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sábado, 27 de março de 2010

Estou de Luto!


Estou de luto!
Por ti estou de luto...
Partis-te o meu coração fizeste-o em pedaços...

Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador. Se a ti me confiou a piedade Divina, Sempre me rege, me guarde, me governe, me ilumine. Amém

Mykaella Alencar Silva Santos

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segunda-feira, 22 de março de 2010

No Dia Mundial da Água, 22 de março, 40 milhões sem água no País


No Brasil verifica-se em todas regiões o comprometimento da qualidade das águas dos mananciais

Hoje, 22 de março, comemora-se o Dia Nacional da Água. Uma data que não pode ser comemorada por 40 milhões de brasileiros que não têm acesso aos sistemas de abastecimentos público. Um número assustador para um País emergente. O quadro é agravado com a falta de esgotos tratados – calcula-se que 100 milhões de brasileiros não tenham acesso ao sistema de esgotos.

A consequência dessa situação é a poluição crescente dos recursos hídricos, reduzindo a oferta de água tratada. No planeta, 2,6 bilhões de pessoas não são beneficiadas com saneamento, o resultado é a morte de 5 milhões de pessoas, por ano, devido a doenças ocasionadas pela má qualidade da água. Reportagem de Marcelo Raulino, no Diário do Nordeste.

As crianças são as mais afetadas com essa situação. No mundo 4.200 morrem diariamente devido a falta de saneamento, cerca de 3 por minuto. Já na América Latina, são 100 mortes diárias, ou seja, 36 mil mortes por ano. A falta de esgotamento traz hepatite A, diarreia, dengue, cólera, esquistossomose e outras enfermidades. Em média, na última década, ocorreram 700 mil internações, por ano, no Brasil, decorrentes de doenças relacionadas à falta ou inadequação de saneamento.

No Brasil verifica-se em todas regiões o comprometimento da qualidade das águas dos mananciais, mas a universalização do saneamento, que resolveria essa situação, pelo andar da carruagem, só vai ser alcançada dentro de 66 anos.

É que para levar o serviço a todos brasileiros seriam necessários investimentos de R$ 260 bilhões, mas como o governo só investe, em média, R$ 4 bilhões, por ano, levaria mais de seis décadas para chegar ao objetivo proposto.

Atualmente, o lançamento de esgotos domésticos é o principal fator de degradação dos corpos d´água no Brasil. Estima-se que 48 % dos domicílios brasileiros possuem coleta de esgotos, sendo que 21 % se utilizam de fossas sépticas.

Considerando o total de esgoto coletado, apenas 20% recebe algum tratamento, sendo o restante lançado diretamente nos corpos d´água. Outro problema é a perdas de água, que no Brasil chegam a 45%.

De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA) as principais bacias do País que apresentam problemas de poluição encontram-se em regiões metropolitanas (São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte, Vitória, Recife, Salvador, Fortaleza, Belém, Manaus).

Algumas bacias encontram-se impactadas pelos esgotos de cidades de grande e médio porte (Campinas-SP, Juiz de Fora-MG, Cascavel-PR, Mogi-Mirim, São José do Rio Preto-SP, Presidente Prudente-SP, Montes Claros-MG, João Pessoa-PB)

Em algumas bacias são observados corpos d´água com índice de qualidade de água aceitável ou ruim devido a condições naturais, como acontece nos rios do Pantanal em que, nos períodos de cheias, ocorre um processo natural de deterioração da qualidade das águas devido à acumulação de restos vegetais e sedimentos que criam alta demanda por oxigênio.

Nesse período as águas tendem a apresentar baixo teor de oxigênio dissolvido, gerando condições desfavoráveis para a vida aquática.

A eutrofização dos corpos d´água, ou o excesso de nutrientes causados pelo escoamento para os cursos d´água de elementos químicos industriais e domésticos, como fósforo e nitrato, pode ocasionar o crescimento de plantas aquáticas em excesso, comprometendo a utilização da água. O problema é comum em açudes e cursos d´água nas regiões metropolitanas. Em Fortaleza o problema é comum nas lagoas e córregos da cidade. No Rio de Janeiro sempre em período de chuvas é comum a morte de peixes na Lagoa Rodrigo de Freitas. Este é também um problema mundial e representa uma ameaça à saúde pública e aos usos múltiplos dos recursos hídricos, provocando perdas econômicas significativas.

De acordo com o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM), estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) na área de saneamento que incluem saúde, equidade de gênero, economia e ambiente, cada país tem que reduzir em 50% o déficit da área urbana na coleta de esgoto até 2015. Esses compromissos foram reafirmados pela Declaração de Cali durante a 1ª Conferência Latino-americana de Saneamento na Colômbia em 2007.

