliança com os movimentos e partidos do campo democrático-popular, sustentar um governo que se apóie nas realizações de oito anos de Governo Lula, mas vá além.
Trata-se de superar a herança neoliberal, derrotar a ditadura do capital financeiro e realizar reformas estruturais em nosso país, abrindo um novo ciclo em nossa história: um desenvolvimentismo democráticopopular, ambientalmente orientado e articulado com nossa luta pelo socialismo. Em linhas gerais, isto significa:
a) lutar pela democratização profunda do Estado e da sociedade, reforma política, fim do controle monopolista sobre a comunicação social;
b) ampliar o alcance e qualidade das políticas públicas, universalizando direitos (saúde, educação, cultura, segurança, habitação, serviços ambientais etc);
c) enfrentar a imensa desigualdade entre mulheres e homens, a desigualdade racial, a homofobia e todas as formas de preconceito e discriminação, promovendo os direitos humanos e institucionalizando direitos sociais;
d) realizar reformas estruturais, que alterem a matriz social e econômica de nossa sociedade, entre as quais destacamos o controle público sobre o sistema financeiro, a retomada das empresas que foram privatizadas, a reforma agrária e a reforma urbana;
e) criar um modelo econômico alternativo, que combine capacidade de crescimento, inovação e inclusão tecnológica, geração de emprego e renda, redistribuição de renda e riqueza, uso sustentável e proteção dos ativos ambientais, destacando ainda os programas aeroespacial, ligados à biotecnologia e ao desenvolvimento da energia renovável;
f) priorizar a juventude, imprescindível para uma agenda estratégica de transformações;
g) incorporar a sustentabilidade sócio-ambiental como diretriz orientadora do Plano de Governo e a transversalidade como estratégia integradora das políticas públicas, para efetivar o novo modelo de desenvolvimento economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente sustentável;
h) combinar a soberania nacional com a cooperação entre os distintos povos e países que abracem nosso projeto de integração continental.
Este programa, articulado com uma estratégia que fortaleça o poder das maiorias populares, aponta para a superação das relações capitalistas, dando sentido concreto à reafirmação do socialismo como objetivo estratégico, adotada pelo 3º Congresso do PT.
Evidentemente, tais objetivos transcendem a dimensão eleitoral e a duração de um mandato presidencial. É exatamente por isto que precisamos do Partido dos Trabalhadores, dos movimentos sociais e partidos de esquerda, da intelectualidade progressista: não queremos apenas governar, não queremos apenas administrar melhor, queremos mudar profundamente
o Brasil e o mundo.
Cabe às novas direções partidárias trabalhar para que as idéias socialistas, democráticas e populares tornem-se política e culturalmente hegemônicas na sociedade brasileira. É isto que dará permanência para nossa luta, transcendendo as inevitáveis limitações das lideranças, dos
mandatos e das organizações.
Vivemos um momento propício para travar esta batalha cultural, pois a crise internacional do capitalismo desmoralizou o neoliberalismo.
A supremacia do mercado e do lucro, as supostas vantagens do Estado mínimo e da especulação financeira, as privatizações e a abertura comercial sem critérios, a subordinação do Brasil aos interesses dos Estados Unidos, o desprezo pelos vizinhos latino-americanos, posições cultivadas pela direita e difundidas pela mídia, demonstraram ser apenas um veículo para a acumulação de riqueza e poder por parte de um setor muito diminuto da sociedade brasileira.
Além de desmoralizar ideologicamente o neoliberalismo, a crise internacional evidenciou o alto custo humano e ambiental do capitalismo, sendo não apenas possível, mas necessário e urgente construir outro modo de produção, voltado não ao lucro, mas ao atendimento das necessidades humanas.
Cabe aos partidos de esquerda, aos movimentos sociais e aos governos vinculados aos trabalhadores estimular um amplo e qualificado debate sobre a crise e sobre as alternativas.
Não nos surpreendemos com a crise, que é recorrente na trajetória do capitalismo. Não comemoramos a crise, pois ela traz sofrimentos para dezenas de milhões de trabalhadores em todo o mundo. Mas tampouco nos acovardamos: a crise constitui uma extraordinária oportunidade, tanto para impor limites ao capitalismo, quanto para iniciar um novo ciclo de
tentativas de construção do socialismo.
Para isto, o PT deve combinar força institucional e capacidade de mobilização de massa, com criatividade ideológica. Manter a perspectiva socialista e construir um Brasil democrático popular no contexto da integração latino-americana, exigirá mobilizar as melhores tradições
culturais, artísticas e intelectuais presentes no povo brasileiro.
As novas direções devem defender a hegemonia do Partido dos Trabalhadores, desde agora, na campanha de 2010, no lançamento de candidaturas petistas nos estados, no futuro governo Dilma, bem como ao longo do próximo período.
O PT possui história, realizações, apoio popular e potencial para liderar a luta por transformações políticas, sociais e econômicas que não apenas melhorem a vida aqui e agora, mas que também construam um país socialista.
Mas para estar à altura desta missão, o PT precisa mudar profundamente. Trata-se de reafirmar o norte ideológico, recuperar o pensamento estratégico, ter capacidade de direção política, renovar nossos laços organizados com as bases sociais que são nossa razão de existir.
Isto exige mudanças na relação do PT com a sociedade, prioridade estratégica para os movimentos sociais e partidos de esquerda, autonomia na relação com os governos. Exige mudanças em nosso funcionamento interno, na capacidade de formulação, comunicação, formação política, finanças, procedimentos de filiação, relação das direções com a militância.
Dar conta de todas estas tarefas exigirá uma direção coletiva e experiente, capaz de dialogar internamente e com os aliados, mas capaz também de muita firmeza no trato com os adversários e inimigos da democracia, da igualdade social, da soberania nacional e da integração continental.
O compromisso de vida com o socialismo petista, traduzido numa trajetória de lutadora social, dirigente partidária e deputada federal, credenciam Iriny Lopes para coordenar a nova direção nacional do PT.”
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Entre o sertão e o litoral: ponto de libra
A Geografia Física nos condiciona a vivenciarmos paralelamente com a teoria e estudos sistemáticos sobre a distribuição dos biomas brasileiros em regiões de grande avanço urbano e degradação ambiental. Neste contexto, Alagoas e mais especificamente Palmeira dos Índios nos proporciona esse olhar crítico sobre os avanços tecnológicos, a expansão de latifúndios, grande propriedades de terras e a produção do espaço geográfico através da monocultura.
