Subscribe

RSS Feed (xml)

Powered By

Skin Design:
Free Blogger Skins

Powered by Blogger

segunda-feira, 21 de março de 2011

Colégio Cenecista Santana celebra dia mundial da água


O Colégio Cenecista Santana comemora amanhã, dia 22 de Março, o dia mundial da água com duas palestras conduzidas em um primeiro momento pelo professor Tiago Sandes e posteriormente pelo professor Gênisson Amorim. Ambos formados em Geografia pela UNEAL irão direcionar suas discussões entorno da problemática “água”.
O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992. O dia 22 de março, de cada ano, é destinado a discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural.
Mas porque a ONU se preocupou com a água se sabemos que dois terços do planeta Terra é formado por este precioso líquido? A razão é que pouca quantidade, cerca de 0,008 %, do total da água do nosso planeta é potável (própria para o consumo). E como sabemos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) esta sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. Esta situação é preocupante, pois poderá faltar, num futuro próximo, água para o consumo de grande parte da população mundial. Pensando nisso, foi instituído o Dia Mundial da Água, cujo objetivo principal é criar um momento de reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para resolver tal problema.



No dia 22 de março de 1992, a ONU também divulgou um importante documento: a “Declaração Universal dos Direitos da Água”. Este texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água.

Mas como devemos comemorar esta importante data? Não só neste dia, mas também nos outros 364 dias do ano, precisamos tomar atitudes em nosso dia-a-dia que colaborem para a preservação e economia deste bem natural. Sugestões não faltam: não jogar lixo nos rios e lagos; economizar água nas atividades cotidianas (banho, escovação de dentes, lavagem de louças etc); reutilizar a água em diversas situações; respeitar as regiões de mananciais e divulgar idéias ecológicas para amigos, parentes e outras pessoas.
Com: suapesquisa.com e tiagosandes.blogspot.com

Leia Mais…

sexta-feira, 18 de março de 2011

A questão ambiental e os aspectos geoambientais local é tema de palestra em Santana do Ipanema


por Redação

A Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esportes e Turismo de Santana do Ipanema realizou nesta sexta-feira (18) dentro da Semana da Água duas palestras para alunos da rede pública municipal com temas ligados a temática.
Inicialmente o Coordenador de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde Ricardo Tenório Malta deu uma palestra sobre a Dengue, mostrou as formas de desenvolvimento do mosquito transmissor da doença, formas de proteção e dados estatísticos da situação de Santana do Ipanema.
No segundo momento o professor Tiago Sandes deu uma palestra com tema “Água um recurso precioso a ser preservado". Água e meio ambiente estão no debate central deste século, portanto inicitativas como essa devem permanecer no calendário de todas as instituições para que as ações práticas estejam em nosso cotidiano, pautada na educação ambiental, ai sim abrindo horizontes para uma consciência ambiental de fato", enfatiza.




Participaram das palestras 186 alunos das escolas municipais conforme relação abaixo:
Escola Municipal Desembargador Manoel Xavier Acioly (16 alunos)
Escola Municipal São Cristóvão (40 alunos)
Escola Municipal Santa Sofia (20 alunos)
Escola Municipal Maria Ferreira de Melo (10 alunos)
Escola Municipal Durvalina Cardoso Pontes (15 alunos)
Escola Municipal Iracema Salgueiro (20 alunos)
escola Municipal José Francisco de Andrade (35 alunos) e
Escola Municipal Senhora Santana (30 alunos)Diretores e professoras das escolas acima acompanharam os seus alunos.


Com maltanet.com.br

Leia Mais…

domingo, 13 de março de 2011

Contra o globalitarismo: Pobres seriam o agente político da nova globalização proposta por Milton Santos - Parte 4

