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sábado, 14 de maio de 2011

Petistas querem ampliar debate sobre Código Florestal


Parlamentares da bancada do PT na Câmara defenderam em plenário o debate sobre o novo Código Florestal (PL 1876/99 e outros), em tramitação na Casa. Para o deputado Valmir Assunção (PT-BA) "essa é uma pauta de fundamental importância diante da crise ambiental e climática que presenciamos nos últimos anos". De acordo com ele, o debate sobre o tema não envolve apenas ambientalistas e ruralistas.

"A agricultura familiar e camponesa também faz parte deste debate e é necessário ouvi-los, pois eles são os verdadeiros responsáveis pela produção de alimentos saudáveis neste país. Por isso mesmo, que a Via Campesina, uma articulação internacional de movimentos camponeses, e a Fetraf, além de movimentos ambientalistas e movimentos sindicais urbanos são contra a alteração do Código Florestal", disse Valmir Assunção.



Para o deputado, os que hoje lutam pela alteração do Código Florestal não estão atuando em defesa da agricultura familiar e camponesa, muito menos em defesa do meio ambiente. "Os representantes do agronegócio insistem em jogar todo mundo no mesmo bolo, o que confunde a cabeça da sociedade brasileira. Este modelo de agricultura representando pelo agronegócio é destruidor de nossas terras, de nossas nascentes e de nossa natureza. Visam o lucro de qualquer maneira, grilam terras públicas, desmatam áreas proibidas, não respeitam os direitos trabalhistas e, muitas vezes, utilizam-se de trabalho escravo", destacou Valmir Assunção.

O parlamentar petista defendeu outro modelo de agricultura. "Baseado no respeito ao meio ambiente, na agricultura camponesa e familiar".

Para a deputada Luci Choinacki (PT-SC) "um trabalho importante é olhar o Código a partir da vida do ser humano, do planeta, da produção, colocando também a diferença do agronegócio e da agricultura familiar, até porque são culturas diferentes. Muitas vezes há essa dificuldade de compreensão, de não reconhecer que as formas de produção dos ribeirinhos, dos assentados, dos pequenos agricultores familiares, dos quilombolas representam uma forma cultural diferente no Brasil".

Na avaliação da parlamentar petista é preciso resolver "com bom senso" a questão. "Precisamos discutir o Código Florestal e votar buscando preservar a diversidade que temos no Brasil e recuperar o que já foi destruído. Não se pode desmatar e esquecer o que foi destruído porque isso tem um custo social e econômico muito grande para o Brasil", disse Luci Choinacki.

Gizele Benitz

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