Estes aspectos evidenciaram a necessidade de um conhecimento mais apurado sobre os diversos aspectos físicos, históricos e sociológicos que propiciaram a ocupação desordenada do solo no município de Palmeira dos Índios, agreste de Alagoas. Além da diversidade de fauna e flora pudemos direcionar os estudos em um foco de vital importância que é a estrutura social vivida pela comunidade indígena da etnia Xucurú-cariri que contextualiza todo um processo histórico e sociológico da região.
Os alunos da 1ª série do ensino médio do Colégio Cenecista Santana, 9º ano da Escola Douglas Apratto Tenório e estudantes da Escola Djanira Santos Silva participaram no último dia 3, de uma aula de campo, in loco, na mata da cafurna, região de mata atlântica e área de aldeia indígena da etnia Xucurú-Cariri no município de Palmeira dos Índios. Durante toda aula tiveram orientação e acompanhamento dos professores Tiago Sandes, Maria, Hermane, Genisson e Wolffgang das disciplinas de Geografia, Biologia, Química e coordenação pedagógica.
O objetivo deste estudo é proporcionar aulas práticas de conhecimento sobre os aspectos físicos, históricos e sociológicos na transformação da paisagem através da ocupação do solo e na constituição das lutas dos povos brasileiros.
Para o professor de Geografia, Tiago Sandes, as sociedades indígenas e o povo quilombola são retratos da opressão social que assolou o Brasil durante séculos, resultando assim, na perca de suas identidades que representam um legado onde temos a responsabilidade de resgatar. Segundo ele, "um momento de interação e percepção como uma aula de campo interativa, pode possibilitar uma visão mais ampla e definida da responsabilidade tanto para a preservação do meio ambiente quanto as bandeiras de luta impunhada pelo povo brasileiro." afirmou.
No ritmo atual, gelo de verão do Ártico vai sumir em 20 anos, diz pesquisa
Maior parte do derretimento ocorrerá em uma década, calcula analista.
Camadas de 1,8 metro são muito finas em relação ao histórico da região.
A área tem mais probabilidade de se tornar um mar aberto a cada verão, indicando a data potencial quando o gelo de verão do oceano tiver desaparecido completamente"
O Polo Norte vai se tornar um mar aberto durante o verão no prazo de uma década, segundo exploradores que pesquisaram o Ártico por três meses, percorrendo 435 quilômetros entre 1º de março e 7 de maio.
O grupo Catlin Arctic Survey, liderado pelo explorador Pen Hadow, mediu a espessura do gelo na parte norte do Mar de Beaufort.
Hadow descobriu que as camadas de gelo que se formam no verão têm cerca de 1,8 metro de profundidade, muito pouco em relação ao histórico da região. Tradicionalmente o gelo ali é mais espesso, acumulado em vários anos, e não derrete tão rapidamente.
Hadow admite que a expedição não produziu nenhum grande salto adiante no conhecimento
"Com a maior parte da região coberta por gelo que se forma de um ano para o outro, ela está claramente mais vulnerável", disse Peter Wadhams, que integra o Polar Ocean Physics Group da Universidade de Cambridge e analisou os dados. "A área tem mais probabilidade de se tornar um mar aberto a cada verão, indicando a data potencial quando o gelo de verão do oceano tiver desaparecido completamente".
É como se o homem estivesse tirando a tampa da parte norte do planeta" Wadhams afirma que os dados do Catlin Arctic Survey dão suporte a um novo consenso de que o Ártico não terá gelo de verão em 20 anos.
O mar ártico tem uma posição central no sistema climático da Terra, explica Matin Sommerkorn, do World Wildlife Fund (WWF). "A perda de cobertura de gelo tem recentemente sido avaliada como algo que vai iniciar potentes respostas climáticas que terão impacto além do próprio Ártico", disse ele.
"É como se o homem estivesse tirando a tampa da parte norte do planeta", afirma Wadhams, que estuda o gelo ártico desde os anos 60. "Os dados da Catlin Arctic Survey servem de base ao novo consenso - baseado na variação sazonal da extensão e profundidade do gelo - de que o Ártico não terá gelo no verão em cerca de 20 anos, e muito dessa diminuição ocorrerá em dez anos."
Segundo Wadhams, no curto prazo, o derretimento traz alguns benefícios, como mais facilidade na navegação e maior acesso a reservas de petróleo e gás. Mas no longo prazo, a perda permanente do gelo pode acelerar o aquecimento global, mudar os padrões de ventos nos oceanos e na atmosfera e ter efeitos desconhecidos em ecossistemas devido ao aumento da acidez das águas.
Hadow admite que a expedição não produziu nenhum "grande salto adiante no conhecimento", mas afirma que ela ajudou os cientistas a entender mais sobre o gelo, com dados que não estavam disponíveis nas medições por satélite e por submarinos. O explorador contou que está chocado com a perspectiva de ver mudanças em como o planeta é visto do espaço, ainda durante sua vida.
Com informações da Agência Estado e da BBC
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
O Legado de Che Guevara
Por João Pedro Stedile
Em 8 de outubro cumpre-se o aniversário do assassinato de Che Guevara pelo exército boliviano. Após sua prisão, em 8 de outubro de 1967, foi executado friamente, por ordens da CIA. Seria ''muito perigoso'' mantê-lo vivo, pois poderia gerar ainda mais revoltas populares em todo o continente.
Decididamente, a contribuição de Che, por suas idéias e exemplo, não se resume a teses de estratégias militares ou de tomada de poder político. Nem devemos vê-lo como um super-homem que defendia todos os injustiçados e tampouco exorcizá-lo, reduzindo-o a um mito.
Analisando sua obra falada, escrita e vivida, podemos identificar em toda a trajetória um profundo humanismo. O ser humano era o centro de todas as suas preocupações. Isso pode-se ver no jovem Che, retratado de forma brilhante por Walter Salles no filme Diários de Motocicleta, até seus últimos dias nas montanhas da Bolívia, com o cuidado que tinha com seus companheiros de guerrilha.
A indignação contra qualquer injustiça social, em qualquer parte do mundo, escreveu ele a uma parente distante, seria o que mais o motivava a lutar. O espírito de sacrifício, não medindo esforços em quaisquer circunstâncias, não se resumiu às ações militares, mas também e sobretudo no exemplo prático. Mesmo como ministro de Estado, dirigente da Revolução Cubana, fazia trabalho solidário na construção de moradias populares, no corte da cana, como um cidadão comum.