No livro Por uma outra globalização - do pensamento único à consciência universal, Milton Santos observa a globalização sob três óticas: como fábula, perversidade e possibilidade para o futuro. A fábula é propagada por Estados e empresas, que colocam a globalização como fato inevitável. A imposição desse "pensamento único" naturaliza o caráter perverso do fenômeno e constitui o que Milton chamava "violência da informação". A perversidade da globalização se revela na medida em que seus benefícios não atingem sequer um quarto da população mundial, ao custo da pauperização de continentes inteiros. Vista como possibilidade para o futuro, ela passaria a empregar as técnicas de forma mais solidária, de modo a derrubar o globalitarismo -- termo cunhado por Milton que agrega ao conceito de globalização a noção de totalitarismo. Milton acreditava que os pobres seriam o agente político dessa nova globalização, sobretudo nas cidades onde há pessoas de todos os tipos e intenso debate. Os pobres passam pela experiência da escassez, conceito resgatado do escritor francês Jean-Paul Sartre: o mundo dos objetos se amplia e o pobre descobre que jamais vai possuí-los. A classe média se acomoda com o conforto do consumo -- que substitui a cidadania e amortece a opinião pública --, mas já experimenta a escassez. Como possui maior instrução, pode vir a deflagrar o movimento social que transformaria a globalização.



Santos era crítico contundente da noção de aldeia global: preferia dizer que o mercado nacional é o nome de fantasia do mercado global. O geógrafo também rejeita a noção de desterritorialização. Para ele, a globalização tornou o território ainda mais importante porque a concentração da
tecnologia de informação e comunicação diferencia os espaços em função de sua capacidade produtiva.

As maiores empresas atingem somente os pontos competitivos do território e trazem desordem para o resto, formando o que Milton chamava zonas opacas e zonas luminosas. As empresas exigem do Estado o aparelhamento das áreas privilegiadas para que se adeqüem aos imperativos
técnicos, mas uma adaptação das leis também se faz necessária. Assim, as empresas acabam por ditar a política nacional. O país se torna "ingovernável" porque nem o Estado nem as empresas assumem o controle total. O território acaba esquizofrênico, porque nele existem vetores da globalização, que impõem uma nova ordem, e vetores da contra-ordem, baseada na exclusão social.

A globalização paradoxalmente incita à violência, por exigir competitividade sem ética, e também incentiva a solidariedade mundial a partir da facilidade de comunicação. Cabe aos intelectuais
propagar a realidade contraditória do território e oferecê-la à reflexão da sociedade.

Na luta por uma outra globalização, Milton Santos correu o mundo participando de debates. Esteve presente no Fórum Social Mundial de Porto Alegre em 2001 -- encontro que se contrapôs ao fórum econômico de Davos, na Suíça.

A função do intelectual é "ser humilde frente à realidade, mas corajoso para criticá-la". No entanto, o ensino universitário que privilegia a técnica em detrimento do humanismo leva à proliferação daqueles que Santos chamava de "deficientes cívicos". Com isso, a intelectualidade se limita a atender o mercado, o que gera o pensamento único e intelectuais subservientes. Para Milton somente o ensino público poderia restaurar o pensar livre, mas o acesso restrito torna a universidade pública e gratuita um agente de exclusão social. O professor considerava a capitulação da intelectualidade um fenômeno internacional antigo, agravado recentemente sobretudo no Brasil, porque o grupo precisa se reunir muito mais para pressionar pela sobrevivência do que para pesquisar.

Raquel Aguiar
Ciência Hoje/RJ
dezembro/2001

Leia Mais…

sábado, 12 de março de 2011

Especialista explica fenômeno que atingiu Japão


O tremor que provocou o tsunami no Japão foi no fundo do mar, mas muito perto da superfície. Por isso mesmo, tão devastador.

Um turbilhão de carros, containeres, navios: tudo estava na mesma enxurrada. A imagem do tsunami é sempre assustadora. O tsunami é um termo japonês, que significa “onda do porto”. É uma série de ondas gigantes.

Quase sempre tem origem em um terremoto no fundo mar, também chamado de maremoto, provocado pela movimentação de placas imensas de rocha. Quando elas se movimentam, liberam uma energia enorme.

“Existe um desequilíbrio da força entre as placas. Ou ela se sobrepõe, em um acavalamento, como se fosse um degrau, ou se desloca lateralmente. Em qualquer dos casos, a quantidade de energia liberada é equivalente a centenas de bombas atômicas e faz um efeito devastador”, explica Moacyr Duarte, pesquisador da COPPE/UFRJ.

O mar sempre tem algum impacto na costa. Em uma tempestade, os ventos provocam a ressaca, com ondas altas. Mas as onda se formam e se quebram em momentos diferentes. O tsunami, não. O tsunami chega a formar uma onda com centenas de quilômetros de extensão e que avança em bloco.

