segunda-feira, 18 de maio de 2009
Ocupação desordenada do solo e impactos ambientais
RIO IPANEMA É UM RETRADO DA FALTA DE PLANEJAMENTO URBANO
A aula de campo ocorreu no dia 12 de Maio com estudantes do sétimo ano do ensino fundamental do Colégio Cenecista Santana sistematizando uma abordagem campo/cidade no município de Santana do Ipanema que é a principal cidade do sertão de Alagoas. Segundo dados do IBGE, a população do município é de 45.000 habitantes (2005) e seu território é de 438 km². Sua altitude média é de 250 m acima do nível do mar, e tem temperaturas que variam de 20°C a 39°C. Embasada na contextualização em que trás a problemática do crescimento urbano e sua produção cultural, estudantes iniciaram seus trabalhos orientado pelo professor de Geografia, Tiago Sandes, no centro da cidade, observando os aspectos comerciais e a ampliação da zona urbana em torno da sub-bacia do Rio Ipanema. Após uma breve análise,foi orientado que as equipes estabelecidas para a produção do trabalho fossem ao Museu municipal Darras Nóia, que foi um importante protagonista da cultura e literatura do município, onde todos puderão conhecer e compreender como se deu o processo de desenvolvimento do município e sua história.
O principal foco da aula foi o Rio Ipanema. A bacia hidrográfica do rio Ipanema está localizada em sua maior parte no Estado de Pernambuco, com sua porção sul no Estado de Alagoas, onde se estende até o rio São Francisco. Seus principais afluentes são: pela margem direita, riacho Mulungú, riacho do Mororó, riacho do Pinto, riacho Mandacaru e rio Topera; e, pela margem esquerda, riacho da Luíza, rio Cordeiro, rio Dois Riachos e rio dos Bois.
In loco, pode-se identificar a intensidade e a voracidade dos impactos ambientais geradas a partir da ocupação desordenada do solo resultando na degradação da cobertura vegetal ciliar. Os aspectos Geoambientais do Rio Ipanema é conseqüência da febre intermitente do crescimento populacional geradora em sua proporção de lixo e emissão de esgoto sanitário sem o tratamento necessário e o mínimo planejamento. Segundo o professor "a recuperação de áreas degradas não é pautada pelos governantes como prioridades devido sua recuperação ser a médio e longo prazo não trazendo retorno eleitoral imediato" afirmou.
Esses aspectos irão fundamentar a lógica do crescimento/desenvolvimento em detrimento as questões ambientais legais. Desse modo, pôde-se considerar a compreensão de como sua cidade através do processo de crescimento demográfico e analisando a importância dos fatores econômicos em paralelo com a sustentabilidade ambiental podem ser favoráveis ou não a construção de um mundo ecologicamente correto .
Santander financia hidrelétricas de alto impacto socio-ambiental na Amazônia
Do Bank Track.org
Apesar de ter assinado recentemente os Princípios do Equador - conjunto de diretrizes sociais e ambientais para o financiamento responsável adotada por um número crescente de bancos privados - o Banco Santanter, da Espanha, enfrenta crescentes críticas por liderar o financiamento de uma hidrelétrica altamente controversa na Amazônia Brasileira que, segundo ambientalistas, fere esses mesmos princípios.
Em reunião em Washington, D.C., com instituições financeiras que assinaram o documento, organizações ambientais desafiam o Santander demonstrar seu compromisso com os Princípios do Equador, retirando sua participação do controverso Complexo das Usinas do Rio Madeira (RO).
As hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, em construção no Rio Madeira, principal afluente do Rio Amazonas, têm gerado uma enorme controvérsia no Brasil e nos paises vizinhos, Bolívia e Peru, devido às graves ameaças ambientais e sociais que já começam a se materializar para os complexos e frágeis ecossistemas da região, além dos impactos gerados a grupos indígenas e outros povos tradicionais que precisam do rio para a sua sobrevivência.
O financiamento das barragens também é considerado altamente arriscado do ponto de vista financeiro, devido ao elevado potencial de impactos socioambientais negativos e irregularidades nos processos de licenciamento que têm provocado diversas ações judiciais contra os projetos.
O Banco Santander tem um papel de liderança no financiamento da obra Santo Antônio, apesar da clara não-conformidade desta com os Princípios do Equador.
O Banco adotou os princípios para participar das Instituições Financeiras dos Princípios do Equador (EPFIs) para "assegurar que os projetos financiados são desenvolvidos de uma forma que seja socialmente responsável e que reflita em práticas de gestão ambiental".
Ao adotá-lo, as instituições empenham-se em "evitar impactos negativos sobre comunidades e ecossistemas afetados pelos projetos". Além disso, os bancos se comprometem a não fornecer "empréstimos a projetos em que o responsável não seja capaz de cumprir com as nossas respectivas políticas sociais e ambientais".