Che praticou como ninguém a máxima de ser o primeiro no trabalho e o último no lazer. Defendia com suas teses e prática o princípio de que os problemas do povo somente se resolveriam se todo o povo se envolvesse, com trabalho e dedicação. Ou seja, uma revolução social se caracterizava fundamentalmente pelo fato de o povo assumir seu próprio destino, participar de todas as decisões políticas da sociedade.
Sempre defendeu a integração completa dos dirigentes com a população. Evitando populismos demagógicos. E assim mesclava a força das massas organizadas com o papel dos dirigentes, dos militantes, praticando aquilo que Gramsci já havia discorrido como a função do intelectual orgânico coletivo.
Teve uma vida simples e despojada. Nunca se apegou a bens materiais. Denunciava o fetiche do consumismo, defendia com ardor a necessidade de elevar permanentemente o nível de conhecimento e de cultura de todo o povo. Por isso, Cuba foi o primeiro país a eliminar o analfabetismo e, na América Latina, a alcançar o maior índice de ensino superior. O conhecimento e a cultura eram para ele os principais valores e bens a serem cultivados. Daí também, dentro do processo revolucionário cubano, era quem mais ajudava a organizar a formação de militantes e quadros. Uma formação não apenas baseada em cursinhos de teoria clássica, mas mesclando sempre a teoria com a necessária prática cotidiana.
Acreditar no Che, reverenciar o Che hoje é acima de tudo cultivar esses valores da prática revolucionária que ele nos deixou como legado.
A burguesia queria matar o Che. Levou seu corpo, mas imortalizou seu exemplo. Che vive! Viva o Che!
João Pedro Stedile é membro da coordenação nacional do MST e da Via Campesina.
sábado, 26 de setembro de 2009
Honduras e o Apocalipse diplomático
Oliveiros S. Ferreira (Brasil) [1]
Hesito entre o filósofo e o militar. Ortega y Gasset sustentava que o homem
é ele e suas circunstâncias. O General Volkogonv escreveu que "se as
personalidades não fazem a História, então a História se faz por intermédio
das personalidades" .
Lula, Marco Aurélio Garcia e Celso Amorim estão escrevendo História,
aproveitando- se das circunstâncias criadas em Honduras. Ao receber Don
Zelaya na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, o trio responsável pela
condução da política externa brasileira comprometeu o Estado brasileiro com
a política interna de um país fora de sua área de influência geográfica e
deve estar comemorando a projeção que o Governo de Brasília ganhou nos meios
de comunicação e junto às Chancelarias de toda a América e, quem sabe, do
mundo.
Decidiram agir sozinhos? Ou terão comprometido, mais uma vez, o Brasil com a
condição de sipaio[2], o que terão feito se, simplesmente, atenderam a uma
sugestão de Washington? Prefiro acreditar na primeira hipótese. É para a
seriedade dela que desejo chamar atenção.
O Chanceler Amorim, se pretende nos convencer de que o Brasil soube da
chegada de Zelaya no momento em que este apertou a campainha da Embaixada,
deveria exibir uma fisionomia preocupada ao falar do assunto. A alegria que
deixou transparecer - e quem o viu na TV em entrevista poderá testemunhar -
é a de quem concluiu com êxito uma grande manobra. Manobra que, de fato,
assim grande deve ser considerada.
O albergue concedido a Zelaya foi uma grande manobra só comparável, por suas
conseqüências, ao plano Mannstein para a invasão da França em 1940. Os Três
Cavaleiros do Apocalipse diplomático devem tudo ter previsto para que a
repercussão do ato tivesse o alcance que teve.
Primeiro, a montagem da operação. Louve-se o sigilo que a cercou, embora um
ardiloso Bond, à luz de certos indícios, pudesse suspeitar de que alguma
coisa de grandioso estava em gestação. Os indícios saltavam aos olhos: a
posição assumida na reunião da OEA que suspendeu o Governo de Honduras sem
atentar para o fato de que a deposição de Zelaya obedecera aos ritos
constitucionais do seu país. Depois, a insistência com que o Chanceler
pôs-se a dizer que a maior responsabilidade pela solução desejada pelos
Estados representados na OEA caberia aos Estados Unidos por dezenas de
razões, duas das quais eram evidentes: interesses econômicos e preocupação
geopolítica. A bem dizer as coisas, não desejava que a senhora Clinton
colocasse o Departamento de Estado na primeira linha de fogo contra o
Governo hondurenho. Em seguida, e o fato é recente, a carga que o Delegado
brasileiro à Comissão dos Direitos Humanos da ONU, em Genebra, fez para que
o Delegado hondurenho fosse afastado da reunião. Agora, a porta da Embaixada
que se abre -- oficialmente para surpresa de Brasília.
Segundo, o dia da operação. Zelaya poderia ter tocado a campainha da
Embaixada a qualquer momento desde que foi expulso de Tegucigalpa. Por que o
fez no dia 21 de setembro? Porque, no dia 22, Lula falará na ONU, abrindo a
Assembléia Geral. Porque, no dia 21, praticamente todo o mundo estava com as
atenções voltadas para Nova York, esperando a fala de Obama, dia 23. Como
disse o correspondente do Jornal Nacional na edição de 21, a atenção
voltou-se para Honduras. O que foi planejado deu excelente resultado - tal
qual na batalha da França.
Assim como na França em 1940, a manobra militar conquistou Paris, essa
manobra, agora, a dos Três Cavaleiros, permitiu que o Brasil do Presidente
Lula assumisse a liderança da América dita Latina, tal qual o Chefe do
Governo brasileiro sempre quis, nunca escondendo sua pretensão. Mais do que
Paris, a liderança realizou seu Dunquerque: os Estados Unidos saem de cena e
o Brasil, que já tem uma posição no Haiti, passa a ser agora interlocutor
válido para discutir problemas na América Central. Ultrapassado, o Coronel
Chávez não deve ter tido sono tranqüilo, de 21 para 22, se conseguiu dormir.
A menos que, como pensam e dizem os que gostam de ter o Foro de São Paulo
como inimigo público número 1 da cristandade, digam que tudo foi montado por
esta entidade subversiva.
