ANTUNES, Ricardo. Adeus ao Trabalho?: Ensaio Sobre as Metamorfoses e a Centralidade do Trabalho. 7ª Ed.Rev. Amp. São Paulo: Cortez: Campinas, SP: Ed. Da Universidade Estadual de Campinas. 2000. PP: 23 – 45.
Tiago Sandes Costa*
O texto retrata dois momentos da história do Trabalho protagonizado pelo Fordismo e o toyotismo. O Fordismo caracterizado pelo cronômetro, com produção de série e de massa que é típico de sua indústria vem sendo diferenciado pelo toyotismo. Segundo Coriat, quatro foram as fases que levaram o toyotismo ao advento. Em uma delas, ele fala em aumentar a produção sem aumentar o número de funcionários. Isso significaria a transformação de um único funcionário provedor de várias funções durante seu horário de trabalho para a lógica de não admitir outro na função. Teria então dois trabalhos realizados pagando somente a um trabalhador. Outra ação que é colocado em prática e o ideal de só se produzir o necessário, como em um supermercado onde os produtos só seriam repostos quando acabarem de vender os da prateleira, ou seja, o que o mercado consumisse para não haver o desperdício. O Toyotismo também propagava o tom do amor do trabalhador pela empresa, termos como “espírito Toyota” e “família Toyota” eram empregados no dia a dia do trabalhador, marcava o trabalhador com sua marca como, por exemplo, a farda utilizada para mostrar o orgulho à empresa. O sindicato que tem a função de defender o trabalhador e era desconfigurada pelo Toyotismo, como sindicato-casa, onde o trabalhador tinha não uma fonte de defesa, mas sim, uma fonte de diversão que era atrelada ao sindicato.
A exploração do trabalho é contínua, no sistema Toyotista o trabalhador era explorado trabalhando simultaneamente em varias máquinas. São os trabalhadores multifuncionais, onde comparado com hoje podemos citar um mecânico que para se deslocar precisa ele mesmo dirigir o carro onde era função de um motorista, vemos que trabalhador para desempenhar sua função tem que exercer uma outra. O capital é colocado acima de tudo e de todos, gerenciador do trabalho e do mercado fazendo com que o trabalhador seja apenas um meio da produção capitalista, explorado e seus meios de defesa cooptado e manipulado.
Cada vez mais vemos a crescente onda da ideologia capitalista impregnando em vários setores da sociedade provocando um verdadeiro sufocamento aos trabalhadores. Na lógica da agenda neoliberal verifica-se a diminuição dos direitos adquiridos e encolhimento do Estado nas suas funções vitais resultando numa maior redução das conquistas sociais.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Ensaio Sobre as Metamorfoses e a Centralidade do Trabalho
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