Na 2ª Conferência que aconteceu, entre 14 e 18 de março, em Foz do Iguaçu, o Brasil se comprometeu a cumprir as metas até o prazo final. Dentre os desafios brasileiros estão a redução do déficit de rede de esgotamento sanitário urbano de 66 milhões de pessoas e ampliação do tratamento de esgotos de 40% do que é coletado e tratado. Segundo dados da Caixa Econômica Federal, nos anos de 2007 e 2010, através do Plano de Aceleração da Economia (PAC), o Brasil investiu R$ 12 bilhões em saneamento.

O problema é qualidade dos projetos apresentados, considerados ruins e inconsistentes e por isso são rejeitados. Atualmente o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem R$ 8 bilhões para empréstimos a longo prazo para o setor.

Corpos d´água
Rios poluídos

Região Hidrográfica do Paraná: Alto Tietê (SP), Alto Iguaçu (PR), Piracicaba (SP), Preto (SP), Mogi-Mirim (SP), São Francisco (PR).

Região Hidrográfica do São Francisco: das Velhas, Pará, Paraopeba e Verde Grande (MG).

Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Oriental: Jaguaribe (CE), Cuiá, Cabocó, Mussure (PB), Pirapama (PE), Coruripe (AL).

Região Hidrográfica Atlântico Sul: dos Rios dos Sinos e Gravataí (RS).

POLUIÇÃO DAS BACIAS
Situação mais crítica é no Nordeste

Plantas aquáticas comprometem os corpos d´água em todo o País, principalmente na região Nordeste

Segundo a Agência Nacional de Águas, as situações mais críticas estão localizadas na Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Oriental, onde a disponibilidade hídrica é muito baixa. Já as regiões do São Francisco e Atlântico Leste também apresentam áreas com situações ruins. Nessas regiões a baixa pluviosidade e a elevada evapotranspiração, colaboram para o problema.

Na Região Hidrográfica do São Francisco, diversas sub-bacias estão em situação pelo menos preocupante, entre elas a dos rios das Velhas e Paraopeba, alguns afluentes do Paracatu, rios Preto, São Pedro e Ribeirão, a maioria localizados na região semiárida da bacia.

Na Região Hidrográfica do Atlântico Leste, algumas bacias também apresentam dificuldades no atendimento das demandas: como os rios Vaza-Barris, Itapicuru e Paraguaçu.

As regiões hidrográficas do Paraná e Atlântico Sudeste têm em suas margens uma alta concentração populacional, com altas demandas de uso urbano e industrial. Algumas bacias estão bastante poluídas como as dos rios Paraíba do Sul, Pomba, Muriaé, Guandu e rios que desembocam na Baía de Guanabara, e na RH do Paraná os rios encontram-se na mesma situação os rios: São Bartolomeu, Meia Ponte, Sapucaí, Turvo, Alto Iguaçu, Pardo e Mogi-Guaçu Piracicaba e Tietê. Na região Atlântico Sul, além da alta concentração urbana, há registros de conflitos devido as demandas pela irrigação.

A eutrofização ( aparecimento excessivo de algas e plantas aquáticas que causam desequilibro nos mananciais) não é um fenômeno exclusivo do Nordeste. Há registro de casos em Minas Gerais, no reservatório da Usina de Foz de Areia (bacia do Rio Iguaçu), no Paraná e no complexo lagunar de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Em São Paulo, o rio Paraíba do Sul apresenta a proliferação capituvas, plantas macrófitas que crescem no leito do rio e se alimentam do esgoto doméstico lançado sem tratamento no rio.

As capituvas formam verdadeiras ilhas que se desgarram de suas áreas de crescimento e formam barreiras que bloqueiam o lixo flutuante. Aos poucos, essas ilhas mudam o curso da correnteza, erodindo o aterro das cabeceiras das pontes, colocando em risco a sua segurança.

De acordo com o Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE) a limpeza das capituvas em toda extensão do rio Paraíba está orçada em R$6 milhões. Já a manutenção anual, pode chegar a até R$200 mil.

SAIBA MAIS

Oligotrófico – Corpos de água limpos, de baixa produtividade, em que não ocorrem interferências indesejáveis sobre os usos da água

Mesotrófico – Corpos de água com produtividade intermediária, com possíveis implicações sobre a qualidade da água, mas em níveis aceitáveis, na maioria dos casos.

Eutrófico – Corpos de água com alta produtividade, de baixa transparência, em geral afetados por atividades antrópicas, em que ocorrem alterações indesejáveis na qualidade da água e interferências nos usos múltiplos. A eutrofização dos mananciais possibilita o crescimento de microalgas e cianobactérias e de plantas aquáticas. Estes dois grupos de organismos, quando em crescimento excessivo, dificultam a utilização da água para fins múltiplos, em especial para o abastecimento humano e a dessedentação animal.

Hipereutrófico – Corpos de água afetados significativamente pelas elevadas concentrações de matéria orgânica e nutrientes, podendo ocorrer episódios de florações tóxicas e mortandade de peixes

Fonte – Cogerh

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segunda-feira, 8 de março de 2010

O dia da Mulher nasceu das mulheres Socialistas


8 março 2010

Por Vito Gianotti

Quando começou a ser comemorado o Dia Internacional da Mulher? Quando começou a luta das mulheres por sua libertação? Qual a influência do movimento socialista na luta das mulheres? E o 8 de março como nasceu? A data teve origem do quê? Onde?