Falei em Plano Mannstein porque o jovem General contrariou todas as
expectativas e ensinamentos do Estado-Maior alemão ao propor que a ofensiva
se desse por terreno suposto intransitável pelos franceses. Os Três
Cavaleiros brasileiros devem ter tido a assessoria de um grande advogado,
especialista em Direito Internacional e outras coisas mais: Zelaya não
entrou na Embaixada brasileira como refugiado político, mas como hóspede. Os
franceses tirariam o chapéu a essa sutileza que cria situação extremamente
embaraçosa para o atual Governo hondurenho e não só para ele -- este é um
fato único na história desta América tão sofrida.
Fosse Zelaya refugiado político à busca de asilo, amparado por convenção
interamericana, criaria situação semelhante à que Haya de la Torre deu
origem ao refugiar-se, em 1949, na Embaixada da Colômbia em Lima. Era de
fato refugiado político, mas o Governo peruano o tinha na conta de criminoso
comum e não lhe concedeu o salvo-conduto de praxe. O pleito durou cinco
anos, e só se resolveu após decisão da Corte Internacional de Justiça.
Refiro-me ao caso Haya de la Torre, porque o Governo hondurenho tem Zelaya
na conta de criminoso e acusa-o de tentar violar a Constituição, estando
sujeito a processo criminal. Hóspede, Zelaya não está amparado por convenção
alguma - exceto o Tratado que garante a extraterritorialida de da Embaixada
brasileira, nela podendo permanecer o tempo que desejar. Amorim tem perfeita
consciência do quid pro quo, tanto que fez questão de deixar claro que o
importante, entre outras coisas, era a segurança da Embaixada.
Creio, sinceramente, que o Coronel Chávez nada tem a ver com o que foi
planejado em Brasília. Mesmo que tenha, o que pouco importa, dada a
unanimidade em favor de Zelaya, o fato é que o Brasil de Lula, a partir
deste dia 21 de setembro, é o líder. Foi o Brasil dos Três Cavaleiros do
Apocalipse diplomático que criou as condições para que o Governo hondurenho
ficasse em xeque-esperam- que-mate! Foi o Brasil dos Três Cavaleiros que deu
os passos para que não haja mais quem pretenda impedir, usando métodos
constitucionais, que a Ordem prevista na Constituição seja violada. Foi o
Brasil desses Três Cavaleiros valentes que afastou os Estados Unidos da
América Ibérica (talvez para gozo de Obama) e agora espera, tranqüilo e
contente, que o Governo hondurenho abandone sua atitude "quixotesca" de, em
defesa da Soberania, desafiar a OEA, a UE, a ONU e quem mais vier.
Observação necessária: sabemos todos que os Cavaleiros do Apocalipse são
quatro... Resta-nos, pois, aguardar a chegada do Quarto Cavaleiro.
____________ _________ _________ __
[1] Professor de Política e Relações Internacionais da USP e da PUC-SP, e
ex-Diretor de Redação do jornal "O ESTADO DE S.PAULO"
[2] Sipaio - soldado natural da Índia, a serviço dos ingleses.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Conselho de Segurança da ONU pede fim do cerco à Embaixada do Brasil
Do UOL Notícias* Em São Paulo - O Conselho de Segurança das Nações Unidas exigiu, nesta sexta-feira (25) que o governo de fato de Honduras encerre o cerco na embaixada brasileira em Tegucigalpa, onde desde segunda-feira está refugiado o presidente deposto, Manuel Zelaya, que voltou ao país de surpresa e tenta retornar ao poder. O Conselho condenou os "atos de intimidação" na embaixada, mas não discutiu mais profundamente a situação do futuro de Zelaya. "Nós condenamos atos de intimidação contra a embaixada brasileira e exigimos que o governo de fato pare de importunar a embaixada brasileira", disse a presidente do conselho, Susan Rice. Segundo Rice, o governo de fato deve fornecer os bens necessários na embaixada, como água, eletricidade e alimentos.O pronunciamento do conselho ocorreu depois de uma reunião convocada a pedido do Brasil.
Rice informou que a situação na embaixada foi o foco inicial da reunião, e não a situação política de Honduras. Ela pediu calma a todas as partes envolvidas no impasse político, que devem se abster de ações que possam piorar a situação. "Os membros do Conselho destacaram a necessidade de respeitar o direito internacional, preservando a inviolabilidade da embaixada do Brasil em Tegucigalpa e de garantir a segurança dos indivíduos", disse. Rice disse que o conselho não deve se encontrar novamente para tratar da crise em Honduras, que a OEA está mediando.
O órgão disse que apoia os esforços de mediação da Organização dos Estados Americanos (OEA) para chegar a uma solução pacífica. Segundo o presidente da Costa Rica, Oscar Arias, que já mediou o impasse hondurenho, o presidente interino, Roberto Micheletti, disse à OEA para não enviar representantes ao país neste fim de semana, pois eles não terão permissão para entrar.
Os elementos da crise
Desde que foi eleito, em 2005, Manuel Zelaya se aproximou cada vez mais dos governos de esquerda da América Latina, promovendo políticas sociais no país. Ao mesmo tempo, seus críticos argumentam que Zelaya teria se tornado um fantoche do líder venezuelano Hugo Chávez e acabou sendo deposto porque estava promovendo uma tentativa ilegal de reformar a constituição.
O porta-voz do governo de Micheletti, Rene Zepeda, disse que os líderes interinos querem que Arias visite Honduras primeiro e depois os representantes da OEA seriam recebidos na semana que vem. Mas o presidente da Costa Rica disse que não há planos imediatos de visitar Honduras. Já o chanceler do Brasil, Celso Amorim, em encontro no Conselho de Segurança da ONU, pediu que Micheletti respeite a Convenção de Viena sobre inviolabilidade das sedes diplomáticas. Amorim considerou que a atuação do governo de fato hondurenho "é uma clara violação às regras da Convenção de Viena sobre as relações diplomáticas".
Além disso, o chanceler brasileiro lembrou que o Tribunal Internacional da ONU estabeleceu em plenário respeito das legações diplomáticas em qualquer caso, incluída a situação de guerra. Segundo a agência de notícias EFE, Susan Rice e Amorim tiveram certos desencontros sobre a idoneidade do Conselho de Segurança da ONU para tratar o problema, que já está sendo discutido no âmbito da OEA. Em sua carta ao Conselho, o governo do presidente Lula indica que o "Brasil acredita que a OEA é o fórum apropriado para encontrar uma solução política à situação de Honduras".
