*Tiago Sandes
Nos últimos anos, o meio ambiente vem sofrendo com a ação devastadora dos impactos causados principalmente pela ação do homem no meio natural. Para se entender essa relação, pode-se conceituar impacto ambiental como qualquer ação que altere as propriedades físicas, químicas e biológicas causada pela intervenção do homem ou por ação natural do próprio ambiente que possa interferir na saúde, bem-estar da população e em suas atividades econômicas e sociais. Outro ponto muito importante nessa discussão é o planejamento urbano, já que temos um grande contraste na ocupação desordenada do solo. Ponto que se submete ao avanço distorcido do capitalismo. Impactos ambientais em áreas industrializadas são freqüentes, desrespeitando toda uma legislação que aparentemente se torna frágil à medida que não possa coibir a lesão ao meio ambiente preventivamente. Segundo o artigo 54 da lei Nº. 9.605 causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.Quando colocamos a problemática da ocupação de áreas posta por uma condição natural e que se desenhou uma paisagem inconsistente, voltamos a uma predisposição de se possibilitar a socialização da terra, para que o trabalhador que se retirou do campo devido às condições hostis, possa voltar e se auto-sustentar. As políticas públicas giram em torno desta concepção, com uma proposição categórica de reforma agrária e a condução de uma vertente que priorize a sustentabilidade do meio natural. O capitalismo ainda vive o ápice da propagação mundial, tendo como modelo de expansão a política imperialista dos Estados Unidos, com reflexo na sua influência na economia de boa parte dos países da América Latina. No Brasil, vive-se a proliferação dos Biocombustíveis como fonte alternativa de energia e diminuição da emissão de gases de efeito estufa. O principal foco está voltado para a ampliação da produção da cana de açúcar (etanol), neste conjunto fortalecendo a expansão desta monocultura que através de décadas vem expondo o trabalhador brasileiro a situações lastimáveis de exploração.
Se quisermos potencializar com qualidade as alternativas sustentáveis, temos que expor uma matriz energética que disponibilize o equilíbrio dentre os diversos fatores sócio-ambientais. Segundo a revista Science, a mitigação de emissões de gases contrapõe a expansão da cana de açúcar, para a produção em larga escala do etanol, a instigação de reflorestamento de áreas desmatadas no Brasil.
Com isso, o reflorestamento e a dedução do desmatamento representam diminuição de 12% na emissão de gases. Não podemos propor para os brasileiros um licenciamento ambiental alicerçadas na cessão do uso e gozo dos ecossistemas brasileiros, seja ela por tempo determinado ou não, mediante
pagamento de um preço ou locação, que fique, ou não a mercê da exploração de empresas estrangeiras.
A problemática que gira em torno do aquecimento global é uma tarefa dos governos, da condução de uma política educacional que gire em torno da educação ambiental e a conscientização de cada cidadão e cidadã da sua responsabilidade com as futuras gerações e a normalidade climática do planeta.
domingo, 2 de janeiro de 2011
MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO: UMA VISÃO A PARTIR DO CONCEITO DE SUSTENTABILIDADE
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2 comentários:
Boa noite Tiago Sandes.
Fico feliz em saber que mais algum alagoano se importa com a crise ambiental que vivemos e ao mesmo tempo gostaria de parabenizar você pelo seu blog.
Gostaria também de fazer duas observações: 1º, o que você denomina como impacto ambiental na verdade é denominado como aspecto ambiental (ação do homem), já o impacto ambiental é a consequência que o aspecto ambiental causa; 2º, o biocombustível na verdade tem como grande força não a redução de emissão de gases poluentes, mas sim a possibilidade de ser renovável, o que não ocorre com aqueles originados do petróleo.
Diante do que foi colocado, concordo com você na grande maioria dos pontos. Acredito que realmente há um problema grande na expansão do cultivo de vegetais adequados para o biocombustível pelo motivo lógico que você colocou, mas daí nasce uma pergunta pertinente: como solucionar este dilema? Acredito também que, como você colocou, é necessária a implantação de uma educação ambiental mais eficiente e preparada para um futuro incerto, e acrescento mais: a problemática ainda é bem maior que somente as mudanças climáticas ocasionadas pelo aquecimento global.
Se interessado em debater assuntos relacionados ao seu post pode visitar: http://bioconsciente.blogspot.com/
Cordialmente,
Ricardo Silva.
Sempre que visito seu educativo, fico maravilhado com as postagens que descrevem a luta pelo mundo melhor, e alguém preocupado com o meio ambiente alagoano e do Brasil!
A educação é a base do ser humano para sua vida em sociedade e para uma vida feliz. Como educador e vejo que nossa base holística é o caminho mais ameno a seguir.
Mais um dos motivos para ser seguidor de seu blog e de seus poemas e pensamentos.
Namastê !!!!
Prof. José Carlos
http://projetosead.blogspot.com/
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