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quarta-feira, 18 de junho de 2008

Contribuição da Articulação de Esquerda a Plenária da CUT/AL

Central Única dos Trabalhadores, combativa e de Luta!

A CUT nasceu das lutas dos trabalhadores brasileiros contra a ditadura militar, o arrocho salarial, em defesa dos direitos da população mais pobre, exigindo políticas públicas do Estado, e lutando pela construção de outra sociedade, justa e igualitária. Uma Central a serviço da classe trabalhadora, combativa, de luta.
Estavam presentes os operários, trabalhadores rurais e demais trabalhadores organizados. A partir do primeiro governo Lula, surgem as contradições, mesmo assim, os pobres têm no governo Lula uma expectativa de respostas às suas necessidades e reivindicações, pela sua origem social e pela identidade de classe.
Temos no país um governo em disputa, num terreno em que a luta de classes está viva, e a justificativa da governabilidade (aliança com outras forças para garantir base de apoio parlamentar) não pode servir para descaracterizar nossas propostas e concepções. A CUT deve tencionar o governo à esquerda, deixando evidente que ele não pode menosprezar as necessidades e reivindicações dos trabalhadores organizados.
A experiência acumulada e as posições que historicamente defendemos permitem que, hoje, a nossa atuação se dê a partir de premissas tais como: autonomia dos movimentos frente ao partido e ao governo, compreensão que este governo é uma conquista dos próprios movimentos, e a compreensão de que é necessário fazer críticas ao governo para que seja levada em conta a pauta reivindicações. É importante lutarmos contra os aspectos negativos do Plano de Aceleração do Crescimento e pelo aprofundamento dos positivos, principalmente projetos ligados à reforma agrária e à agricultura familiar.

Sindicalismo e a Juventude

Existe uma grande quantidade de jovens nas mais variadas categorias, mesmo assim a realidade atual do sindicalismo é a de um movimento envelhecido de aparência chata e desinteressante. Apresenta-se então a necessidade urgente de rediscutir e alterar essa concepção para que a base desorganizada visualize espaço de intervenção na direção de suas entidades.
A gravidade da preocupação com os rumos do movimento sindical se justifica porque esse é um ponto estratégico na luta contra o sistema capitalista, visto que tem potencial para abalar um dos principais pilares da dominação, a exploração da mais valia.
A CUT possui enorme responsabilidade nesse processo, com a tarefa de criar condições para atuação jovem organizada em seu interior objetivando construir consideravelmente uma ampla renovação desse movimento. O conjunto da juventude precisa encontar am espaço aberto para aplicar nele toda a sua energia militante convertendo entidades de base e a própria CUT de fato em instrumentos combativos na luta de classes, acumulando forças rumo ao socialismo.

Segurança Pública, do outro lado do muro

Os rumos dados a segurança pública sempre foram de repressão à violência e combate a criminalidade, contudo esse combate nunca atingiu as causas desses problemas. O foco repressor sempre atingiu as camadas mais pobres da população, numa perspectiva militarista que cria um clima de guerra entre os trabalhadores da segurança pública e a sociedade.
O que se deve combater é o crime de colarinho branco, como os taturanas que inviabilizam os investimentos necessários em saúde e educação. Aliado a essa política belicista, temos o desmanche do estado brasileiro na década de 90, impulsionada pela política neoliberal que desmantelou as instituições policiais numa tentativa de fortalecer cada vez mais a segurança privada, mantendo a classe média “protegida” dos bandidos.
Se faz necessária uma mudança radical nas políticas de segurança pública, devemos buscar a reestruturação das instituições que fazem a segurança pública, com a democratização das policias, seja através da valorização dos agentes de segurança, seja através de mudanças nas estruturas de comando. Nesse sentido, lutar pela criação de códigos de ética nas policia, pelo fim do ciclo de privatizações dos presídios e pela retomada da confiança entre sociedade e agentes de segurança pública.
O policial não pode mais ser visto nem tratado como inimigo da população se faz urgente demonstrar que o papel do policial é de defender todo e qualquer cidadão, independente de sua classe social. Isto passa pela capacitação dos servidores, pela estruturação real das polícias comunitárias. Essa mudança de paradigma se inicia com a implementação do PRONASCI, mas muito ainda deve ser debatido e implementado, pois este programa não trata de questões fundamentais como o nocivo processo de privatização do sistema prisional e a necessidade de unificação das polícias.
É imprescindível que a segurança pública seja uma política de estado, pautada na continuidade das ações, no fortalecimento das instituições e dos trabalhadores de segurança pública, e, acima de tudo, no resgate da importância e do respeito destes trabalhadores perante a sociedade.

Movimento Sindical: Importante Ferramenta de Transformação Social

Desde as lutas e greves na década de 80 no ABC paulista, o movimento sindical brasileiro transpõe para a classe trabalhadora um verdadeiro embate político-ideoló gico. Como fruto desse movimento surge a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Estando exposto a este processo, podemos analisar uma verdadeira construção em torno de um modelo para o pós-neoliberalismo e a construção da consciência de classe fundamentada na afirmação do proletariado como hegemonia social.
A partir da formação estrutural da sociedade, as lutas de classe são entendidas como porta de entrada na condução do processo em curso e na relação entre as pessoas. A começar do comunismo-primitivo , a analogia transcreve que, a partir deste primeiro modo de produção, os fatores históricos de organização de classe permitem uma nova plataforma que possa atender as necessidades existentes na maioria da população.
O estabelecimento de um governo advindo da classe trabalhadora, infelizmente, não interrompeu a progressão capitalista. Nem mesmo com a ampliação de governos progressistas na América Latina se conseguiu romper com a exploração imposta pelo sistema aos trabalhadores. Isso é uma resultante de um método não compatível para compreensão e concepção do trabalhador enquanto classe.
São nestes parâmetros que os sindicatos, enquanto instrumento de defesa deste conjunto social, deve desempenhar um papel indutor de uma remodelagem na individualidade de cada militante, para que possamos edificar uma personalidade coletiva, coesa e distinta. A atrelagem a um modelo institucional, burocrático e de papel já definido, vem a retroagir os princípios fundamentais de organização. A CUT deve dispor de condições para se consolidar, através do estabelecimento dos laços com nossas bases sociais, que são históricas, como único caminho a ser trilhado em direção a um horizonte sem especulação das relações humanas, para que possamos vislumbrar o socialismo.
Nós da Articulação de Esquerda, tendência que surgiu em 1993 e desde 1997 constitui a AE Sindical, acreditamos que só a partir de um verdadeiro movimento de base, conseguiremos manter a CUT enquanto referencia dos Trabalhadores. Como organização política, social e dirigente, reafirmamos nossas posições Socialistas e Revolucionárias e estabelecemos o compromisso com a classe trabalhadora, apontando diretrizes para atuação nos sindicatos e na CUT, organizando nossa política frente às organizações sindicais Cutista.



Assinam esse documento: Alexandre Lino - SindJornal
Elida Miranda – SindJornal
Zé Carlos - SindJornal
Tiago Sandes - Urbanitários
Lucas Soares – base Sinteal
Joseane – Sindsaúde Arapiraca
Valquiria – Sindsaúde Arapiraca
Jarbas Ribeiro – Sindicato dos enfermeiros
Marcão – Sindspref
Marcondes Machado – base Sindpetro
Renato – base Sindpetro


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