O Encontro Alagoano de Geografia – EAG chega a sua 7º edição e ocorrerá no período de 01 a 04 de dezembro de 2011, no Campus III da Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL (Palmeira dos Índios-AL) tendo como tema central: “Novo” mapa da Geografia em Alagoas: Paisagens, Economia e Poder. As atividades programadas serão desenvolvidas através das Mesas Redondas, Conferência, Espaços de Diálogo, Apresentação de Trabalhos, Mini-Cursos, Grupo de Discussão, dentre outros. Convidamos a todos a participar do 7º EAG como um momento de aprendizado e crescimento acadêmico, podem se inscrever, vamos discutir a GEOGRAFIA, vamos discutir a GEOGRAFIA DE GEOGRAFIA.
O Encontro Alagoano de Geografia foi um evento que surgiu dentro da UNEAL, quando esta ainda era FUNESA, o evento foi idealizado pelo Prof. Moisés Calu do curso de Geografia da UNEAL – Campus I. O primeiro ocorreu em 2003 em Arapiraca, no decorrer do processo outros docentes e discentes foram se envolvendo na organização do mesmo. No segundo evento que ocorreu em 2004 em Palmeira dos Índios – Campus III, houve uma participação significativa de estudantes na organização do mesmo. A partir de 2005 o EAG ocorreu na cidade de Penedo, um tremendo desafio para a realização considerando que não havia curso de Geografia no local, portanto faltava ponto de apoio. Há de se ressaltar pessoas que foram importantes na realização desse evento que gerou um marco para outros EAGs, a exemplo do Prof. Odilon Máximo (UNEAL-Campus III) e Prof. Alfredo Carvalho (UNEAL – Campus I) que com suas experiências em organização de evento deram nova face ao encontro, dando a ele uma dimensão não mais local, mas, regional. O evento tinha caráter anual, contudo foi decidido em plenário final que após o 5º EAG o mesmo passaria a ter uma periodicidade bienal. Assim, o quarto EAG ocorreu em Maceió no Campus da UFAL no ano de 2006, e o quinto ocorreu em Arapiraca no ano de 2007. Portanto, o 6º ocorreu dois anos depois (2009) em União dos Palmares (UNEAL – Campus IV) e agora em 2011 teremos a realização do 7º EAG no município de Palmeira dos Índios (UNEAL – Campus III). O Encontro Alagoano de Geografia (EAG) no decorrer das suas seis edições precedentes buscou trazer discussões de temas relevantes e de importância significativa na Geografia contemporânea. Na realização do nosso 7º EAG, teremos a oportunidade de aprofundar assuntos da Geografia de interesse de toda academia e comunidade em geral.
sábado, 17 de setembro de 2011
Depois de sete anos campus III da UNEAL sediará 7º EAG
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
(Re) Construção da Identidade dos Povos Nativos da Etnia Xucuru-Kariri: Uma Abordagem Antropológica (parte 1)
A discussão proposta reflete a imposição imposta pelos opressores na constituição de uma nova cultura, de forma hegemonia, que é reflexo de um processo histórico em curso. O presente estudo possibilitará a compreensão dos diferentes aspectos que desencadearam a perca da identidade por parte dos povos nativos, em questão os da etnia Xucurú-Kariri, e a dialética imprimida ao longo dos anos. Espera-se que este trabalho, resultante de pesquisas documentais, entrevistas, aprofundamento teórico, visitas, levantamentos de dados geográficos e ocupacionais possam alimentar uma discussão mais ampla sobre as questões que delinearam uma defasagem cultural frente às novas diretrizes apontadas pelo sistema vigente apontando possíveis caminhos na recuperação de sua identidade cultural.
