
Última obra de Milton Santos sintetiza a realidade nacional diante da globalização 
O Brasil: território e sociedade no início do século XXI foi a última obra de Milton Santos, escrita com a professora María   Laura   Silveira.   "Esse   livro  reúne todo o   estudo   de   geografia   que   venho fazendo e tenta aplicá-lo ao Brasil", o geógrafo declarou por ocasião do lançamento. "É o resultado de pelo menos 25 anos de elaborações teóricas." 
O Brasil oferece visão totalizadora do país; apesar das mais de 500 páginas, não pretende      ser   um   compêndio       exaustivo     da   geografia     nacional.    Segundo      o professor,   o   livro   não   se   dirige   apenas   a   cientistas  humanos,   mas   pretende atingir o grande público. O livro realiza ''uma teoria do Brasil a partir do território'' e busca redefinir, diante da globalização, as relações entre terra e gente. 
Em     geografia,     o  conceito     de   território   considera     seu  uso:     é   o  conjunto indissociável de sistemas naturais -- substrato físico -- e instrumentos materiais impostos pelo homem. No livro de Santos, o país é analisado de forma teórica e empírica     sob    viés   multidisciplinar.    Dados     sobre    o  Brasil    e  o   brasileiro  -- concentração   de   bancos,   shopping   centers,   meios   técnicos,   como   se   trabalha, gasta, planta -- foram levantados por uma equipe de 20 pesquisadores e apresentados em mapas. 
Milton Santos se orgulhava do fato de a pesquisa não ter sido arquivada em computadores: está armazenada na Universidade de São Paulo, em dezenas de caixas de papelão etiquetadas. 
No   livro,   os   autores   mostram   a   transformação   do   território   brasileiro   a   partir   do   meio   natural, quando a natureza comandava as ações do homem, e analisam os sucessivos meios técnicos que promoveram   a   mecanização   tradicional   de   ilhas   dentro   do   território.   O   meio   técnico-científico- informacional surge na década de 1970 e se concentra nas áreas privilegiadas no período anterior, o   que   acentua   as   desigualdades   territoriais.   Assim,   surgem   áreas   de   globalização   absoluta   e 
relativa, o que gera espaços que mandam e espaços que obedecem. 
Divisão do Brasil em regiões segundo a difusão da informação 
Atualmente a informação fundamenta o trabalho e   orienta sua divisão   global e   local. Os autores sugerem       uma    divisão   do   Brasil   em    quatro   regiões,    baseada     na   difusão    da   informação.     No nordeste,   a   rede   fundiária   concentrada   impõe   resistência   às   novas   técnicas   informacionais.   O centro-oeste      e  região    amazônica,      como    não   possuíam     o   meio    técnico   tradicional    do  período anterior,   estão   abertos   para   as   novas   técnicas.   Na  região   concentrada   houve   simplesmente   a agregação das inovações técnicas, em paralelo a uma crise da indústria. 
A    globalização    é  o  momento      da   ocupação     do  território  brasileiro  que   mais    acentuou    as desigualdades      sociais  e   as  diferenças   regionais   brasileiras.  A   concentração    do   meio  técnico- 
científico-informacional     dificulta  o   acesso    a  bens   e   serviços    e  gera   vazios    de  consumo representados pela pobreza, sobretudo urbana, que reúne todo o conteúdo explosivo do território 
hoje. 
Raquel Aguiar 
Ciência Hoje/RJ  
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Uma teoria do Brasil
domingo, 3 de abril de 2011
Campanha da fraternidade é foco de palestra

A vida no planeta. Tema da campanha da fraternidade 2011 foi debatido na manhã deste domingo, dia 03, pelos professores do Colégio Cenecista Santana e Complexo Educacional Agostiniano. A convite da paróquia de São Sebastião e da pastoral da juventude (PJ) a palestra foi direcionada pelas questões ambientais e sua problemática e contou com a participação de 36 jovens. Em um primeiro momento foi abordado o processo histórico que nos levou a questionar as maneiras de como o meio ambiente é tratado. Em um segundo plano o professor Gênisson Amorim abordou a problemática do lixo em Alagoas. “Discordo do aterro sanitário enquanto alternativa para o lixo. O que ocorreu no Rio quando uma favela veio abaixo por ter sido construído em cima de um lixão é um retrato fiel do que pode acontecer.” Afirmou.
Segundo o professor Tiago Sandes, temos que fazer um resgate histórico para entendermos as proporções das áreas impactadas no mundo. Não é um fato isolado, e sim dinâmico e gradativo. Os problemas ambientais são sentidos a médio e longo prazo, a degradação que se iniciou no século XVIII com a revolução industrial eclodiu dois séculos depois com o aquecimento global. Temos que repensar nossos hábitos para que possamos construir uma alternativa global que vá de encontro ao modelo consumista atual.
Temos que aprofundar a discussão sobre a sóciodiversidade e a educação ambiental.


 
 
 
 
 
 
 

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