Estas e outras questões merecem uma atenção especial neste 2003, quando nos jornais e na internet apareceram repetidamente versões diferentes, da tradicional, sobre a origem do Dia da Mulher e seu significado. Todas estas versões, no entanto, esqueceram a palavra chave, que está na história da luta da mulher por sua libertação: mulher “socialista”.

Este ano, nas vésperas do 8 de março o jornal cearense O Povo publicou um longo artigo de uma professora da Universidade Federal do Ceará que deixou muita gente assustada. O mesmo aconteceu em vários artigos que circularam na internet. Para encarecer a dose, logo após a comemoração do Dia da Mulher, o novo jornal de esquerda que acabava de sair, Brasil de Fato, no seu número 1, também traz um artigo da mesma professora da UFC, Dolores Farias, que reafirma o que ela havia escrito no jornal O Povo, dias antes. Vi gente ficar furiosa com a contestação da origem da data do Dia Internacional da Mulher. Procurando entender o porquê desta confusão.

Na verdade, a questão da origem do 8 de março já existe há anos. Em 1996, o Jornal do Brasil trazia um artigo da professora da UERJ, Naumi Vasconcelos, no qual ela dizia que tal greve de Nova Iorque, em 1857, na qual teriam morrido 129 operárias queimadas vivas, nunca existiu. E ela afirma que a origem desta data é bem outra.

No mesmo ano, em março, Conselho de Classe, jornal do SEPE, sindicato dos professores da rede pública do estado do Rio de Janeiro, trazia um artigo da mesma professora Naumi, com o título sugestivo de: “Quem tem medo do 8 de março?” Neste, a autora citava, como fonte fundamental para a discussão, um livro de uma pesquisadora canadense intitulado: “O dia Internacional da Mulher – Os verdadeiros fatos e datas das misteriosas origens do 8 de março, até hoje confusas, maquiadas e esquecidas”.

Este livro, da autora canadense Renée Côté, saiu em 1984 e estranhamente ficou esquecido por várias razões. O livro da Renée é totalmente antiacadêmico, anticonvencional. Mas, mais do que a forma, o que fez o livro cair no esquecimento foi o que ela diz, que incomoda muita gente. Ela prova por a + b, ao longo de 240 páginas, que as certezas que nos anos 1960, 70 e 80, foram criadas pelos movimentos feministas, a respeito do surgimento do 8 de março, são pura ficção. Ela derruba um mito caro às mulheres feministas, que tanto penaram para afirmar esta data. Além disso, o livro foi deixado cair no esquecimento porque é mais fácil aceitar versões já consolidadas de histórias caras às nossas vidas, do que se questionar sobre mitos estabelecidos. Um pouco como, para muitos, é mais fácil aceitar a historinha de Adão e Eva, criados do barro, uns seis mil anos atrás, do que se questionar sobre as origens do homem, bem mais complexas, centenas de milhares de anos atrás.

Há um outro fator, que acho determinante, que fez o livro da autora canadense cair no limbo. Ela deixa transparecer, o tempo todo, sua visão favorável à autonomia dos movimentos sociais frente aos partidos e mostra uma prevenção à própria idéia de partido político. O livro se insere no grande leito da luta autonomista, típica dos movimentos de esquerda dos anos 70. Isto a antipatiza com muitos setores da esquerda mais influente, que poderiam ter divulgado sua obra. Mas deixando de lado simpatias, ou alergias, vamos entra no cipoal deste mito.

A explicação da origem do mito da greve de Nova Iorque de 1857, nos EUA, e do esquecimento de outra greve real, concreta e proibida, de 1917 na Rússia, vamos ver só no final do artigo. A questão chave é ver porque, no mundo bipolar da Guerra Fria dos anos 60 do século passado, os dois blocos em disputa aceitaram a versão de uma greve de mulheres, em 1857, nos EUA, e esqueceram uma outra greve de mulheres, em 1917, na Rússia? Os motivos são mais políticos que psicológicos. Vejamos.

O clima mundial quando nasceu o mito de 1857

A idéia da libertação da mulher nasceu na terra fértil do movimento socialista mundial, no final do século XIX e começo do século XX.

As raízes desta batalha podem ser encontradas nos escritos de Marx e Engels. A visão da família, da mulher proletária e da burguesa que permeiam A Origem da Família, da propriedade e do Estado, de Engels, é a base da visão dos socialistas da necessidade da libertação da mulher proletária. A frase do Marx “A opressão do homem pelo homem iniciou-se com a opressão da mulher pelo homem”, demorou para dar seus frutos, mas deu.

Contemporâneos de Marx, Paul Lafargue e Laura Marx foram batalhadores da igualdade e da libertação feminina, em seus vários escritos e sobretudo em seu livro mais conhecido Direito à preguiça.