O tsunami é uma onda muito veloz. O tsunami que varreu parte do litoral japonês viajou a 700 km/h, quase a velocidade de um jato comercial. Ao se aproximar da costa, a velocidade diminui, mas a altura cresce à medida que o fundo do mar fica mais raso. As ondas desta sexta-feira (11) chegaram a dez metros.

“A primeira onda leva uma grande massa de detritos. Então, ela tem uma consistência quase pastosa na sua frente pela quantidade de detritos. Os detritos no meio da onda funcionam como uma espécie de moedor”, destaca o pesquisador da COPPE/UFRJ.

O que evita uma perda de vidas ainda maior é o sistema de alarmes: um conjunto de boias em linha no meio do oceano. Nas ondas comuns, cada boia se eleva em um momento. No tsunami, todas as boias se elevam ao mesmo tempo, e é dado o alerta.

“A velocidade de deslocamento do fenômeno é muito maior do que qualquer ser humano pode se deslocar sob suas próprias pernas. Então, a um individuo desavisado, não há condição de reação diante do avanço de um tsunami”, ressalta Moacyr Duarte.

Redação: iparaiba

Leia Mais…

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Cidadão do mundo - Exílio voluntário afastou Milton de questões empíricas e ampliou debate teórico (3ª Parte)

Milton diante do prédio de geografia e história da USP, onde ingressou por concurso em 1983 (foto: Jorge Maruta/Agência USP)

Numa poltrona do Hotel Nacional de Salvador Milton Santos recebeu um conselho que talvez tenha selado seu futuro. O amigo Aziz Ab'Sáber (foto) acreditava que, como ele próprio fizera, Milton se dedicava demais a questões teóricas. Aconselhou-o a se ater à análise -- estudo de casos e regiões. À questão de Milton sobre que tema abordar, Ab'Sáber deu uma resposta fundamental para a projeção do colega: por que não estudar o centro urbano de Salvador?

Junto a um grupo de universitários e um professor paulistano, Milton empreendeu a pesquisa sobre Salvador, que redigiu e apresentou com sucesso como tese de doutorado na Universidade de Estrasburgo (França) em 1958. De volta ao Brasil, permaneceu na Universidade Federal da Bahia(UFBA) onde fundou o Laboratório de Geomorfologia e Estudos Regionais.

Acompanhou o presidente Jânio Quadros em viagem a Cuba como jornalista e foi nomeado representante da Casa Civil na Bahia, com poder paralelo ao do governador. Despedido da UFBA à época do golpe de estado, Milton esteve preso por 3 meses em um quartel de Salvador, onde agressões físicas quase lhe custaram um olho. Só foi libertado após um princípio de infarto.
Partiu para o exterior a convite de amigos franceses. Por 13 anos lecionou na França, Canadá, Reino Unido, Peru, Venezuela, Tanzânia e EUA. Segundo o próprio Santos, o "exílio voluntário" afastou-o do Brasil -- até então objeto principal de seus estudos, que eram sobretudo empíricos. O
interesse por questões teóricas cresceu até o retorno ao Brasil em 1977.
Um de seus maiores desejos era tornar-se professor na Universidade de São Paulo (USP), onde ministrava aulas como visitante. Ab'Sáber lecionava na USP e garante ter feito o que pôde para satisfazer a vontade do baiano. Milton só ocuparia uma vaga após a aposentadoria de Ab'Sáber.
Ao se aposentar compulsoriamente aos 70 anos -- fato que o contrariou --,tornou-se o primeiro negro a obter o título de professor-emérito da USP. No seu aniversário, geógrafos de vários países participaram de um simpósio organizado pela professora Maria Adélia de Souza, que reuniu os depoimentos na obra Cidadão do Mundo.

Milton Santos faleceu aos 75 anos a 24 de junho de 2001 após uma semana de internação em decorrência de um câncer de próstata diagnosticado em 1994. Desde então, o professor intensificara seu trabalho. No ano em que faleceu publicou O Brasil, obra que considerava síntese de suas idéias. Preparava um livro sobre Salvador, que reuniria pesquisas feitas na juventude e
reflexões recentes. Estruturava também O mundo pós-globalização - o período popular da história.