Manuel Zelaya foi deposto em 28 de junho por militares hondurenhos sob a alegação de que ele infringia a Constituição ao tentar realizar uma consulta popular sobre mudanças constitucionais. Zelaya pretendia modificar a legislação para permitir a reeleição, o que é proibida pela Constituição de Honduras. O presidente deposto, cujo mandato termina no início do próximo ano, nega que pretendesse continuar no poder.
O presidente deposto, que retornou na segunda-feira (21) a Tegucigalpa em um movimento surpresa, recebeu autorização da chancelaria do Brasil para se abrigar na embaixada brasileira em Honduras. Toda embaixada possui status de território estrangeiro, e por isso a polícia e o exército hondurenhos não podem entrar no local sem autorização. O presidente de fato, Roberto Micheletti, afirma que Zelaya deve respeitar as eleições presidenciais marcadas para novembro.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Prova Temática será aplicada quarta, dia 30
A temática que será abordada no 3º bimestre segue a linha de debate e enfrentamento da crise ambiental desencadeada pela crise capitalista, denominada de "Mundial". O tema dinamizará as questões econômicas, sociais e ambientais dentre os diversos olhares que polarizarão uma visão ampla e definida das questões pertinentes a contemporaneidade.
O que é um ambiente?
O que é uma crise ambiental?
A resposta a essas perguntas provém da ecologia. Para qualquer espécie viva o ambiente é a inter-relação com o meio abiótico e com as outras espécies vivas. Entre esses três grupos, espécie, meio abiótico e outras espécies, estabelece-se uma
inter-relação de dependência dinâmica. Qualquer espécie extrai recursos do meio e gera dejetos. Quando a extração de recursos ou a geração de dejetos é maior do que a capacidade do ecossistema de reproduzi-los ou reciclá-los, estamos frente à depredação e/ou poluição, as duas manifestações de uma crise ambiental.
Por outro lado, qualquer ecossistema tem uma certa capacidade de carga de uma espécie. Isto é, ele pode manter e reproduzir um certo número de indivíduos. Quando a população cresce demais, rompendo o equilíbrio dinâmico do sistema, se produz uma crise ambiental.
É comum extrapolar esses raciocínios para a sociedade humana e a crise ambiental contemporânea. Alguns autores falam da “marca d’água” que os navios possuem para assinalar que a sociedade humana, se produzir além de um certo nível, corre o risco de sobrecarregar o ecossistema e afundar. Ou falam da produção ilimitada da sociedade industrial em direta oposição aos recursos materiais finitos do planeta Terra, fazendo menção explícita à depredação e poluição da natureza. Não obstante essas extrapolações resultarem atrativas, são equivocadas. Perdem de vista a especificidade humana.
Para qualquer espécie, a relação com o seu meio ambiente é basicamente a que ela estabelece em bloco com o meio abiótico e com o resto das espécies vivas, como uma interdependência dinâmica. Com a espécie humana o mesmo não ocorre. Uma sociedade humana não estabelece relações com seu entorno na forma de bloco, e sim em grupos e
classes sociais, e de maneira desigual. Nas demais espécies vivas as diferenças individuais não se acumulam para formar classes distintas. Cada geração deve começar do zero.3 Pelo contrário, os seres humanos acumulam a informação extra-corporal em instrumentos, utensílios, espaços construídos, etc. Mas esta acumulação não é da sociedade como um todo mas de cada classe social que transmite às gerações seguintes
aquilo que conseguiu. É uma diferença no acesso aos recursos naturais virgens ou àqueles transformados pelas gerações passadas. Para a espécie humana, então, o ambiente não é só a inter-relação com o meio abiótico e os demais seres vivos, como acontece com as outras espécies. Existem ambientes diferentes para cada classe social, constituídos em primeiro lugar pelas restrições impostas pelas outras classes sociais da mesma espécie humana: só a parir destes condicionantes é que se estabelecem os relacionamentos com os outros seres vivos e o material
abiótico.
Quando lemos que a causa da crise ambiental é a sociedade industrial como um todo, porque é a indústria, per se, quem polui ou depreda, não podemos mais nos surpreender pelo alto conteúdo ideológico da proposta. Esse ponto de vista considera a sociedade capitalista como sendo homogênea, semelhante a qualquer outra espécie de animais. Claro que o argumento de que a sociedade capitalista também poluía e depredava é atrativo, mas é enganoso. As conseqüências podem ser semelhantes, mas as causas também podem ser diferentes, Duas pessoas podem apresentar uma urticária, uma por ter ingerido um alimento indigesto, outra pelo contato com a planta da urtiga. O fato de tanto a sociedade socialista quanto a capitalista depredarem e poluírem não significa que o façam devido às mesmas forças. Nesse sentido a identidade é enganosa: iguala as manifestações sem prestar atenção às diferentes causas. Neste momento não analisaremos estas diferenças,. Mas consideraremos uma manifestação da crise ambiental exclusiva da sociedade capitalista, como também é exclusiva a causa que a provoca. Isto demonstrará, sem deixar dúvidas, a responsabilidade das relações sociais (no caso as capitalistas), e não da indústria em geral, para com a crise
ambiental contemporânea.
Guillermo Foladori
Professor visitante da Universidade Federal
do Paraná
Boa Prova!
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Haiti
A vida no Haiti é muito dura,
Tem guerra, fome e muita luta.
Todos fazem de tudo para sobreviverem,
Mas não têm emprego para se manterem.
As forças da Paz estão ajudando
E contra a miséria e a fome estão atuando.
Coitados daqueles que lá estão,
Nessa hora o que podem ter é a união.
A falta de renda provoca morte
E também com a ajuda da falta de sorte.
Vamos nos unir e ajudar
Para o futuro deles melhorar.
O Haiti tem pouca renda
E o PIB não mais aguenta
De só descer e nunca crescer.
A população está em aflição
precisando de sua colaboração.
Carlla Maria
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Está provado, PSDB (FHC e Serra) quer privatizar
O jornal Correio Braziliense edição deste domingo, diz, exatamente o que nós estamos dizendo aqui há muito tempo:Estratégia do PSDB no debate sobre a exploração de petróleo nas novas reservas é valorizar os resultados obtidos nas privatizações realizadas pelo governo FHC. O PSDB agora se prepara para enfrentar esse debate de cabeça erguida na discussão sobre o modelo de exploração de petróleo na camada pré-sal. Seus técnicos estão debruçados sobre números para, na terça-feira, quando o partido se reunir para tirar uma posição conjunta sobre o tema, estreitar a linha de valorização do que foi feito pelo governo anterior- a privatização-.Os tucanos querem mostrar que a privatização é excelente, ao contrário daquilo que diz os petistas. "As mudanças que fizemos na legislação, com a quebra do monópolio e a instituição de parcerias entre a Petrobras e empresas privadas, permitiram quintuplicar a participação do setor no Produto Interno Bruto (PIB) e transformou a Petrobras na maior empresa não financeira das Américas", diz o líder do PSDB na Câmara, deputado José Aníbal (SP), que convocou a reunião.