Clara Zetkin, desde 1890, logo após a fundação da Internacional Socialista, começou a falar, escrever e organizar a luta das mulheres visando integra-las à luta socialista. Visando a que elas tomassem seu lugar na luta de classes, na revolução.

Fora da 2ª Internacional, a tradição anarquista de uma parte do movimento operário exigia a igualdade de homens e mulheres. A realidade, naquele começo do movimento da classe trabalhadora ainda era dura: partido e sindicato eram coisas de homem. Mas, mesmo nesse ambiente desfavorável, grandes mulheres passaram a discutir com as maiores lideranças da época e deixaram suas marcas em livros e artigos e na organização das forças revolucionárias. Foi neste embate de idéias que um dos teóricos da Internacional, August Bebel, escreveu seu livro A mulher e o socialismo. E é nesse grande rio que deságua o célebre A nova mulher e a moral sexual, de Alexandra Kollontay.

Neste ambiente de lutas operárias e de discussões teóricas, no campo socialista, que nasceu a luta pela participação política e, pouco a pouco, pela libertação da mulher.

A partir do começo do século XX, esta batalha das socialistas se cruzou com a de um punhado de mulheres independentes, em sua maioria pertencentes à classe média e alta, que estavam em campanha pelo direito de voto. Estas mulheres, sobretudo nos Estados Unidos, ao reivindicar o sufrágio para as mulheres, foram conhecidas como as sufragistas e suas relações com as socialistas eram de conflito.

As mulheres socialistas se organizam e criam o Dia da Mulher

Desde 1901, logo após a criação do Partido Socialista, nos EUA, surge a União Socialista das Mulheres, com a finalidade de reivindicar o direito de voto feminino. Entre os anos 1904 e 1908, sempre nos Estados Unidos, nascem vários clubes de mulheres, uns intimamente ligados ao Partido Socialista, outros mais autônomos, anarquistas ou não.

Em 1908, a Federação dos Clubes de Mulheres Socialistas de Chicago toma a iniciativa, autônoma, não ligada oficialmente ao Partido Socialista, de chamar para um Dia da Mulher, num teatro da cidade. Era o domingo 3 de maio. Os debates do dia tinham dois temas de pauta: 1- A educação da classe trabalhadora, e 2- A mulher e o Partido Socialista.

Nesta conferência o palestrante, Ben Hanford repetiu uma das idéias chaves de Engels no seu Origem da família da propriedade e do Estado: “As mais exploradas são as mães do nosso povo. Elas estão de mãos e pés amarrados pela dependência econômica. São forçadas a vender-se no mercado do casamento, como suas irmãs prostitutas no mercado público.”

Mas não foi este encontro independente, no teatro The Garrick, de Chicago, que foi reconhecido pelo Partido Socialista como o começo da comemoração do Dia da Mulher. A iniciativa deste dia tinha nascido fora da estrutura oficial do Partido.

O primeiro Dia da Mulher, nacional, assumido pelo Partido, foi no ano seguinte, em Nova Iorque, em 28 de fevereiro de 1909. Em outras cidades do País, como Chicago, o dia foi celebrado em outras datas.

O objetivo deste dia, convocado pelo Comitê Nacional da Mulher do Partido Socialista americano, era “obter o direito de voto e abolir a escravidão sexual”. O panfleto de convocação dizia: “A realização da revolução das mulheres é um dos meios mais eficazes para a revolução de toda a sociedade.”

Desde o começo do século, nos EUA havia um importante movimento pelo voto feminino, fora da órbita dos socialistas. A maioria das mulheres do Parido consideravam o movimento pelo voto com desprezo, unicamente como um movimento de “mulheres brancas e de classe média”. Porém, dentro do Partido Socialista há um constante vai-e-vem sobre este tema. Por seu lado, as mulheres anarquistas não viam nenhum sentido na luta pelo voto, nem das mulheres e nem dos homens. O meio para construir uma nova sociedade não seria certamente o voto, e sim a ação direta revolucionária.

Mas o ambiente americano favorecia esta reivindicação. Até o ano de 1909, em quatro estados era reconhecido o direito ao voto feminino. A extensão do voto para toda mulher americana só virá em 1920.

Na Europa o movimento das mulheres socialistas, liderado por Clara Zetkin, também era cheio de zigezagues. No começo, dentro da Internacional se levava uma guerra sistemática contra o voto feminino, visto como uma forma de desviar as forças revolucionárias das mulheres e considerado como uma reivindicação burguesa. Era assim que eram tachadas as sufragistas pelas socialistas. Esta visão européia será adotada pelo Partido Socialista americano, em meio a grandes debates e com vozes discordantes.

Mas, no meio de todas as contradições deste debate, em 1907, em Stuttgart, na 1ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, 58 delegadas de 14 paises elaboraram uma proposição que comprometia os vários Partidos Socialistas a entrar na luta pelo voto feminino. A proposição foi elaborada, na véspera, na casa da Clara Zetkin, por ela e duas camaradas que se hospedaram em sua cas, Rosa Luxemburg e Alexandra Kollontay, única russa da Conferência.