"O financiamento do Banco Santander para a usina de Santo Antonio vai permitir drásticos impactos socioambientais na Amazônia", diz Roland Widmer, coordenador do Programa Eco-Finanças, da Amigos da Terra - Amazônia Brasileira. "Há sérias irregularidades no processo de licenciamento ambiental das usinas. Além disso, a construção já causou impactos locais, incluindo a morte de mais de 11 toneladas de peixes, o que levou à multa de mais de R$ 9 milhões (US$ 4,26 milhões). Os povos indígenas da região dizem que não foram consultados adequadamente sobre os empreendimentos e exigem que as licenças sejam revogadas".
O Santander tem desempenhado um papel de liderança ao aconselhar e coordenar a estrutura financeira da hidrelétrica de Santo Antonio e possui 5% da participação no capital do projeto.
Em um comunicado à imprensa divulgado no dia 30 de abril, o banco afirma que "os critérios ambientais e sociais serão aplicados mundialmente a todos os novos projetos de financiamento e empréstimo e de atividades de assessoria em todos os setores da indústria, em conformidade com a declaração dos Princípios do Equador". Apesar disso, com seu envolvimento efetivo na construção da hidrelétrica de Santo Antônio, o Santander abandona a sua adesão a critérios ambientais e sociais, assim como seu compromisso em prol da sustentabilidade.
Os atuais - e prováveis - impactos causados pelas usinas estão em direta violação à Constituição Brasileira, enquanto a falta de livre, prévio e informado consentimento das comunidades indígenas afetadas viola a Convenção 169 - da Organização Internacional do Trabalho (OIT) - o qual é ratificado pelo Brasil, assim como a Declaração das Nações Unidas aos Direitos dos Povos Indígenas, aprovada em setembro de 2007.
Glenn Switkes, diretor do Programa Amazônia da organização International Rivers comentou: "o apoio do Banco Santander à usina de Santo Antonio é uma clara contradição às aspirações para a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental e social. Não há dúvida de que as barragens do Madeira violam os Princípios do Equador. O Santander deveria sair do complexo do Madeira".
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Estudantes do Colégio Cenecista Santana saem mais uma vez na frente e participarão da segunda edição do Desafio National Geographic Brasil
COLÉGIO CENECISTA SANTANA FOI A ÚNICA ESCOLA DE SANTANA DO IPANEMA QUE PARTICIPOU DA PRIMEIRA EDIÇÃO
“Inspirar as pessoas a cuidar do planeta.” Esse lema tem baseado as reportagens publicadas mensalmente em cada uma das 30 edições nacionais da conceituada revista National Geographic. Dos Estados Unidos ao Japão, da Ucrânia ao Brasil, da Bulgária à Turquia, todas as edições da National espalhadas pelo mundo têm se preocupado em revelar o planeta em toda sua diversidade natural, social e cultural. Por meio de fotos da melhor qualidade, gráficos, quadros, mapas e uma edição de texto rigorosa, suas reportagens têm como objetivo mostrar aos leitores o prazer que é descobrir, explorar, desbravar, investigar e conhecer o mundo. E, com isso, despertar entre eles o desejo de valorizar e preservar essa rica diversidade que se espalha pelo planeta.
O Desafio National Geographic 2009 está justamente baseado nesse espírito. Ele representa um grande concurso nacional de geografia, cujo maior objetivo é despertar entre os estudantes do Ensino Fundamental e Ensino Médio o interesse por temas relevantes do mundo contemporâneo. O Desafio busca aferir o que os jovens aprenderam e como aplicam os conhecimentos de geografia para compreender a realidade cotidiana, em conexão com áreas e temas como história, cultura, meio ambiente, sustentabilidade, viagens e turismo.
Assim como em sua primeira edição, realizada em 2008, o Desafio está baseado em orientações para estudantes e professores e em uma Matriz de Referência que dispõem sobre diversos temas e assuntos. Entre eles estão as relações sociedade-natureza, os usos dos recursos naturais, a questão da sustentabilidade, cidades, patrimônios culturais da humanidade, as inovações nos sistemas de energia, transportes, comunicações e informações, a mobilidade espacial e a constituição de uma escala global de relações humanas, além de habilidades de leitura, produção e interpretação de mapas e textos em diferentes gêneros.
O conceito principal que norteia o Desafio National Geographic está assim expresso no Guia para Educadores, escrito pelo professor Roberto Giansanti, consultor pedagógico do concurso. “No projeto, os estudantes poderão examinar a diversidade natural, social e cultural dos diferentes espaços, reconhecendo também o significado social, econômico e cultural dos deslocamentos e valorizando o rico patrimônio cultural brasileiro mundial. De posse desses saberes, eles poderão avaliar e refletir sobre o curso do desenvolvimento das atividades humanas sob uma perspectiva crítica, ética, solidária e sustentável.”
A ideia é que estudantes e educadores mobilizem diferentes saberes para interpretar os mais variados cenários geográficos do Brasil e do mundo. E que reconheçam o papel de cada um ao cuidar de si, de sua comunidade e do mundo em que vivemos. A partir desse programa, os estudantes poderão aprender mais e se preparar para as diferentes etapas do Desafio.