Milton deixou esposa -- Marie, uma aluna francesa dos tempos da Sorbonne -- e filho -- Rafael, que nasceu pouco após o falecimento do primogênito Miltinho. Na 53a reunião da SBPC, em julho de 2001, estava programada uma homenagem ao professor, mas a idéia foi abandonada com a notícia de seu falecimento. Inconformado, Ab'Sáber convocou alunos e amigos para realizar uma
homenagem improvisada mas emocionante.

Raquel Aguiar
Ciência Hoje/RJ
dezembro/2001

Leia Mais…

Ecossocialismo: possível consequência futura dos nossos atos de hoje


Do blog Bioconsciente

Caros amigos, coloco aqui questões que possivelmente influenciarão o nosso futuro e o futuro dos nossos descendentes: a intervenção do Estado no modo de vida da população por motivos ecológicos. Por favor, não confundam o que aqui chamo de “Ecossocialismo” (que não é uma ideia minha, mas uma ideia já discutida há algumas décadas) com a intervenção econômica e social realizada pelo Estado conhecida mundialmente como “Socialismo”. Na verdade, o que desejo é demonstrar possíveis acontecimentos futuros que poderão ocorrer se a Educação Ambiental (discutida no post anterior) não for suficientemente eficiente para que nós controlemos a destruição do planeta que vem acontecendo há séculos. Por motivos óbvios é que chamo tanto a atenção para nossos atos individuais, pois estes poderão ser a origem de um futuro menos livre. Colocarei abaixo alguns pontos que penso serem bem possíveis de ocorrer.1 – os filhos – a crise ambiental que estamos vivendo na verdade é fruto de uma crise populacional mundial. Atualmente há mais seres humanos no planeta que sua capacidade de suporte (em ecologia designada pela letra “K”), além disso, a superpopulação mundial hoje vive de forma não sustentável. Pela soma desses dois fatores, no meu entendimento, os Estados deverão impor medidas para o controle de natalidade, o que já ocorre na China. Penso ainda que esta medida deveria ser tomada em países como o nosso antes de sentirmos os impactos que fizeram com que a China tomasse tal medida;

2 – quotas – por motivos palpáveis há a possibilidade de no futuro termos quotas de luz elétrica, de água encanada, combustíveis automotores e quem sabe até de alimentos, isso tudo por um motivo visível: a escassez destes recursos no futuro;

3 – o transporte coletivo – possivelmente por uma questão de emissão de gases poluentes e pela frota incabível de veículos os governos poderão adotar medidas para incentivar cada vez o uso de transportes coletivos. Tais medidas poderão ser pedágios para veículos com apenas um passageiro ou a quota de combustível por veículo, como já foi dito;

4 – apartamentos versus casas – a tendência futura é que cada vez menos as pessoas possam ter casas e cada vez menos as casas sejam grandes, isto porque com uma superpopulação crescente a necessidade de áreas urbanizadas para habitação cresce e com isso áreas rurais passam a ser urbanizadas (isso é notável em cidades em expansão), logo, com o aumento da população, demanda maior de alimentos e redução de áreas rurais agricultáveis as áreas preservadas serão o alvo para produzir alimentos e com isso naturalmente o desmatamento ocorreria. Diante disso, para se evitar ainda mais o desmatamento, casas e mansões num futuro próximo serão escassas;

5 – bens tecnológicos – a aquisição desenfreada de bens tecnológicos é tão impactante que possivelmente também teremos quotas para a aquisição de celulares novos, câmeras, computadores, entre outros, já que atualmente utilizamos determinados bens tecnológicos como se fossem descartáveis;

6 – a questão da obesidade – no futuro é possível que o Estado adote medidas para evitar a obesidade na população por um motivo claro: um obeso consome mais alimento, mais produtos de higiene, mais água, mais tecidos para roupas, etc. Acredito que tais medidas poderão ser no âmbito educacional e clínico para evitar a obesidade e diminuir os índices de pessoas nesta “categoria”, como também medidas mais drásticas como preços de passagens diferenciadas ou tributações diferenciadas para roupas tamanho GG. Acredito que estas seriam as medidas mais difíceis, pois haveria aí um grande dilema envolvendo a discriminação e um bem maior envolvendo toda a população humana.

