Manifestantes fizeram caminhada pelas ruas de Maceió provocando congestionamentos em vários pontos
Professores e estudantes da rede estadual de ensino realizaram uma grande mobilização na manhã desta quarta-feira (14). Eles partiram do Centro Educacional Antonio Gomes da Barros (CEAGB), localizado na Avenida Fernandes Lima, no Farol, e seguiram a pé com destino à sede da Secretaria de Estado da Educação, no Centro de Maceió, onde ocuparam o prédio.
De acordo com o estudante Ésio Melo, líder do movimento, os alunos estão cumprindo um calendário de reivindicações a nível nacional que vai prosseguir durante toda a semana. Os estudantes pedem o aumento no percentual do PIB destinado à educação, a criação de uma lei por parte do governo federal para destinar recursos oriundos da exploração da camada do Pré-sal, melhoria na qualidade da merenda escolar e realização de concurso público.
Os manifestantes lutam ainda contra um projeto que tramita na Casa Tavares Bastos, de autoria do Governo Estadual, que, conforme o líder estudantil, prevê a contratação de empresas terceirizadas para administrar órgãos públicos. “Com esse projeto o governo está reconhecendo que o Estado não tem capacidade para gerir um aparelho público e que a educação pública é ruim”, desabafa.
Além dessas reivindicações, eles cobram o passe livre nos coletivos urbanos e se posicionam contra a polêmica resolução 88/2010 da Secretaria de Estado da Educação que disciplina a carga horária dos professores em sala de aula.
Os professores alegam que essa portaria diminui a carga de horas de cada disciplina, porém os obriga a trabalharem mais. De acordo com Luiz Carlos dos Santos, professor da Escola José Silveira Camerino, localizada no CEAGB, o governo está maquiando a situação e confundindo a opinião pública. “Essa portaria diminui a carga horária de cada disciplina e obriga os professores a ministrar mais aulas em outras escolas. Eles reduziram a carga horária de cada série, mas em compensação deram mais alunos para os professores ensinarem. O Estado quer se eximir da responsabilidade de realizar concurso público” – protesta o professor.
Reunião com alunos e professores (Foto: Janaina Ribeiro)
O representante do Governo, o professor Neilton Nunes disse que as declarações do professor Luiz Carlos não são verdadeiras. Ao contrário do que disse o professor, Nunes afirmou que a portaria serviu para disciplinar a carga horária dos professores. “A norma estabeleceu diretrizes para a organização da rede estadual e o melhor funcionamento do ano letivo de 2010.Dessa forma, foram distribuídos uniformemente os tempos letivos de modo a contribuir para garantia de maior tempo de permanência de alunos na sala de aula”, explicou.
Uma comissão formada por estudantes foi recebida pelo representante do governo para discutir a pauta de reivindicação do movimento.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Professores e estudantes ocupam prédio da Secretaria de Educação
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