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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Queimadas triplicaram no Cerrado em 2010


De acordo com dados do Inpe – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Cerrado brasileiro foi o bioma mais afetado pela seca neste ano. Entre maio e setembro, foram registrados 57,7 mil focos de queimadas, 350% a mais que o verificado no mesmo período de 2009. O número recorde nos últimos cinco anos provocou danos severos à vegetação e elevou as emissões de gases efeito estufa na região.

Os estados mais atingidos foram Mato Grosso, Tocantins e Goiás. Muitos parques nacionais que resguardam boa parte do que resta da vegetação de cerrado sofreram com o fogo. O parque nacional das Emas, em Goiás teve 90% de sua área queimada, enquanto os parques nacionais de Brasília, no Distrito Federal, e do Araguaia, em Tocantins, perderam 40% de mata, e o Serra da Canastra, em Minas Gerais, 35%. Segundo a ONG ambientalista WWF-Brasil, as queimadas e os incêndios durante a seca no Cerrado se devem "quase que totalmente à mão do homem" e acontecem para renovação forçada de pastagens naturais voltadas para a alimentação de rebanhos e também pela expansão de áreas de cultivo que demandam limpeza de áreas antes ou após desmatamentos.

Além de degradarem a flora local, prejudicando a sobrivência de espécies animais características da região, as queimadas e os desmatamentos contribuem para o aumento da concetração de CO2 na atmosfera. Entre 2002 e 2008, as emissões médias anuais de gases de efeito estufa do Cerrado foram de aproximadamente 232 milhões de toneladas de CO2, segundo o governo federal. O desmatamento ainda é a maior fonte de emissões no Brasil.

A secretária-geral do WWF-Brasil, Denise Hamú, lembra que as mudanças climáticas aumentam a tendência de mais dias sem chuva e de agravamento do quadro de queimadas no Cerrado nos próximos anos. "Daí a importância de políticas públicas permanentes e efetivas para a proteção, recuperação e aproveitamento sustentável do bioma, que já perdeu metade de sua vegetação original", afirma.

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