Arnaldo Madeira (PSDB-SP), que liderou a bancada do governo nos tempos de Fernando Henrique Cardoso, reforçou essa ideia. Ele cita, ainda, as mudanças na telefonia. "Nós temos que abordar (o tema) politicamente. Esse modelo que eles estão propondo é um retrocesso. Foi uma privatização que permitiu a chegada de 150 milhões de celulares", afirma o deputado.
(PSDB-PR). Edson Aparecido (PSDB-SP) emenda: "O que a gente vai procurar mostrar para o povo é que esse discurso que o governo está adotando é imediatista, com vista a ter algum dividendo eleitoral, e não a pensar no país de forma definitiva. O governo não teve nenhuma timidez em transformar o próprio lançamento do pré-sal numa campanha". O tucano faz referência à presença da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no evento de lançamento do marco regulatório do pré-sal. Coube à ministra Dilma a responsabilidade por detalhar no discurso os principais pontos nos quatro projetos, disse Edson Aparecido, deputado do PSDB
Marco regulatório - O governo encaminhou ao Congresso Nacional, no início da semana passada, quatro projetos de lei que tratam do marco regulatório do pré-sal. A relatoria dos projetos será dividida entre o PT e partidos da base aliada. Conheça as propostas: Mudança do sistema de exploração. Os blocos ainda não licitados do pré-sal serão administrados pelo regime de partilha, e não mais pelo de concessão. Criação da Petro-Sal, empresa estatal responsável por administrar a exploração do pré-sal. Criação de um Fundo Social para investimentos nas áreas de ciência, cultura, meio ambiente e tecnologia. Capitalização da Petrobras na ordem de R$100 bilhões.
Tro lo ló tucano - Ter descoberto as reservas de petróleo do pré-sal e ainda ter o direito de regulamentar a sua exploração e comercialização é um sonho de todo e qualquer partido político. É como ter ganhado na mega sena acumulada. E na antevéspera da eleição presidencial. É por isso que os tucanos estão desesperados e sem discurso.Sabem que já perderam. Fonte: Os Amigos do Presidente Lula.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Estudantes do Colégio Cenecista Santana terão aulas de campo no litoral norte e Agreste de Alagoas
Aula 1
Litoral Norte
Ponto de Valor Ecológico
A gradativa e constante transformação do espaço natural em espaço geográfico proporciona uma mudança substancial na paisagem em todo Estado de Alagoas. As relações socioeconômicas estendidas dentro do território alagoano, bem como o desenrolar espacial transpostos pelas mesorregiões do Estado é ponto fundamental no transcorrer do redesenho sócio espacial. Clima, vegetação, hidrografia, ocupação desordenada do solo, poluição, urbanização, sistemas agrícolas, impactos ambientais e economia serão eixos que condicionarão um desenrolar sobre o sistema produtivo a partir da caracterização do espaço construído. A observação será ponto de partida como principal ferramenta na identificação dos diversos fatores que serão fonte de pesquisa e conhecimento.
Analisar e verificar os contrastes socioambientais locais irá direcionar a constituição de uma plataforma que, alçará propostas com uma ênfase na real situação em que o crescimento urbano e a expansão agrícola baseada em plantations onde proporciona a existência paisagem contemporânea. A partir da universalização contextual dos diferentes aspectos que condicionaram a inversão ambiental, sem um pleno planejamento nem tendo como base o desenvolvimento sustentável, poderemos considerar a preexistência de relações sociais adversas onde a concentração de renda e o enraizamento das práticas coloniais estão presentes no seio da sociedade alagoana.
Os alunos da 3ª série do ensino médio estarão participando de uma aula de campo que inicia-se na cidade de Santana do Ipanema, sertão de Alagoas, caracterizada pela vegetação cactácea e arbustiva e de economia agrícola, passando pelas cidades de Palmeira dos Índios, Belém, Tanque D’arca, Maribondo-Atalaia, Pilar, Satuba, Maceió (Pajuçara e Ponta Verde), Jacarecica, Paripueira e São Luiz do Quintude.
Durante toda aula estarão sendo orientados e acompanhamento pelos professores das áreas abordadas (História, Geografia, Biologia, física, química e Sociologia) e coordenação pedagógica.
O objetivo deste estudo é proporcionar aulas práticas de conhecimento sobre os aspectos físicos, históricos e sociológicos na transformação da paisagem através da ocupação do solo e na constituição historiográfica do estado de Alagoas.
Aula 2
Mata da Cafurna
Área de transição
A Geografia Física nos condiciona a vivenciarmos paralelamente com a teoria estudos mais sistemáticos sobre a distribuição dos biomas brasileiros em regiões de grande avanço urbano e degradação ambiental. Neste contexto, Alagoas e mais especificamente Palmeira dos Índios nos proporciona esse olhar crítico sobre os avanços tecnológicos, a expansão de latifúndios, grande propriedades de terras e a produção do espaço geográfico através da monocultura.
Estes aspectos evidenciaram a necessidade de um conhecimento mais apurado sobre os diversos aspectos físicos, históricos e sociológicos que propiciaram a ocupação desordenada do solo no município de Palmeira dos Índios, agreste de Alagoas. Além da diversidade de fauna e flora pudemos direcionar os estudos em um foco de vital importância que é a estrutura social vivida pela comunidade indígena da etnia Xucurú-cariri que contextualiza todo um processo histórico e sociológico da região.
Os alunos da 1ª série do ensino médio estarão participando de uma aula de campo, in loco, na mata da cafurna, região de mata atlântica e área de aldeia indígena da etnia Xucurú-Cariri no município de Palmeira dos Índios. Durante toda aula estarão sendo orientados e acompanhamento pelos professores das áreas abordadas (História, Geografia e Sociologia) e coordenação pedagógica.
O objetivo deste estudo é proporcionar aulas práticas de conhecimento sobre os aspectos físicos, históricos e sociológicos na transformação da paisagem através da ocupação do solo e na constituição das lutas dos povos brasileiros.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Quando será a 2ª prova?
