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domingo, 10 de fevereiro de 2008

O PT e o meio ambiente

*Tiago Sandes Costa

O projeto político-social do PT deve estar diretamente ligado ao nosso objetivo histórico que baseia-se no plano geral de edificação do socialismo. Toda essa contextualização perpassa sobre um dos fatores que mais se agrava com a expansão do capitalismo e que deve ser colocado em pauta para o próximo período: O meio ambiente.

Toda essa discussão põe em evidência a precariedade de políticas para o meio ambiente que segue um caminho contraditório. O debate expõe que o PT segue na contramão da história, conduzindo uma política ambiental que não condiz com a construção de um projeto social sustentável, onde todo esse contexto passa por ações no campo através de uma política concreta de reforma agrária, planejando e dialogando com os movimentos sociais e uma série de ações urbanas que se detenha em alcançar a sustentabilidade na ocupação desordenada nas grandes metrópoles. A proteção do meio ambiente passa por uma reforma agrária de fato, para daí então, constituirmos uma reforma urbana que também se torna urgente. Todo o percurso deste processo deve ser instituído nas bases socialistas para que possamos fazer uma transformação sócio-ambiental que tenha princípios de um verdadeiro Estado socialista.

Temos a frente mais três anos do governo Lula, e o congresso do PT este ano nos permitiu aprofundar o debate com nossa base social e militante sobre os grandes questionamentos e posições que nosso governo está tomando. Mais que isso, temos em nossas mãos o poder de sermos dirigentes neste processo, na promoção da difusão das idéias socialistas. Temos que dar novos rumos às políticas deste governo e uma indução na concepção de meio ambiente e sua importância para o entrave que estamos vivenciando em todo mundo.

Recuperação de áreas degradadas, revitalização e conservação são os três pilares que devem ser constituídas as políticas ambientais para um Brasil correto. A Amazônia agoniza com a selvageria de um sistema perverso, o rio São Francisco está em estado de calamidade pública, e hoje só podemos desfrutar de apenas 3% da nossa mata atlântica em que a maioria está em APA (Áreas de Preservação Ambiental), que se não estivesse protegida, já teria sido consumida pelo agronegócio e teria se tornado não mais a zona da mata, mas a zona da cana-de-açúcar como em Alagoas.

A degradação ambiental é reflexo da expansão devastadora do capitalismo em sua forma mais brutal, onde não só causa a exclusão as riquezas econômicas mais também as riquezas ambientais conduzindo-nos a um final social se não tomarmos uma postura de ruptura com esse sistema.

O Brasil que queremos também é um Brasil que tenha ecossistemas sustentáveis e disponibilidade de seus recursos hídricos condizentes para nossa população, democratizando o acesso aos frutos decorrentes do meio ambiente e da conservação de nossas fontes hídricas, resultado de quem prestigia e estabelece prioridades que desmistifique que para termos uma economia forte é preciso sacrificar o ambiente em que vivemos. E esse tema faz parte de uma fusão de agentes que constitui uma sociedade que permeia a fraternidade e o bem-estar social.

* Tiago Sandes Costa é professor de Geografia e secretário de Juventude do PT de Palmeira dos Índios

Publicado no Site do PT dia 29/10/2007

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