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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Aborto: porque a sociedade foge deste debate?


Segundo avaliações feitas pela coordenação de campanha da Dilma, de que as manifestações injuriosas feitas por setores ultra-consevadores da sociedade brasileira, das Igrejas Católicas, Evangélicos, Clube Militar (onde estão os torturadores do Regime Militar) e, prestem a tenção, a TFP (Tradição Família e Propriedade), dizendo que a candidadta do PT é "favorável" ao aborto, é que levou a eleição ao segundo turno.

Fora a questão - grave - da campanha difamatória, o assunto não pode, ou não poderia, ser debatido como uma questão eleitoral (ou eleitoreira).

Deve ser travada uma ampla discussão, em um momento oportuno, com TODA a sociedade, não somente no Brasil, mas em todo o mundo.Eu, Mario Rangel, não sou a favor do aborto.

Acho que a vida humana deve provalecer sempre.

Mas não se pode ser ingênuo ou hipócrita e colocar o aborto como um tabú, muitas vêzes, a última porta de saída para a mulher. Não acredito que uma mulher faça aborto por fazer.

A discussão sobre um problema de saúde pública, deve ser enfrentado, por Dilma e Serra, sem misticismo.

As mulheres (leia AQUI) fazem aborto há centenas de anos, é o método contraceptivo mais antigo, por muitos considerado mais seguro e menos prejudicial à saúde do que a pílula. Desde que feito por um médico e em condições adequadas, óbvio.


A discussão que precisa ser travada sem descanso é o que fazer para que as mulheres parem de morrer por abortar em casa, usando agulhas de tricô, ou em consultórios podres, nas mãos de açougueiros. Esta sim é uma questão séria, de saúde pública, para a qual todos, repito, todos os governos viram as costas.

Por medo de tratar de um assunto que envolve questões morais e religiosas e com isso perder alguns currais eleitorais e apoios financeiros de empresários conservadores ligados a igrejas poderosas, os governantes estão deixando milhares de mulheres morrerem todos os anos. O aborto clandestino é a quarta causa de morte materna no Brasil. Das 87 milhões de mulheres que sofrem todo ano no planeta com o peso de uma gravidez indesejada, mais da metade aborta.

Das 46 milhões de mulheres que optam por abortar, 18 milhões o fazem em condições precárias, de forma insegura, insalubre, porque não têm recursos próprios e porque não há amparo legal para que esse procedimento seja realizado em hospitais públicos. Dessas 18 milhões de mulheres abandonadas por seus governantes, 70 mil morrem, ou no momento do aborto ou por infecções consequentes. São dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), não foram inventados por mim, e são baseados em abortos relatados - o número concreto de abortos clandestinos ninguém sabe.

Esta discussão deve ser encarada sem medo, pois o medo é a arma da direita.

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