7 – a dificuldade de fazer festas – imaginemos uma sociedade com quotas para inúmeros bens de consumo. Então quem deixaria de se alimentar bem o mês todo para fazer comemorações, ou quem deixaria de ter seu banho com água quente ou usar sua TV para fazer festas com grandes sons como temos hoje?

É importante dizer que estas são apenas algumas situações futuras que poderemos viver se não mudarmos nossos costumes e que coloco aqui algumas poucas possibilidades de intervenções do Estado, porém sei que estas não acontecerão de uma hora para outra, mas sim gradativamente.

Por fim, gostaria de deixar aqui alguns questionamentos para nós refletirmos um pouco.

Esse é o futuro que você deseja para você e sua família? Você já tinha pensado nessas possibilidades para o futuro? Quais outras medidas poderão ser tomadas de acordo com seu modo de ver? Será que tais medidas realmente são possíveis? O que cada um pode fazer individualmente para evitar este futuro?

Leia Mais…

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

China supera Japão como 2ª potência econômica mundial


Economia japonesa cresceu 3,9% em 2010, segundo dados desta segunda.
No quarto trimestre, PIB encolheu 0,3%.

A economia japonesa registrou crescimento de 3,9% em 2010, conforme informaram autoridades do governo nesta segunda-feira (14). Com o resultado, o país acabou perdendo o posto de segunda maior economia mundial para a China, que, no mesmo ano, viu seu Produto Interno Bruto (PIB) crescer 10,3%.

"Como nação vizinha, saudamos a rápida progressão da economia chinesa", declarou Kaoru Yosano, ministro delegado japonês de Política Econômica e Orçamentária. "Isto pode ser o sustento de um desenvolvimento da economia regional, ou seja, a Ásia oriental e do sudeste", completou, antes de afirmar que deseja melhorar as relações entre Japão e China no campo econômico".

O PIB do Japão chegou a US$ 5,4742 trilhões, segundo os dados divulgados em Tóquio, e o governo destacou que o da China alcançou a US$ 5,8786 trilhões. O PIB do Japão encolheu 0,3% no quarto trimestre em relação ao anterior, pouco menos que a queda de 0,5% prevista pelos mercados, mas ainda a primeira contração em cinco trimestres.

A contração anualizada foi de 1,1%. Analistas culpam a redução do consumo após o fim de incentivos do governo a carros de baixa emissão de carbono em setembro.

O investimento privado no Japão subiu 0,9% na comparação trimestral, menos que o ganho de 1,5% registrado entre julho e setembro.

Analistas disseram que a alta dos gastos de capital pode não levar a um gasto maior do consumidor, com as empresas relutantes para aumentar os salários devido à competição mundial.

O fim de incentivos do governo a eletrodomésticos com baixo consumo de energia também pesou sobre o consumo, que caiu 0,7% em relação ao trimestre anterior, quando o consumo cresceu 0,9%.

A demanda externa, ou exportações líquidas, tiraram 0,1 ponto percentual do PIB, com a alta do iene frente ao dólar prejudicando as exportações no período.

Leia Mais…

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Geógrafo precoce. Embora formado em direito, Milton Santos começou a lecionar geografia aos 15 anos - 2ª parte