A segunda prova (fase regional) será realizada dia 26 de setembro, sábado. Todos os alunos devem estar presentes nas escolas-sedes escolhidas às 9h30. A prova terá inicio às 10 h e encerrará às 13 h (horario de Brasilia).
Aluno: Victor Augusto Tavares Militão
Escola sede: Colégio Objetivo
Endereço: Rua Jornalista Arnobio Valente Filho, 59 - Farol, Maceió-AL - CEP: 57050-620
Aluno: Lorena Marques Ribeiro
Escola sede: Colégio Objetivo
Endereço: Rua Jornalista Arnobio Valente Filho, 59 - Farol, Maceió-AL - CEP: 57050-620
Aluno: Douglas Azevedo Silva
Escola sede: Colégio Objetivo
Endereço: Rua Jornalista Arnobio Valente Filho, 59 - Farol, Maceió-AL - CEP: 57050-620
Aluno: José Ivo da Silva Neto
Escola sede: Colégio Objetivo
Endereço: Rua Jornalista Arnobio Valente Filho, 59 - Farol, Maceió-AL - CEP: 57050-620
A MAIOR OLIMPÍADA DE GEOGRAFIA DO BRASIL
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Resultado Final (OFICIAL)
Classificados para segunda fase do DESAFIO NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL
COLÉGIO CENECISTA SANTANA
Victor Augusto Tavares Militão - 22 pontos (Oitavo ano do ensino fundamental)
Lorena Marques Ribeiro - 21 pontos (primeira série do ensino médio)
Douglas Azevedo Silva - 21 pontos (primeira série do ensino médio)
José Ivo da Silva Neto - 21 pontos (nono ano do ensino fundamental)
Notícias
63 estudantes participaram do desafio.
Esse número garante a passagem de 3 estudantes para a segunda fase.
Cerca de 54% dos alunos aptos a fazerem a prova compareceram ontem, dia 19 de Agosto.
QUESTÃO DESCRITORES GABARITO
1. Passagens marítimas
estratégicas
• Localizar países, regiões e continentes no mapa-múndi político e em mapas regionais
• Compreender e avaliar as relações de poder entre as nações e o quadro geopolítico atual
C
2. Amazônia – B. Becker
• Reconhecer e compreender o papel e a importância de
iniciativas sustentáveis para os ambientes, a vida social e a conservação de recursos para as gerações futuras
• Compreender as formas de apropriação dos recursos naturais pelos seres humanos ao longo da história e suas consequências para a vida no planeta
• Saber utilizar a leitura e a escrita em gêneros diversos para discutir diferentes fatos, fenômenos e contextos geográficos e históricos
D
3. Turismo – Brasil
• Conhecer e analisar a evolução histórica das atividades de turismo e viagem no Brasil e no mundo
• Conhecer e analisar indicadores derivados das atividades características do turismo: equipamentos ou serviços de agências de viagem, hospedagem, alimentação, transporte, cultura, lazer e entretenimento
B
4. O solo do
meio-oeste dos
Estados Unidos
• Compreender e analisar processos de erosão, perda de fertilidade, desertificação e salinização dos solos e sua relação com as atividades humanas
• Saber utilizar a leitura e a escrita em gêneros diversos para discutir diferentes fatos, fenômenos e contextos geográficos e históricos
B
5. Gráfico – Transportes
• Conhecer e analisar o desenvolvimento técnico e a distribuição das redes de transporte ferroviário, rodoviário, marítimo e fluvial e seu papel nos fluxos e na integração do território no Brasil e em outros países
• Utilizar dados graficamente representados para interpretar aspectos relacionados à vida econômica e social dos países
C
6. Egípcios
• Compreender a organização política e o significado das guerras para as sociedades da Antiguidade
A
7. Mercado Roque Santeiro
• Reconhecer e analisar aspectos da produção econômica em diferentes setores de atividade no Brasil e no mundo
• Compreender e analisar o papel e a distribuição de atividades econômicas em cidades e no meio rural no Brasil e no mundo
• Saber utilizar a leitura e a escrita em gêneros diversos para discutir diferentes fatos, fenômenos e contextos geográficos e históricos
D
8. Dez idiomas mais usados na internet
• Conhecer e avaliar o desenvolvimento técnico, a implantação e a difusão dos sistemas de telecomunicações e informações no Brasil e no mundo
• Avaliar o papel das tecnologias de informática na difusão de informações e na integração entre regiões e países
• Desenvolver procedimentos para ler e interpretar informações representadas em tabelas, gráficos, mapas e esquemas
B
9. Brasil – Dom João VI
• Compreender o processo histórico de constituição do Estado brasileiro
C
10. Bioma brasileiro
• Identificar a distribuição e as características de coberturas vegetais no Brasil e no mundo e avaliar a importância da preservação de sua biodiversidade
• Compreender processos históricos de uso e ocupação de diferentes biomas no Brasil e no mundo e avaliar riscos aos ambientes e formas de vida
• Saber utilizar a leitura e a escrita em gêneros diversos para discutir diferentes fatos, fenômenos e contextos geográficos e históricos
C
11. Classe média chinesa
• Analisar e interpretar as transformações econômicas e sociais vividas pelos países comunistas ao longo dos séculos 20 e 21
B
12. Mapa – Refugiados Coreia do Norte
• Conhecer e analisar a natureza, as características, os fluxos e as direções dos deslocamentos populacionais atuais (migrações de trabalho, refugiados políticos, guerras e conflitos regionais, turismo e visitação, atividades econômicas e outras)
• Desenvolver procedimentos para ler e interpretar informações representadas em tabelas, gráficos, mapas e esquemas
D
13. Indústria de confecções nos Estados Unidos
• Reconhecer e analisar aspectos da produção econômica em diferentes setores de atividade no Brasil e no mundo
• Saber utilizar a leitura e a escrita em gêneros diversos para discutir diferentes fatos, fenômenos e contextos geográficos e históricos
D
14. O pequeno reino
• Conhecer a natureza, funções e organização espacial de diferentes lugares turísticos
• Reconhecer os fluxos turísticos internacionais atuais, analisando intensidades, direções e principais áreas emissoras e receptoras
• Saber utilizar a leitura e a escrita em gêneros diversos para discutir diferentes fatos, fenômenos e contextos geográficos e históricos
A
15. Água
