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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

UNEAL: Sua História e nosso desafio


*Tiago Sandes

Desde o processo de transição de fundação para universidade que esta instituição passa por momentos difíceis. Lembro-me dos momentos em que o Campus III esteve empenhado em suas primeiras conquistas que envolveram as lutas por uma sede própria e o concurso público que resultou em um período considerado sem aulas.

No contexto atual, vemos o ensino público superior em Alagoas em decadência, a UNCISAL sendo classificada como uma das piores universidades do Brasil tendo como conseqüência a ocupação de sua reitoria por estudantes cobrando melhorias no ensino e na estrutura funcional daquela instituição.

Logo, as mobilizações em Alagoas frente ao descaso do ensino superior foram se espalhando pelos diversos campis da Estadual, inclusive Palmeira dos Índios. Vimos então, a necessidade dos estudantes construírem uma pauta paralela a luta do SindFunesa frente os anseios dos discentes. O fator “democrático” de construir reinvidicações deveriam percorrer caminhos que marche a par do outro, más, que progridam na mesma direção fim que é uma Universidade totalmente pública, gratuita, laica e de qualidade. Analisando esse contexto, o Sindicato cumpre um papel fundamental de defesa dos interesses da classe que os compõe, más, esse fundamento não deve atropelar a autonomia do movimento estudantil.

Temos que reconhecer que o Estado burguês alagoano pôs em prática uma planificação de desmobilização quase que por completa tanto dos estudantes quanto do sindicato. A volta às aulas sem o prévio compromisso estabelecido pelo governo do PSDB em Alagoas frente às reinvidicações dos discente e docentes da universidade e tendo o acordo firmado não ter sido cumprido, pôs em xeque tanto a coesão política do SindFunesa quanto a falta de clareza estabelecida pela junção de pautas entre ambas ferramentas de luta, tanto dos trabalhadores quanto dos estudantes. A tática de programar uma desestabilizaçã o em massa entre os estudantes fazendo-os desacreditar e desencadear uma visão frente aos trabalhadores, permeou um enfoque de desagregação visível que proporciona um esvaziamento constante frente de lutas.

Este é o momento de compreensão e de uma análise sistemática de ambos os movimentos, tendo como ponto de partida à defesa enfática da Universidade, más, ambos com pautas voltadas para focos diferenciados. Cada entidade tem um papel a desempenhar frente às questões problemáticas da UNEAL e sabemos das barreiras provocadas pela despolitização de classe, sendo esse o principal vetor da falta de força e descaracterização do movimento.

Penso que as possibilidades de negociação se esgotaram e neste momento seria inviável e fragilizaria a entidade representativa dos trabalhadores à volta ao trabalho. Não é uma questão de perca de período, de desestruturaçã o e descaso com a Universidade e sim uma propensão a um futuro que possa alavancar uma estrutura que não possa comprometer a formação de profissionais aptos a desenvolver uma trajetória pedagógica frente ao frágil sistema educacional alagoano.

Temos um desafio, temos que unificar entidades de classe frente aos dias truculentos que o setor público tende a passar nos próximos anos.

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