A cidade de Palmeira dos Índios está situada na mesorregião do agreste alagoano e na microrregião 115, zona fisiográfica do sertão alagoano. O município possui uma área de 462,5 Km² tendo uma altitude de 309 m. A região é marcada pela exuberância de suas serras e que influencia o clima tropical megatérmico quente e sub-úmido, do tipo seco. O território possui uma cobertura vegetal de transição entre a zona da mata e o sertão e geológicamente está situado sob o embasamento Pernambuco-Alagoas, apresenta elevadas serras evidenciando o intemperismo químico. A região ainda assenta-se uma vasta rede hídrica, com vales de solos férteis. É esse panorama que enquadra o aculturamento dos povos nativos margeado de disputas não tribais, más sim, por posseiros.
A mata da cafurna, local onde se situa o aldeamento, que significa (cafua) esconderijo, torna-se o objeto de estudo. Os Índios xucuru-kariri são nativos dos cariris, povos que ocupam uma área entre o médio e baixo São Francisco, que se deslocaram para essa região devido às investidas da colonização. Durante esse período, algumas regiões de Pernambuco também foram ocupadas, como Pesqueira, e outros se estabeleceram na Serra da Capela que pertencia à capitania de Pernambuco. A primeira forma de estabelecimento de uma nova cultura se deu por meio da crença. Segundo data de 1770, em documento publicado em 1984, frei Domingos de São José promoveu a catequese dos índios que se estabeleceram nesta região. Esse processo contínuo e ao mesmo tempo regressivo pelo modo de imposição da doutrina cristão e do Deus europeizado, desencadeou, à medida que vários povos do nordeste foram dizimados, uma acentuada perca da sua própria identidade.
A mata da cafurna, local onde se situa o aldeamento, que significa (cafua) esconderijo, torna-se o objeto de estudo. Os Índios xucuru-kariri são nativos dos cariris, povos que ocupam uma área entre o médio e baixo São Francisco, que se deslocaram para essa região devido às investidas da colonização. Durante esse período, algumas regiões de Pernambuco também foram ocupadas, como Pesqueira, e outros se estabeleceram na Serra da Capela que pertencia à capitania de Pernambuco. A primeira forma de estabelecimento de uma nova cultura se deu por meio da crença. Segundo data de 1770, em documento publicado em 1984, frei Domingos de São José promoveu a catequese dos índios que se estabeleceram nesta região. Esse processo contínuo e ao mesmo tempo regressivo pelo modo de imposição da doutrina cristão e do Deus europeizado, desencadeou, à medida que vários povos do nordeste foram dizimados, uma acentuada perca da sua própria identidade.
Ritos religiosos como o ouricuri e o tore, ainda se mantém as duras penas, vestígios esse que perduram até os dias atuais. O processo histórico que culmina na sociedade contemporânea reflete o alto grau de aculturação que vem se perpetuando em vários períodos. A descaracterização da língua, costumes, ritos e do próprio espaço geográfico caracterizam a degeneração dos povos nativos no Brasil. Com o advento do capitalismo e a adoção de políticas expansionistas, a opressão social se desencadeou propiciando um impacto radical na cultura de diversos povos, e no caso do Brasil os nativos tiveram usurpado todo seu contexto orgânico.
Uma abordagem a ser evidenciada é a necessidade de entendimento acerca da cultura como marco da organicidade das diferentes sociedades. Segundo Edward Tylor (1832-1917) no vocábulo inglês Culture, que “tomado em seu amplo sentido etnográfico é este todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, artes, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade”. A partir do que foi expresso por Taylor a constituição cultural está condicionada a ideia de uma oposição de aquisição inata, onde sua transmissão será reflexo do meio. Quando contextualizado o determinismo biológico como linha de investigação, pode-se avaliar a aptidão de um recém nascido, por exemplo, crescer mentalmente com hábitos adquiridos de um outro grupo familiar. Segundo Felix Keesing, “não existe correlação significativa entre a distribuição dos caracteres genéticos e a distribuição dos comportamentos culturais”. Em 1871, Taylor afirma que “a cultura se estabelece como sendo todo comportamento aprendido, tudo aqui que independe de transmissão genética”.
