Carolina Sanches
Waldson Costa
Repórter
Avanço social com a legitimação de direitos previstos na Constituição Federal ou retrocesso democrático através de uma “reforma agrária” às avessas, que penaliza cidadãos brasileiros independentemente de gênero étnico? São estas indagações que margeiam o conflito gerado em Palmeira dos Índios após a publicação, no Diário Oficial da União (DOU), do relatório da demarcação das terras indígenas do povo Xucuru-Kariri. Diante da polêmica – que vem se arrastando há séculos e já resultou em derramamento de sangue –, O JORNAL esteve na área demarcada e ouviu a defesa pelo usufruto da terra dos dois grupos: dos indígenas, que possuem, segundo a Constituição Federal, direito inalienável à terra, e dos ocupantes da referida área, pequenos e médios produtores que alegam ter adquirido os lotes, ao longo do tempo, através do comércio legal constituído. Em meio à polêmica estão, aproximadamente, 1.337 índios que vivem nas comunidades da Mata da Cafurna, Fazenda Canto e Xucuri-Kariri e em torno de 463 donos de propriedades com outras famílias atreladas. Diante dos fatos, também foi ouvido sobre a questão da demarcação o sociólogo Allan Carlos Silva, que aponta a intervenção direta do governo federal como a única saída para chegar a uma conciliação e evitar o derramamento de mais sangue e mais baixas no âmbito social.
Fonte: O Jornal
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Demarcação de área indígena gera conflito entre índios e fazendeiros em Palmeira dos Índios
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