É nesse clima de embates que, em 1910 o Partido Socialista americano organiza, pela segunda vez, o Dia da Mulher para o último domingo de fevereiro, em Nova Iorque. O objetivo é declarado sem rodeios no convite: “arrolar as mulheres no exército dos camaradas da revolução social”.

Esta comemoração de 1910 foi marcada por uma grande participação de operárias. As costureiras da cidade haviam terminado uma longa greve pelo direito de ter seu sindicato reconhecido. A greve durou de 22 de novembro de 1909, até 15 de fevereiro, quase véspera do Dia da Mulher. Foi uma greve longa, dura, com fortes piquetes, reprimidos com violência pela polícia, que prendeu mais de 600 pessoas. Encerrada a greve há poucos dias, as costureiras participaram ativamente do Dia da Mulher chamado pelo Partido Socialista.

Dois meses depois, em maio, no congresso do Partido, realizado em Chicago, foi deliberado que o Partido americano enviaria delegados ao Congresso da Internacional, dali a três meses,com a tarefa, entre outras, de propor ao plenário, que o Dia da Mulher fosse assumido pela Internacional e que se tornasse o Dia Internacional da Mulher, a ser celebrado pelos socialistas, no último domingo de fevereiro de cada ano.

Em agosto do mesmo ano de 1910, antes do congresso do Partido, se realizou, em Copenhagem, Dinamarca, a 2ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas. Foi ali que as delegadas americanas levaram a proposta aprovada em seu País. Assim, sob proposta das delegadas americanas, Clara Zetkin e outras camaradas propõe a realização anual do Dia Internacional da Mulher. A data ficou indefinida, a cargo de cada país comemorar o seu dia na melhor data. A resolução aprovada será publicada, logo em seguida, no jornal dirigido pela Clara, A Igualdade, em 29 de agosto. “As mulheres socialistas de todas as nações organizarão um Dia das Mulheres específico, cujo primeiro objetivo será promover o direito de voto das mulheres. É preciso discutir esta proposta, ligando-a à questão mais ampla das mulheres, numa perspectiva socialista.”

A partir desta conferência, as mulheres socialistas passarão a comemorar o Dia Internacional das Mulheres, sempre aos domingo. Nos primeiros três anos após esta resolução, este dia, na maioria dos paises, é marcado para o último domingo de fevereiro.

Dia da Mulher se fixa em 8 de Março

Na Europa, a primeira celebração do Dia Socialista das Mulheres aconteceu em 19 de março de 1911, por decisão do Secretariado da Mulher Socialista, órgão da Internacional. Alexandra Kollontay, que propôs a data, diz que foi para lembrar um levante de mulheres proletárias, na Prússia, em 19 de março de 1848. Neste dia as mulheres conseguiram do rei da Prússia a promessa, depois não cumprida, de obter o direito de voto.

Nos EUA, a tradição de realizar o Dia da Mulher no último domingo de fevereiro se repetiu em 1911, 1912 e 1913. Em 1914 será comemorado em 19 de março.

Nos vários paises da Europa, após a decisão da 2ª Conferência, onde havia um partido socialista, se começou a comemorar o dia da Mulher.

Na Suécia a primeira comemoração foi em 1º de março de 1911. O mesmo aconteceu na Itália. Na França o começo do Dia da Mulher foi em 1914, comemorado dia 9 de março, próximo ao Dia da Mulher na Alemanha.

Em 1914, pela primeira vez, na Alemanha, as mulheres socialistas marcam a data do Dia da Mulher para 8 de março. Não se explicou o porque desta data, pois não precisava. Era um detalhe sem interesse. A data era totalmente indiferente. Importante era a realização do dia.

Na Rússia, debaixo da opressão do Czar, o primeiro Dia da Mulher só foi comemorado em 3 de março de 1913. Em 1914 todas as organizadoras do Dia da Mulher serão presas e com isso não houve comemoração.

Em plena Guerra Mundial, em 1917, na Rússia, as mulheres socialistas realizaram seu Dia da Mulher no dia 23 de fevereiro, pelo calendário russo. No calendário ocidental, a data correspondia ao dia 8 de março.

Neste dia, em Petrogrado, um grande número de mulheres operárias, na maioria tecelãs e costureiras, contrariando a posição do Partido, que achava que aquele não era o momento oportuno para qualquer greve, saíram às ruas em manifestação por pão e paz. Declararam-se em greve. Esta manifestação foi o estopim do começo da primeira fase da Revolução Russa, conhecida depois como a Revolução de Fevereiro.

Esta greve foi documentada nos escritos de Trotsky e de Alexandra Kollontay, ambos membros do Comitê Central do Partido Operário Social-democrata Russo e ambos, depois, proscritos pelo stalinismo vencedor. Kollontay escreve: “O dia das operárias, 8 de março, foi uma data memorável na história. Neste dia as mulheres russa levantaram a tocha da revolução.”

