Escrito por Emir Sader
Emir Sader denuncia ocupação, colonialismo e apartheid de Israel
Reproduzimos abaixo a íntegra do artigo do professor e sociólogo Emir Sader, publicado originalmente na página da Agência Carta Maior.
Diário da Palestina (2)
Direto de Ramallah
Uma coisa é ouvir falar, ler, falar de ocupação. Outra é ver o que significa. Ramallah, uma cidade pacífica, sem violência, sem problemas de segurança, onde se pode andar por qualquer bairro a qualquer hora do dia ou da noite, uma cidade sem população de rua, sem crianças abandonadas.
A ocupação israelense significa a brutalidade de cortar a cidade com muros, que separam palestinos de palestinos. Há uma grande avenida que o muro corta um lado do outro da rua. Os muros separam, segregam, colocam entre palestinos e palestinos os controles, comandados por soldados israelenses armados até os dentes, que exercem sistematicamente seu poder armado, com arbitrariedade e discriminação. Não na lógica nos muros, é um exercício conscientemente arbitrário, para demonstrar - como faz o torturador diante da sua vitima - que o ocupante pode fazer o que bem entender, sem qualquer lógica, só como exercício do poder armado de que dispõe.
Muros para lacerar na carne o orgulho, a auto-estima, para tentar desmoralizar aos palestinos, levá-los ao dilema entre a passividade, a resignação, ou o desespero das ações armadas. Esta seria a atitude espontânea de qualquer ser humano, diante das humilhações a que são submetidos os palestinos, diante da demonstração brutal de força. Parece que os ocupantes querem provocar reações violentas, que justificariam novas ofensivas violentas.
Os palestinos gastam várias horas por dia nas filas dos controles. Para ir de Ramallah a Jerusalém pode-se tomar 10 minutos ou três horas, na dependência do arbítrio das tropas de ocupação. Os palestinos têm que elaborar guias de sobrevivência para sobreviver com os 630 pontos de controle na Palestina atualmente.
Trata-se de uma ocupação ilegal, injusta, de discriminação racial, do tipo do apartheid sul-africano. Os israelenses querem impedir aos palestinos de ter um Estado como foi reconhecido a Israel no fim da Segunda Guerra Mundial. Julgar-se um "povo escolhido" - também isto eles têm em comum com os norte-americanos. Como disse Edward Said, os palestinos são as "as vítimas das vítimas". Os israelenses se consideram vitimas, mas passaram a ser verdugos, colonialistas, imperialistas, racistas.
Ver os muros, sua violência, sua brutalidade, a frieza da sua desumanidade, diante das casas humildes, das oliveiras - tantas casas e oliveiras destruídas para a construção dos muros - dos palestinos, permite sentir no mais profundo de cada um os dois mundos que se contrapõe aqui. A neutralidade, a passividade, se tornam impossíveis, cúmplices, diante de tanta injustiça e violência.
Um Estado terrorista, um Exército do terror, tropas de ocupação coloniais, ações imperiais - essa a ocupação israelense do que deveria ser território palestino. Do que deverá ser território de uma Palestina livre, democrática e soberana.
sábado, 27 de junho de 2009
Diário da Palestina
domingo, 14 de junho de 2009
Contagem regressiva!
Ansiosos...
Após um ano sem a presença do EAG no calendário de eventos acadêmicos da Geografia (após a aprovação do período bianual), o ano de 2009 se aproxima com as melhores perspectivas para a realização do 6º Encontro Alagoano de Geografia, que realizar-se-á na histórica e emblemática cidade de União dos Palmares, ícone da resistência negra no Brasil.
Nesta edição o evento tem o propósito de discutir a categoria LUGAR, tendo como tema: COMPREENDER O LUGAR, DECIFRAR O MUNDO: O BRASIL NO PERÍODO POPULAR. A organização do encontro espera assim congregar estudantes e profissionais da Geografia de diversos municípios alagoanos e estados vizinhos.
Então, encontro marcado: de 20 a 23 agosto/2009
União dos Palmares - AL
quarta-feira, 10 de junho de 2009
ACT 2009: CASAL não garante a estabilidade
Em assembléia no dia 09/06/2009 os trabalhadores da Companhia de Saneamento de Alagoas - CASAL se deperaram com a intransigência da direção da companhia no que acorda a garantia do emprego. Vale ressaltar que o governo Téo Vilela (PSDB) tenta desmontar o aparato estatal com investidas no processo de terceirização da empresa. Um golpe mais recente foi a centralização do poder na presidência da companhia, que está hoje a cargo de Jessé Mota (DEM-BA), que de forma autoritária vem desrespeitando a categoria e afrontando o sindicato. O antigo organograma da CASAL que contava com um colegiado de diretores tem nesse novo formato duas vices-presidências compostas por Álvaro Menezes, vice-presidência Comercial e Operacional, enquanto que o engenheiro José Raimundo Avelar (DEM-BA) fica com a vice-presidência Corporativa, que cuida das áreas administrativa, financeira e de gestão. A precarização do trabalho está sendo a principal ameaça de privatização da empresa, a medida que a falta de investimentos nos últimos 10 anos prejudicou o funcionamento da companhia tendo como fator fundamental o sucateamento da área operacional. Além de não garantir o emprego, ele tenta desestruturar a organização dos trabalhadores negando a liberação de seus dirigentes sindicais que estão na base (não-liberados) restringindo a participação dos diretores em colegiadas, congressos e formação.
Fatos como a não realização de concurso público em 2009 para minimizar os efeitos da terceirização, a não fixação de uma data limite para a implantação do Plano de Cargos, Carreira e salários (PCCS) e a retirada do diretito de defesa no caso de despedida arbitrária deixa claro a intenção de demissão por parte da atual gestão o que provocou uma inquietação nos trabalhadores/as deixando-os preocupados com o futuro da empresa.
Deliberamos responder a contraproposta da empresa e marcamos uma assembléia geral para o próximo dia 17/06/2009 onde analisaremos os mecanismos jurídicos cabíveis antes do dissídio coletivo.
Campanha salarial 2009
Nosso trabalho e nossa luta fazem a diferença!