Portando, a dinâmica empreendida entre o processo cultural, de aculturação e consequentemente a perca da identidade é reproduzida no aldeamento da etnia Xucurú-Kariri que se torna um reflexo da construção de uma plataforma que direcione uma busca incessante no resgate do patrimônio cultural marcado pela incessante investida das novas fronteiras culturais.
sábado, 10 de setembro de 2011
Juventude petista conquista participação em todas as instâncias
Renovação foi uma das palavras de ordem no 4º Congresso Nacional Extraordinário do PT. Tanto que a juventude conquistou o direito de participar em no mínimo 20% dos diretórios.
A coordenadora de comunicação da Juventude do PT - JPT, Carla Bezerra, vê a conquista como oportunidade para a renovação da política. “A gente sai daqui com um Partido mais de esquerda, mais militante, mais democrático, muito mais preparado para os desafios que a gente vai enfrentar pela frente. A questão da renovação das direções com a questão da cota para jovem é sem dúvida um avanço para um Partido que vinha envelhecendo”.
Com participação garantida nas próximas eleições dos diretórios do PT, a juventude petista vê a oportunidade para extrapolar as barreiras da sigla. Uma das metas da organização é debater nas ruas a Reforma Política. “Quero aproveitar esse momento para convocar, e mobilizar toda a juventude brasileira do Partido dos Trabalhadores, da base aliada, para vir somar conosco nessa campanha da Reforma Política, porque temos que estar inseridos para discutir com o povo, com a sociedade, com a militância, e com a base, o que nós queremos de melhor, o que nós podemos fazer para melhorar essa questão da Reforma Política que não pode ser pautada só lá pelo Congresso, mas sim pela base, pelo povo, pela juventude, e nós estamos encampando e convocando a todos e a todas, que venham participar desse processo único e momentâneo”, diz o secretário nacional de juventude do PT, Valdemir Pascoal.
O tema da Reforma Política é praticamente um consenso para o debate na juventude petista. Como afirma o coordenador de finanças da JPT, Davi Fernandes, “Saímos desse Congresso fortalecidos, para fazer a disputa da Reforma Política na sociedade, para que cada cidadão saiba o que tem que fazer para mudar esse regime político que tanto reclamam”.
Para a coordenadora de movimentos sociais da JPT, Marccella Berte, o momento é de mobilização. “Acho que a juventude tem que se engajar na campanha pela Reforma Política, defender o financiamento público de campanha, e garantir autonomia política para as mulheres, para os jovens, para os negros, negras e indígenas desse país. A gente precisa avançar na democracia brasileira, aprofundar as mudanças desse país, com uma Reforma Política que garanta mais representatividade”.
Próximos passos
Com a conquista de cotas para a juventude aprovada, o momento agora é de organização, afinal, nas próximas eleições para os diretórios do PT a juventude deve participar. “Nós vamos ter cerca de 18 jovens no Diretório Nacional, isso vai representar a possibilidade de renovação do Partido, de trazer novas pautas, novas formas de diálogo, de fazer política. E nós achamos então que essa possibilidade que se abriu com os 20% é uma grande oportunidade para transformar e repensar o Partido”, diz o presidente do Conselho Nacional de Juventude, Gabriel Medina.
Outra intenção é ganhar as ruas, como afirma a coordenadora de organização da JPT, Vivian Farias, “O PT hoje transformou a vida da juventude, das jovens mulheres, dos jovens trabalhadores rurais, emancipou a condição política da juventude brasileira. E isso que estamos construindo no Partido é o que vamos construir para a juventude brasileira. Não só no parlamento, mas acima de tudo nas ruas, nos movimentos sociais, com muita militância”.
Mas não só ganhar as ruas, e sim assumir cargos eletivos, como sugere a Secretária Nacional de Juventude do Governo Federal, Severine Macedo: “É importante dentro do processo de mobilização fazer uma construção permanente dentro do Partido para que a juventude seja contemplada, e possa estar também nos espaços de participação política do Executivo e do Legislativo”.
(Portal do PT)