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sábado, 2 de outubro de 2010

O BRASIL E A TORCIDA PARA QUE O COP-10 SEJA UM SUCESSO


Ao longo da semana foram muitas as matérias e os comentários publicados pela imprensa e pelos “twitteiros” sobre o COP-10 (Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica), que acontece em outubro, em Nagoya (Japão). A ideia é que, desse encontro, saiam metas de preservação da biodiversidade a serem cumpridas nos próximos 10 anos, ou seja, até 2020.

No entanto, o possível êxito do COP já tem gerado controvérsia antes mesmo de o evento acontecer. Em matéria publicada no Estadão, por exemplo, Bráulio Dias, secretário nacional de biodiversidade e florestas, levanta a possibilidade de que os resultados no COP não sejam satisfatórios. Uma das dificuldades seria o descompasso de interesses entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento. O secretário aponta as graves consequências para o Brasil, caso não se chegue a um acordo, já que “nós somos os maiores detentores de biodiversidade”. Por isso mesmo, precisamos que sejam estabelecidas regras de acesso aos recursos e de repartição dos seus benefícios.Para que fique mais claro o potencial e o papel desempenhado pelo Brasil no cenário ambiental global, retomamos passagens de uma matéria publicada pela Folha de São Paulo, no dia 9 de julho deste ano:

FLORESTA TROPICAL É A MAIOR MÁQUINA DE ABSORVER CO2

As florestas tropicais, como a Amazônia, são a máquinas de fotossíntese mais eficientes do planeta. Um novo estudo internacional mostra que elas absorvem um terço de todo o gás carbônico que é retirado da atmosfera pelas plantas todo ano. (…) São 123 bilhões de toneladas de gás por ano.

(…) O trabalho de Christian Beer (do Instituto Max Planck para Bioquímica) também ressalta a importância das florestas secundárias na Amazônia como “ralos” para o CO2 em excesso despejado no ar por seres humanos.

Isso porque, apesar de absorverem muito carbono por fotossíntese, as florestas tropicais devolvem outro tanto ao ar quando respiram.

Florestas em regeneração, por outro lado, fixam muito mais carbono do que exalam.

O estudo usou dados de uma rede internacional, a Fluxonet, que reúne centenas de torres que sevem como postos de observação pelo mundo, analisando os fluxos de CO2 na vegetação ao redor.

No Brasil há quase uma dezena de torres de fluxo, a maior parte delas instaladas na Amazônia.

O COP nasceu no Rio, em 1992, e suas primeiras metas foram estabelecidas para 2010. No entanto, os relatórios mais recentes sobre a evolução da perda da biodiversidade mostram que o dever de casa das nações de todo o mundo não está sendo cumprido, pelo menos não da maneira que deveria: de 1970 pra cá, o planeta perdeu 30% do seu “estoque” de seres vivos. O prejuízo anual do desmatamento gira em torno de 4,5 trilhões de dólares. Ou seja, o sucesso do COP deste ano, é o sucesso das sociedades como um todo. Agora é torcer…

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