Mas o texto que melhor nos conta os fatos da greve das operárias de Petrogrado é um longo trecho de l. Trotsky, no primeiro volume do seu livro História da Revolução Russa. Vale a pena acompanha-lo:

“O 23 de fevereiro era o Dia Internacional das Mulheres. Se programava, nos círculos da social-democracia, de mostrar o seu significado com os meios tradicionais: reuniões, discursos, boletins. Na véspera, ninguém teria imaginado que este Dia das Mulheres pudesse ter inaugurado a revolução. Nenhuma organização planejava alguma greve para aquele dia. Ainda por cima, uma das mais combativas organizações bolcheviques, o Comitê do tecelões de rayon, de Vyborg, formado essencialmente por operários, desaconselhava qualquer greve. O estado de espírito das massa, segundo Kaiurov, um dos chefes operários deste setor, era muito tenso e cada greve ameaçava tornar-se um confronto aberto. O Comitê julgava que o momento de começar as hostilidades ainda não tinha chegado e que o Partido ainda não tinha forças suficientes e, ao mesmo tempo, a união entre soldados e operários ainda era insuficiente. Por isso tinha decidido de não chamar para a greve, mas para se preparar para a ação revolucionária, num futuro ainda não definido. Esta era a linha de conduta preconizada pelo Comitê, na véspera do dia 23, e parecia que todos a tivessem aceita. Mas, na manhã seguinte, contra todas as orientações, as operárias têxteis abandonaram o trabalho em várias fábricas e enviaram delegadas aos metalúrgicos para pedir-lhes que apoiassem a greve. Foi a contragosto, escreve Kaiurov, que os bolcheviques, seguidos pelos operários mencheviques e pelos socialistas de esquerda se juntaram à marcha. Como se tratava de uma greve de massa, era necessário comprometer todo mundo para sair às ruas e estar à frente do movimento. Esta foi a resolução proposta por Kaiurov e o Comitê de Vyborov se sentiu forçado a aprova-la.

Pelos fatos, é então certo que a Revolução de Fevereiro foi iniciada por elementos da base que passaram por cima da oposição das suas organizações revolucionárias e que a iniciativa foi tomada espontaneamente por um contingente do proletariado explorado e oprimido mais que todos os outros, as operárias têxteis. (…) O empurrão final veio das enormes filas de espera na frente às padarias.”

Em 1921, realiza-se, em Moscou, na URSS, a Conferência das Mulheres Comunistas que adota o dia 8 de marco como Data unificada do Dia Internacional das Operárias. A partir dessa conferência, a 3ª Internacional, recém criada, espalhará a data do 8 de março como data da comemorações da luta das mulheres.

Um dia esquecido e depois reinventado

Na Rússia comunista, após a vitória da Revolução de Outubro, nos primeiros anos do novo regime, no dia 8 de março se realizava o Dia Internacional da Mulher Comunista. O dia, pouco a pouco, perdeu seu interesse e o adjetivo comunista foi caindo à medida que o ímpeto revolucionário da União Soviética começou a se arrefecer.

Nos anos 30 o Dia Internacional da Mulher, seja comunista que socialista, se perderá na tormenta que se abateu sobre o mundo. A ascensão do nazismo na Alemanha, o triunfo do stalinismo na URSS e o declínio da Social-democracia na Europa e o vendaval da IIª Guerra Mundial enterrarão as manifestações do Dia da Mulher.

A humanidade só voltará a falar do Dia da Mulher, no final dos anos 60.

Neste lapso de tempo, o marco do 8 de março, data da greve das operárias de Petrogrado, de 1917, foi esquecido. A data da vitória das revolucionárias rebeldes russas, que impôs a derrota do absolutismo do Czar e deslanchou a Revolução Russa, não interessava aos comunistas do mundo todo. Estes, quase todos, viviam anestesiados pelos encantos ou pelo terror stalinista. Retomar a lembrança daquele 8 de Março das operárias revolucionarias de Petrogrado, também não interessava à Social-democracia, rejuvenescida após a destruição da guerra e em conflito aberto com o comunismo dos países do bloco soviético.

Menos que menos, a data do 8 de março de 1917, na nascente URSS, interessava ao bloco capitalista ocidental, inimigo mortal da Rússia comunista.

Foi assim, sem precisar de uma conspiração organizada por um suposto império do mal, que na Alemanha comunista, em 1966, a Federação das Mulheres Comunistas retomou o Dia da Mulher. Vimos que o fizeram de forma confusa, misturando fatos com fantasias, inventando datas e detalhes.

E foi assim, sem nenhuma deliberação conspiratória, que o mito que acabava de ser criado, em 1966, no Leste Europeu, começou a ser divulgado e foi depois enriquecido fartamente, nos EUA do final dos anos 60.

Depois disso era só enriquecer o mito. O que foi feito, até sua cristalização em 75, com a ONU e logo depois com a Unesco.