Milton de Almeida Santos nasceu em Brotas de Macaúbas no sertão baiano dia 3 de maio de 1926. Seus avós maternos eram professores primários mesmo antes da abolição. "Do lado paterno, devem ter sido escravos", declarou certa vez. "Não sei muito bem porque em minha casa me ensinaram a olhar mais para frente do que para trás." Seus pais também eram professores primários, uma família "humilde mas não pobre, e que tentou me dar uma educação para mandar, para ser um homem que pudesse, dentro da sociedade existente na Bahia, conversar com todo mundo".
Concluiu o curso primário em casa aos oito anos de idade. Como faltavam dois anos para ingressar no ginásio, seus pais lhe ensinaram álgebra, francês e boas maneiras.
Aos dez anos tornou-se aluno do tradicional Instituto Baiano de Ensino em Salvador. Pagava o internato onde moraria por uma década com o dinheiro que recebia lecionando geografia na própria escola. Milton atuou no jornalismo estudantil e foi um dos criadores da Associação de Estudantes Secundaristas Brasileiros. Seus colegas se opuseram à candidatura de um negro para presidente -- alegaram a dificuldade para discutir com autoridades. "E eu, menino, tolo e inexperiente, acabei perdendo a eleição." Milton era ótimo aluno em matemática e queria seguir engenharia, mas acreditava-se que a Escola Politécnica não aceitaria negros com facilidade. Como um tio seu era advogado, foi aconselhado a estudar direito. Formou-se na Universidade da Bahia em 1948 mas nunca exerceu a profissão. Dedicou-se à geografia, que ensinava desde os quinze anos. "A noção de movimento de idéias veio depois, mas a das mercadorias, das coisas, das pessoas talvez tenha me levado para a geografia", declarou. Também foi fundamental o contato com o livro Geografia Humana, de Josué de Castro. "Era uma espécie de história contada através do uso do planeta pelo homem. Aquilo me
impressionou."
Em 1948 Milton Santos publicou seu primeiro livro: O povoamento da Bahia. Prestou concurso público para professor secundário e foi lecionar em Ilhéus. Nesse período conheceu livros e revistas de geografia, alguns da Associação Brasileira de Geógrafos (AGB), então concentrada no eixo Rio-São Paulo. Milton resolveu participar de uma reunião da AGB, que acontecia em Uberlândia(MG), para perplexidade dos não mais de 30 profissionais reunidos. Nessa ocasião conheceu Aziz Ab'Sáber, de quem se tornaria amigo. Ab'Sáber recorda-se que Milton insistia em discussões teóricas entre determinismo e possibilismo enquanto problemas analíticos estavam em pauta. "Demos risada, mas ele era simpático e inteligente, eu e alguns professores nos aproximamos dele."
Milton passou a convidar professores de geografia paulistanos para da conferências e cursos de férias aos alunos da Universidade Católica de Salvador, onde atuou entre 1956 e 1964. Também era correspondente na região do cacau para o jornal A Tarde, o mais lido na Bahia à época.
A discussão teórica entre determinismo e possibilismo remonta à institucionalização da geografia, na França e Alemanha na primeira metade do século 20. O determinismo é o modelo alemão, segundo o qual o ambiente dita as características do indivíduo. O possibilismo francês especula que pode haver inúmeras variações dos efeitos ambientais sobre o homem.

Raquel Aguiar
Ciência Hoje/RJ

Leia Mais…

sábado, 22 de janeiro de 2011

30% das fontes de água do país têm qualidade ruim ou péssima


Pesquisa da organização não governamental (ONG) SOS Mata Atlântica mostra que as fontes de água no país estão cada vez mais poluídas e que, diante disso, a saúde da população corre risco. Ao analisar coletas de 43 corpos d´água, em 12 estados e no Distrito Federal, a ONG verificou que nenhuma amostra foi considerada boa ou ótima.
As análises foram feitas ao longo de 2010. Com base em parâmetros definidos pelo Ministério do Meio Ambiente, o estudo revela que em 70% das coletas feitas em rios, córregos, lagos e outros corpos hídricos, a qualidade da água foi considerada regular. Em 25%, a qualidade era ruim e em 5%, péssima. Em visitas a pontos de educação ambiental da ONG, foi avaliada a qualidade da água para consumo e concluiu-se que as águas precisam de tratamento para qualquer uso, seja para o consumo ou para indústria. Nos locais visitados, também foi constado que o principal agente de poluição é o esgoto doméstico.Indicadores da falta de saneamento básico, como a presença de coliformes, larvas e vermes, lixo e baixa quantidade de oxigênio na água, além de dez propriedades físico-químicas foram testadas pela ONG. Das 43 coletas analisadas, o pior resultado foi a do Rio Verruga, em Vitória da Conquista (BA), e a do Lago da Quinta da Boa Vista, no Rio. Em condição um pouco melhor, mas ainda considerada regular e, consequentemente imprópria para consumo, estavam as amostras coletadas no Rio Doce, no município de Linhares (ES), e na Lagoa de Maracajá, em Lagoa dos Gatos (PE).
´A poluição está muito mais vinculada à emissão de efluentes domésticos que industriais, ultimamente´, disse o geógrafo do projeto, Vinicius Madazio. ´É um problema porque 60% dos brasileiros vivem na (região de) Mata Atlântica´, completou, reivindicando que as políticas públicas de saneamento básico sejam prioridade do governo e da sociedade. A qualidade da água é um das preocupações da Organização das Nações Unidas (ONU), que declarou o período entre 2005 e 2015 a década internacional Água para Vida. Em 2006, a instituição estimou que 1,6 milhão de pessoas, principalmente crianças menores de cinco anos, morram anualmente por causa de doenças transmitidas pela água. Procurados, o Ministério do Meio Ambiente e a Agência Nacional de Águas (ANA) não comentaram a pesquisa.
Fonte: Agência Brasil