• Reconhecer e avaliar a distribuição e a disponibilidade de água no Brasil e no mundo
• Saber utilizar a leitura e a escrita em gêneros diversos para discutir diferentes fatos, fenômenos e contextos geográficos e históricos
C
16. Alma africana – Salvador
• Identificar características de diferentes patrimônios étnico-culturais e artísticos no Brasil e em outros países
• Saber utilizar a leitura e a escrita em gêneros diversos para discutir diferentes fatos, fenômenos e contextos geográficos e históricos
A
17. Mobilidade urbana em São Paulo
• Analisar políticas de transporte urbano e metropolitano, avaliando o papel dos transportes coletivos e do automóvel individual
• Saber utilizar a leitura e a escrita em gêneros diversos para discutir diferentes fatos, fenômenos e contextos geográficos e históricos
C
18. Lixo digital nos Estados Unidos
• Reconhecer e avaliar a produção, a deposição e as técnicas de coleta e processamento do lixo em diferentes espaços e seus impactos
• Desenvolver procedimentos para ler e interpretar informações representadas em tabelas, gráficos, mapas e esquemas
B
19. Mapa – Mangues
• Compreender a dinâmica natural de ambientes litorâneos e estuarino-lagunares e avaliar sua importância para a geração das formas de vida
• Ler e interpretar informações representadas em plantas, cartas, mapas e croquis sem escala
B
20. Entrevista José Carlos Meirelles
• Conhecer os processos de constituição e localizar terras indígenas e comunidades descendentes de quilombolas no Brasil
• Saber utilizar a leitura e a escrita em gêneros diversos para discutir diferentes fatos, fenômenos e contextos geográficos e históricos
C
21. Mapa – Energia eólica
• Conhecer processos de obtenção e funcionamento de fontes alternativas de energia e avaliar seus efeitos para os ambientes e a vida em geral
• Desenvolver procedimentos para ler e interpretar informações representadas em tabelas, gráficos, mapas e esquemas
C
22. Crise mundial da pesca
• Analisar características da produção agropecuária e do extrativismo mineral, vegetal e animal no Brasil e no mundo
• Identificar espécies da flora e da fauna sob ameaça ou risco de extinção e avaliar iniciativas para a sua preservação
B
23. Achados na Eslovênia
• Compreender a organização social e a vida cultural dos seres humanos que viveram na pré-história com base em achados arqueológicos
A
24. Maias
• Compreender a organização político-social e a vida cultural dos povos da América antes da chegada dos europeus
B
25. Mapa – Era atômica
• Reconhecer e avaliar o papel dos arsenais bélico-nucleares como fonte de poder no mundo contemporâneo
• Desenvolver procedimentos para ler e interpretar informações representadas em tabelas, gráficos, mapas e esquemas
A
Relação das escolas-sede regionais pré-selecionadas pelo Comitê Gestor
Estado Cidade Escola Endereço
AL ATALAIA ESCOLA MUNICIPAL ANTÔNIO AMÂNCIO DE MELO BASTOS LOTEAMENTO SANTA INÊS, Nº S/N
AL Barra de São Miguel Escola de Educação Básica Profa. Médea Alburquerque Cavalcanti Avenida Jóse Vieira , Nº s/n
AL MACEIÓ COLÉGIO DE SÃO JOSÉ CONJ. JOSÉ DUBEUX LEÃO QD. 15, N°100, RUA W, Nº 100
AL Maceió Colégio Objetivo Rua Jornalista Arnobio Valente Filho, Nº 59
AL SANTANA DO IPANEMA ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR MILENO FERREIRA DA SILVA RUA GILMAR PEREIRA DE QUEIROZ, Nº 600
AL União dos Palmares Escola Estadual Monsenhor Clóvis Duarte de Barros Rua Jardim Brasília, Nº 80
sábado, 15 de agosto de 2009
A blogosfera violentou o esgoto do PIG
Terra Goyazes:
Pesquisa Datafolha divulgada hoje, 15.08.2009, mostra os seguintes resultados:
1 - José Serra - 36%
2 - Dilma Roussef - 17%
3 - Ciro Gomes - 14%
4 - Heloísa Helena - 12%
5 - Marina Silva - 3%
Duas constatações óbvias:
1) A reunião golpista feita no apartamento de FHC, para fraudar pesquisas e dar uma queda na popularidade de Dilma por conta do Sarney, falhou! Acho que o próprio Datafolha achou esse pessoal aloprado demais;
2) A entrada de Marina no jogo, ao contrário do que sonha as vivandeiras da oposição, não tira votos de Dilma e sim de Serra!
Resumo da ópera: a coisa, que já estava ruim para a oposição golpista e seu fiel aliado, o PIG, piorou bastante! Como diria o FHC, assim não pode, assim não dá!
Empresários de comunicação fogem do debate
Os donos de jornais, rádios e TVs gostam muito de defender a “sua” liberdade de imprensa e expressão, mas não de conceder a outros essa mesma liberdade. Também tem medo de enfrentar o debate. É por isso que seis das oito entidades empresariais que participavam da comissão organizadora da Conferência Nacional de Comunicação (CONFECOM), convocada pelo governo Lula, atendendo a um reclamo da sociedade e com realização prevista para o período de 1 a 3 de dezembro próximo, anunciaram formalmente ontem sua saída da Conferência.
O movimento de saída foi liderado pela Globo, por meio da ABERT (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV), a entidade dos radiodifusores, e envolveu os representantes de jornais, revistas, TVs por assinatura e provedores de internet. Só permaneceram na comissão organizadora a ABRA - dissidência da ABERT - que tem como principais sócios a Bandeirantes e a Rede Vida!, e a Telebrasil, entidade das operadoras e da indústria de telecomunicações. Além dos representantes da sociedade civil e do governo. A decisão de saída acontece porque esses empresários queriam limitar a pauta da Conferência ao futuro - enquanto a sociedade civil quer discutir o passivo da radiodifusão - e também exigiam quórum qualificado para determinadas votações. O governo até aceitou o quórum qualificado para temas relativos à ordem econômica, mas descartou qualquer poder de veto ao debate.
O aceno das autoridades não alterou a situação pois, de fato, a decisão de sair, segundo participantes da reunião das entidades empresariais, já estava tomada antes da primeira reunião com os ministros coordenadores da Conferência: Hélio Costa, das Comunicações; Franklin Martins, da Comunicação Social; e Luiz Dulci, da Secretaria Geral. Zé Dirceu.