8 de Março: uma data a enriquecer

Derrubar o mito da origem da data do 8 de março não implica em desvalorizar o significado histórico que este adquiriu. Muito ao contrário. Significa enriquecer a comemoração deste dia com a retomada de seu sentido original. Significa voltar às origens, para que a cepa-mãe do ideal socialista possa alimentar, sem medos, e sem vergonha pelas derrotas sofridas pelas revoluções perdidas no século XX, a arvore, ainda frágil, da luta pelos direitos e pela libertação total das mulheres. Significa integrar todos os novos e importantíssimos aspectos da luta da libertação da mulher, descobertos com a evolução histórica da humanidade no século XX, com a retomada de suas raízes socialistas. Integrar à clássica luta socialista/comunista do começo do século, as cointribuições de Wilhem Reich, Simone de Beauvoir, Herbert Marcuse, Samora Machel, Betty Friedann, Rose Marie Muraro e milhares de ativistas ,militantes e organizadoras da luta das mulheres, no mundo inteiro. Sem medo da felicidade, sem medo do prazer. Sem medo de lutar por uma revolução, que deverá ser social, sexual, e profundamente cultural. Sem medo de levantar as bandeiras vermelhas da luta pela libertação da humanidade, homens e mulheres.

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sábado, 6 de março de 2010

Estão abertas as inscrições para o Desafio National Geographic 2010 Mundo National


Na última sexta-feira (5), foram abertas as inscrições para a terceira edição do Desafio National Geographic 2010: Viagem do Conhecimento. A maior olimpíada de geografia do Brasil, organizada pela Editora Abril e pela revista National Geographic Brasil, reuniu 500 mil participantes nas duas primeiras edições.

As inscrições são gratuitas para escolas públicas e particulares de todo o país, e podem ser feitas até o dia 1º de junho. Estudantes matriculados regularmente nos 8º e 9º anos (antigas 7ª e 8ª séries) do Ensino Fundamental e na 1 ª série do Ensino Médio poderão ser inscritos por seus professores ou coordenadores.

A olimpíada é dividida em três fases:

1ª fase - Local: a prova é feita pelo aluno em sua própria escola, a partir de um download feito do site do Viagem do Conhecimento, que estará disponível no dia 2 de junho. A escola não precisa inscrever seus alunos nesta fase, onde 5% das provas, corrigidas pelo próprio colégio, devem ser inscritas no concurso, até o dia 18 de junho.

2ª fase - Regional: esta fase será no dia 21 de agosto, em várias sedes regionais, distribuídas por todo o país. Todas as sedes deverão enviar os gabaritos à Editora Abril (Avenida das Nações Unidas, 7221, 7º andar, São Paulo), onde o comitê organizador corrigirá as provas.

3ª fase - Nacional: os 20 melhores alunos, anunciados no dia 22 de setembro, serão premiados com medalhas e uma viagem com todas as despesas pagas à São Paulo, para disputar a última fase, entre os dias 14 e 17 de outubro. O pai ou responsável e o professor do aluno viajam juntos para a finalíssima.

Por Olavo Guerra

Serviço

Viagem do Conhecimento - Desafio National Geographic 2010
Inscrições: grátis até 1º de junho de 2010.
Regulamento completo e outras informações no site do Viagem do Conhecimento.

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terça-feira, 2 de março de 2010

Pegada Ecológica


No próximo dia 20/03/2010, os alunos da 1ª série do ensino médio estarão participando de uma aula de campo, in loco, na Mata da Cafurna município de Palmeira dos Índios. A referida aula visa proporcionar aos alunos o conhecimento sobre o processo de transformação da paisagem através da ocupação do solo e a urbanização, além de uma proximidade com a área de estudo, já que se trata de uma região de zona de transição entre a Mata Atlântica e a caatinga propiciando um contato com a cultura indígena. Contudo, é preciso reforçar que a aula abrangerá uma visita a Estação Elevatória de Água Tratada, recentemente inaugurada pelo Presidente LULA, Museu Xucurús e Casa Museu Graciliano Ramos. Durante toda aula estarão sendo orientados e acompanhados por professores e coordenação pedagógica.

Das orientações para aula de campo

1. A aula de campo abordará a disciplina de Geografia e Sociologia;
2. A saída está marcada para as 06 horas da manhã em frente o Colégio;
3. O aluno deve vestir calça jeans, blusa ou camisa e tênis;
4. O lanche é de responsabilidade do aluno. Lembrando que as condições climáticas evidenciam a necessidade de muita água e frutas;
5. O aluno deve levar 1 Kg de alimento não perecível para doação;
6. Na aldeia estará à venda artesanato caso o aluno queira adquirir;
7. O custo da aula foi definido com base na programação a ser cumprida;
8. É importante que cada equipe se responsabilize em portar gravador e máquina fotográfica para arquivar a aula.