Leia Mais…

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A PARTIR DE REPORTAGENS EFETUADAS EM 2001 PELA REVISTA CIÊNCIA, O BLOG HOMENAGEIA E TRAÇA O PERFIL DE MILTON SANTOS - 1ª PARTE


O militante de idéias
Geógrafo Milton Santos criticou a globalização mas acreditava em transformação social


"O sonho obriga o homem a pensar"
Milton Santos

Milton Santos (1926-2001) é considerado o maior geógrafo brasileiro pelos colegas de profissão. O professor de voz calma e olhar tranqüilo sublinhou o aspecto humano da geografia e criticou a globalização perversa. Via na população pobre o ator social capaz de promover uma outra globalização, que defendeu em livros e conferências pelo mundo.

Milton nasceu em Brotas de Macaúbas (BA) a 3/5/26 e faleceu em São Paulo a 24/6/01.

Milton introduziu importantes discussões na geografia, como a retomada de autores clássicos, e foi um dos expoentes do movimento de renovação crítica da disciplina. Preocupado com a questão metodológica, construiu conceitos, aprofundou o debate epistemológico e buscou na transdisciplinaridade uma visão totalizadora da sociedade.

Esquerdista convicto, não se filiou a partidos: "não sou militante de coisa alguma, apenas de idéias", diz em uma de suas frases mais divulgadas. O estilo independente revela a influência sartreana desse brasileiro que se celebrizou na França, onde obteve o doutorado e lecionou durante a ditadura. Apesar da complexidade de seu pensamento, o alcance das idéias de Milton pode ser medido pela repercussão de uma entrevista concedida ao programa Roda Viva em 1998: os telefones ficaram congestionados com pessoas emocionadas, agradecendo a emissora pela transmissão.
Sua produção acadêmica não permite modéstia: são cerca de 40 livros e 300 artigos científicos. Foi o único estudioso fora do mundo anglo-saxão a receber o mais alto prêmio internacional em geografia, o Prêmio Vautrin Lud (1994). Considerada equivalente ao Nobel na Geografia, a láurea marcou o reconhecimento de suas idéias no Brasil.

Milton foi consultor da Organização das Nações Unidas, da Unesco, da Organização Internacional do Trabalho e da Organização dos Estados Americanos. Também foi consultor em várias áreas junto aos governos da Argélia, Guiné-Bissau e Venezuela. Possuía 13 títulos de doutor honoris causa, recebidos no Brasil, França, Argentina e Itália, entre outros. Foi membro do comitê de redação de revistas especializadas em geografia no Brasil e exterior. Fez pesquisas e conferências em mais de 20 países, dentre eles Japão, México, Índia, Tunísia, Benin, Gana, Espanha e Cuba.

Recebeu em 1997 o prêmio Jabuti pelo melhor livro em ciências humanas: A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. Em 1999 recebeu o Prêmio Chico Mendes por sua resistência. Foi condecorado Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico em 1995. Hoje, o geógrafo tantas vezes laureado empresta seu nome ao Prêmio Milton Santos de Saúde e Ambiente, criado pela Fundação Oswaldo Cruz.

Milton Santos nunca participou de movimentos negros -- acreditava que deveriam conquistar reconhecimento em atitudes como, por exemplo, ingressar na universidade. "Minha vida de todos os dias é a de negro", declarou. "Mantenho com a sociedade uma relação de negro. No Brasil, ela não é das mais confortáveis."

Leia Mais…

Fusos Horários