Do cronograma

6h00min - Saída
16h00min - volta

Do Trabalho

O relatório deverá enfocar os aspectos físicos da região utilizada como fonte de estudo além de uma abordagem sobre os diferentes aspectos morfoclimáticos identificados no deslocamento. O relatório deve ser digitado e encadernado para posteriormente ser arquivado na escola. A organização do mesmo deve conter capa, folha de rosto, sumário, introdução, relatório pesquisa de campo, considerações finais, referências bibliográficas e anexos.

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segunda-feira, 1 de março de 2010

Saiba como foi o terremoto no Chile


Tremor na madrugada de sábado matou mais de 708 no país.
Abalo foi sentido até em São Paulo, a 2.850 km do epicentro.

O terremoto de magnitude 8,8 que atingiu a região central Chile na madrugada deste sábado (27) originou-se no mar, perto da cidade de Concepción - a segunda maior do país, com mais de 600 mil habitantes - e a 325 km da capital chilena, Santiago, que abriga 40% dos chilenos. O abalo atingiu as áreas mais populosas do país, onde vivem cerca de 75% da população.

O tremor ocorreu a uma profundidade relativamente pequena - 35 km. Quanto mais superficial, maior o poder de destruição do sismo. Muitas réplicas, algumas delas com magnitude superior a 5 e potencialmente perigosas, ocorreram nas horas posteriores ao primeiro tremor.

O país faz parte de uma área conhecida como "círculo de fogo", onde ocorrem cerca de 80% dos tremores do mundo.

Veja fotos do terremoto

Além dos mortos, que já passam de 700, o terremoto deixou danos no aeroporto de Santiago, que precisou ser interditado e só voltou a funcionar parcialmente no domingo.

Estruturas históricas no centro da capital também ficaram destruídas, assim como um viaduto que liga as regiões norte e sul da cidade.

Parte da ponte Viejo, sobre o rio Bío Bío, próxima a Concepción, também desabou com o tremor. A obra, construída em 1937, havia sido desativada em 2002.

O tremor foi sentido nos países vizinhos, inclusive no Brasil. Em São Paulo, a 2.850 km do epicentro, o Corpo de Bombeiros registrou mais de 100 ligações de pessoas preocupadas com o terremoto.

Pequenos tremores foram sentidos em pelo menos seis bairros da capital, sendo que a região da Avenida Paulista foi a mais afetada por ser uma das mais altas da cidade. Imagens feitas na sala de programação da TV Globo, na Paulista, mostram luminárias tremendo de madrugada.

Com agências

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Datafolha: Dilma dispara e encosta em Serra;diferença é de apenas 4 pontos


Pesquisa Datafolha publicada na edição deste domingo (28) do jornal Folha de S.Paulo, mostra que a pré-candidata do PT à Presidência, ministra Dilma Rousseff, cresceu cinco pontos nas pesquisas de intenção de voto de dezembro para janeiro, atingindo 28%. No mesmo período, a taxa de intenção de voto no governador de São Paulo, José Serra (PSDB), recuou de 37% para 32%. Com isso, a diferença entre os dois pré-candidatos recuou de 14 pontos para 4 pontos de dezembro para cá.

De acordo com a nova sondagem do Datafolha, o deputado federal Ciro Gomes, pré-candidato do PSB, tem 12% das intenções de voto; e a pré-candidata do PV, senadora Marina Silva, tem 8%. Na pesquisa anterior, Ciro aparecia com 13% e Marina já possuía 8%.

A margem de erro da pesquisa, que foi divulgada neste sábado (27), é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Ela foi realizada entre os dias 24 e 25 de fevereiro. Foram ouvidas 2.623 pessoas com idades maiores de 16 anos. Destas, 9% disseram que vão votar branco, nulo ou em nenhum dos candidatos e 10% informaram que estão indecisos.

A sondagem confirma resultados de pesquisas de outros institutos, que já refletiam uma tendência de crescimento rápido da candidatura Dilma Rousseff e a queda do pré-candidato tucano.

Outros cenários

A pesquisa também apresentou um cenário sem a presença de Ciro Gomes. Nessa simulação, as intenções de voto em Serra ficam em 38% (ante 40% na pesquisa realizada entre 14 e 18 de dezembro); Dilma atinge 31% (ante 26% da pesquisa anterior); e Marina Silva fica com 10% (11% no levantamento de dezembro).

No cenário de um segundo turno, numa eventual disputa entre Serra e Dilma, o tucano aparece com 45% das intenções de voto e a petista com 41%. Ou seja, também em um eventual segunda etapa do pleito, Dilma encosta no tucano, apresentando uma diferença de apenas quatro pontos novamente. O levantamento realizado em dezembro apontava que, nessa situação, Serra teria 49% das intenções de voto e Dilma, 34%. Em outro cenário de segundo turno, Dilma vence com 48%, contra 26% de Aécio.

Aprovação recorde de Lula

A pesquisa avaliou também o índice de aprovação do presidente Lula. Na mostra, a aprovação ficou em 73% (de ótimo e bom). Na pesquisa de dezembro, este índice foi de 72%, o mais alto patamar de popularidade apurado pelo Datafolha.

Com agências

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